segunda-feira, 15 de julho de 2013

Conhecendo as dissidências da Congregação Cristã no Brasil

Já ouvi irmãos se referirem a Assembléia de Deus com seus inúmeros ministérios como uma colcha de retalhos. Alguns agem como se na história da CCB nunca houvesse tido qualquer tipo de dissidência, talvez façam isso por falta de conhecimento.

Segue abaixo um breve relato das principais dissidências da CCB que surgiram desde a década de 1950.
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1953: Igreja Renovadora Cristã

No dia 21 de fevereiro de 1953, a edição do diário Jornal Folha de Pinheiros destacou o primeiro batismo da Igreja Renovadora Cristã, ao que se sabe até então, a primeira dissidência da Congregação Cristã no Brasil. 

Fundada pelo cooperador Aldo Ferretti na década de 1950, tem sede na Vila Madalena – SP, num prédio que imita os traços da Congregação Cristã. 


Aldo Ferretti tinha laços estreitos com Luis Francescon, como é possível verificar em cartas trocadas por eles entre os anos de 1937 e 1951, digitalizadas e disponibilizadas no site institucional da Igreja Renovadora Cristã. 


Segundo os relatos de Ferretti, as motivações que fizeram com que ele deixasse a CCB foram: à falta de humildade de alguns do “Colégio de Anciães”, a quem Aldo classificava como homens poderosos que preferiam acatar as tradições em detrimento da Palavra de Deus. Entre os motivos estava à ostentação de “vaidades” e uso e a conivência dos abusos com a bebida alcoólica, que na época rendiam criticas a CCB tanto por parte dos cristãos  quanto os não cristãos. 


Na noite de 14 de maio de 1952, após o culto, na reunião dos ministros, Aldo fez sua exposição, apontando os prejuízos que as vaidades e álcool permeando na igreja, o quanto isso afrontava a Palavra de Deus. Alertou também para que os seus pares não se alegrassem com o número crescente de fiéis, mas que tomassem cuidado com a pregação parcial do evangelho que contribuía para a desobediência não só no meio do povo, mas do próprio ministério. De acordo com Aldo, houve uma forte reação a sua exposição, cujas conseqüências e criticas não se limitaram aquela noite, e nem apenas aquela região, visto que o ministério emitiu circular para ser lida em todas as Congregações Cristãs, do Brasil, a partir deste dia Aldo Ferreti não mais compôs o Colégio, bem como, para não deflagrar uma guerra interna e ter paz consigo mesmo, voluntariamente deixou a CCB, tempo depois alguns irmãos passaram a se reunir com ele em reuniões familiares,  que mais tarde deu origem a Igreja Renovadora Cristã. Ainda segundo Aldo, alguns dos que estiveram junto dele na fundação de Igreja Revovadora retornaram a CCB, pois, tinham dificuldade de se enquadrar no que Aldo classificava como “lei seca”. 


Atualmente, a Igreja Renovadora Cristã está presente em diversas localidades espalhadas pelo Brasil. 


Aldo Ferreti além de fundador da Igreja Renovadora Cristã, também foi ancião desta denominação, onde pregou até os  seus 96 anos de idade, quando dormiu no Senhor. 



1967: Igreja Cristã Remanescente 


Foi fundada no ano de 1967, em Telêmaco Borba - PR, pelo ancião Nilson Santos, que antes de ingressar na CCB frequetava a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Mais tarde a Igreja Cristã Remanescente filiou-se a Igreja Maranata, uma igreja alemã de linhagem adventista de doutrina pentecostal.


Da mesma forma que a CCB, mantém assentos separados para homens e mulheres, são adeptos da saudação com ósculo e uso do véu pelas mulheres. Uma particularidade desta denominação é a pratica do lava-pés.


Atualmente a denominação possui congregações em diversa localidades dos seguintes estados: Paraná, Santa Catarina, Bahia, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo.

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1991: Congregação Cristã no Brasil Renovada 

Fundada em Goiás, no ano de 1991, pelo ancião José Valério, na época o ancião da CCB, o mais velho naquele Estado, foi o movimento que mais ameaçou a hegemonia do Brás. 
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Sediado em Roraima, o movimento encabeçado pelo ancião Valério teve a adesão de vários ministros da CCB nos estados de: Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Bahia, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. 

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Em dois anos, a Congregação Cristã Renovada já contava com 30 casas de orações, porém, no ano de 1993 o grupo se dissolveu, e se reintegrou a Congregação Cristã no Brasil, inclusive, concedendo-lhe direitos de propriedade sobre o patrimônio construído pela CCB-Renovada. 


1993: Congregação Cristã do Sétimo Dia

Fundada em Santa Catarina no ano de 1993, pelo ancião Luis Bento Machado, na época, um dos anciães mais antigos naquele estado. 

O ancião Luis Bento se afastou da CCB em 1993, quando fundou a Congregação Cristã do Sétimo dia, uma característica particular desta dissidência da CCB é que além de guardar o sábado, eles também celebram a santa ceia com pão ázimo e suco de uva. 


Na ultima Assembléia Anual, no Brás, em que Luis Bento participou, presidida pelo então ancião presidente Vitório Angare, o ancião Luis Bento sendo um dos mais velhos anciães do Brasil, e representante do Estado de Santa Catarina, foi um dos que se reuniram as portas fechadas com o Conselho de Anciães. Nesta reunião foi lido na integra pelo irmão Vitório o principio da criação, contido no capítulo 1 e 2 do livro de Gênesis, logo em seguida Angare discorreu com a pregação da Palavra, porém, a pregação abordou até o sexto dia. Foi quando o ancião Luis Bento se diz ter sido tocado pelo Espírito Santo e enxergou que a CCB se omitia acerca da guarda do sétimo dia. 


Após alguns meses, se valendo que da grande amizade que mantinha com o ancião Vitório Angare, Luis Bento entrou em contato com Vitório, que sugeriu uma reunião em sua residência para tratar desse particular. A reunião aconteceu e pacificamente trataram do assunto, e ao que relata Bento, Angare não o contradisse em nenhum momento, assim, o ancião Luis Bento retornou a Santa Catarina, onde por mais dois anos esteve a frente da CCB. 


Porém, a noticia de Luis Bento reconhecia o sétimo dia como um dia a ser guardado por orientação da Palavra de Deus vazou a nível nacional. Para tratar dessa questão Vitório Angare convocou uma Assembléia Geral Extraordinária, que foi realizada na sede da CCB em Itajaí - SC, a reunião foi presidida pelo próprio ancião Luis Bento, e Vitório Angare por motivo de enfermidade não participou desta reunião, mas enviou Luiz Sanches e Silas Pedrozo para representar a cúpula da CCB. A reunião teve duração de 8 horas, os presentes na reunião manifestaram o desejo de que Luis Bento continuasse a liderar a CCB em Santa Catarina, mas determinaram que o mesmo deveria fazer uma retratação publica sobre a questão da guarda do sábado, reconhecendo que era um equivoco da sua parte. Era dia de sábado, a reunião se encerrou e em seguida deu-se inicio ao culto daquele dia, o ancião Luis Bento deu inicio ao serviço de culto e fez o seguinte pronunciamento:


"Fazem 36 anos que eu palmilho neste caminho, e TUDO o que eu fiz aqui, foi por amor a obra de Deus! Se algum dia, eu fiz alguma coisa errada, aqui dentro da igreja, à algum irmão, que me perdoe! Porque fazem 2 anos que Deus me revelou acerca do sábado, e a Congregação Cristã no Brasil (apontava para saudosos representantes da CCB que se encontravam sentados no primeiros banco), não reconhece este dia como mandamento da Lei de Deus!!!, e por "este motivo" eu me afasto do ministério, oreis a Deus por mim, que nas minhas orações eu orarei por todos vós... Deus Seja Louvado!".

 Após este pronunciamento, deixou o púlpito e se sentou junto ao ministério ali presente, então, Luiz Sanches subiu ao púlpito e disse: "Tudo foi feito para que o nosso irmão Luiz Bento Machado ficasse no nosso meio, mas não foi possível; doravante ele continua sendo nosso irmão, mas como um irmão qualquer!". Muitos membros choraram com aquela cena, talvez, inédita em se tratando de Congregação Cristã.

Representantes do ministério central (Brás), procuraram Luis Bento Machado para que assinasse sua carta de renúncia como ancião da CCB, porém, Luis Bento não assinou tal carta assim se justificando:
“não estou renunciando.., eu estou APENAS me afastando do ministério, este ministério que me fora confiado, como "ancião" foi Deus quem me deu! E por isso, não devo assinar a carta de renúncia para nenhuma sociedade religiosa, mas sim, levarei comigo para a sepultura”.

Ao contrário de Aldo Ferretti, Luis Bento Machado não sofreu nenhum tipo de perseguição, ou seja, nenhuma circular foi expedida, talvez, para não chamar a atenção dos membros.


2001: Congregação Cristã Apostólica

A Congregação Cristã Apostólica – CCA  - foi fundada por Antônio Silvério Pereira, que tinha 40 anos de CCB, e atuava no ministério como cooperador, no dia 11 de novembro de 2001, em Aparecida de Goiás-GO. Resulta de uma fusão entre membros da Congregação Cristã no Brasil e da Igreja Renovação Cristã pastoreada por Fleury Rodrigues de Oliveira. 

Atualmente a Congregação Cristã Apostólica possui congregações em algumas cidades dos seguintes estados: Paraná, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, e São Paulo. 


2004: Associação de Membros da Congregação Cristã no Brasil

O movimento iniciou-se em 2002, por Jahyr Ferreira do Amaral, Osni R. Santos, e Reginaldo Fernandes, influenciados por Ricardo Adam. Mas somente em 2004, a AMCCB - Associação de Membros da Congregação Cristã no Brasil - se tornou uma realidade. Pouco tempo após sua fundação, Jahyr Ferreira e Ricardo Adam deixaram o movimento, pois, os ministros e membros da AMCCB não concordavam com a posição de ambos em relação a fazer oposição a CCB.

O fato da AMCCB ter se formalizado como “Associação de Membros da CCB”, e não ter sido contestada juridicamente  pela CCB em seus dois primeiros anos lhe confere alguns privilégios, tal como, usar o mesmo hinário que a Congregação Cristã no Brasil. Uma das particularidades da AMCCB é que ela se dedica a resgatar os “parados na graça”, e esclarecê-los de que homem algum pode cortar sua liberdade, e que havendo sincero arrependimento há perdão da parte de Deus, e que todos os pecados Deus perdoa, exceto, a blasfêmia contra o Espírito Santo. 

A denominação passou a se expandir em 2010, quando em Assembléia se uniram a Congregação Cristã no Brasil - Ministéirio Jandira, movimento dissidente iniciado pelo ancião Samuel Trevisan.


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2005: Igreja Congregação Cristã

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A Igreja Congregação Cristã, foi fundada em 2005, na cidade de Fortaleza, no Estado do Ceará, pelos ex-cooperadores da CCB José Bezerra de Freitas, José Carlos Menezes e o ex-ancião Emilson Bernardo da Silva.

Atualmente, a dissidência Igreja Congregação Cristã tem templos nos estados do Ceará, Rondônia e Paraná, além de trabalhar para a expansão da denominação dos estados em que já atua, a ICC está em trabalho permanente para abertura de congregações nos estados de Goiás e São Paulo.
 
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2010: Congregação Cristã no Brasil - Ministério Jandira

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Ninguém deu valor para aquela salinha que se intitulava “Associação de Membros da Congregação Cristã no Brasil” localizada próximo a estação de Armênia na capital paulista, talvez, imaginando que ela definharia por falta de recursos ou membros, ledo engano, após a ordenação de 3 anciães em Jandira em maio de 2010, interior de São Paulo, sem a aprovação do Conselho de Anciães, conforme determina os estatutos da CCB, o impasse foi resolvido pelo Brás destituindo do cargo  todos os envolvidos, inclusive, o ancião Samuel Trevisan, que após o ocorrido construiu um templo em Jandira, usando a mesma fachada e nome de CCB, para formalizar a instituição  Trevisan se juntou a AMCCB, que tem sede no bairro Ponte Pequena, da capital paulista, mas tem congregações em Juquitiba e Jandira, outros templos estão sendo construídos no interior de São Paulo e um no Mato Grosso. 


Não sabemos se a particularidade legal da AMCCB, que está registrada como Associção de Membros da CCB confere direitos sobre o uso do nome CCB sem qualquer distinção.


Existem outras denominações que se originaram a partir de integrantes da CCB, mas esses são os mais expressivos.

É lógico que se todos esses dissidentes concordassem plenamente com as doutrinas da Congregação Cristã no Brasil eles não teriam deixado a instituição, muito menos fundado novas denominações. 

Quase todas as denominações dissidentes  citadas tem em comum  a maneira de acolhimento ao pecador, elas  também se reformularam nos itens que rendem criticas internamente e externamente a CCB, principalmente, o exclusivismo e relacionamento interdenominacional.

Quanto ao credo doutrinário e liturgia são similares a CCB, já na questão dos usos e costumes, são mais flexíveis por entenderem que contribuem para a disciplina, mas não são doutrinas bíblicas, faz-se exceção ao Igreja Renovadora Cristã, cujo um dos principais motivos para o surgimento foi a questão das vaidades, o excesso de zelo no tocante a vaidade faz com que os membros  da  Renovadora Cristã não usem vestido de noiva e nem mesmo aliança de casamento.

Maçonaria dentro de Igrejas Evangélicas, Batista e Presbiteriana são as preferidas


Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras


Ela costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é normalmente repudiada pelos evangélicos.

Contudo, é impossível negar que a história maçônica caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean Desaguliers, um cristão francês.

Devido às suas crenças, eles naturalmente introduziram princípios religiosos na nova organização, principalmente devido ao fim a que ela se destinava: a filantropia. O movimento rapidamente encontrou espaço para crescer em nações de tradição protestante, como o Reino Unido e a Alemanha, e mais tarde nos Estados Unidos, com a colonização britânica. Essa relação, contudo, jamais foi escancarada. Muito pelo contrário – para a maior parte dos evangélicos, a maçonaria é vista como uma entidade esotérica, idólatra e carregada de simbologias pagãs.

Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto enigmático. Não-iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado rebuliço.

A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro, vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo eclesiástico.

Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas: “Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense.

Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há mais a presença histórica maçônica”, informa.

Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela reportagem, o ex-policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado, acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes ou imagens de animais.

Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento, que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E, também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós, maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.

Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).

O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de filantropia: “Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1 mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década



“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece suficientemente o grupo.

SEM CAÇA ÀS BRUXAS”

Procurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome. Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação.

“O último Supremo Concílio decidiu que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.

O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que, assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de lidar com o homossexualismo”.

O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”

O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez, por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons. “O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado, Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”, concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.

Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador, conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.”



Ligações perigosas

Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em relação à maçonaria.



As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em 1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons.

Quando o missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de 1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) – aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de julho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).

Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de candidatos ainda ligados àquela entidade.

Marcelo Barros

Um recado para os maçons membros da Congregação Cristã no Brasil

Por esses dias me deparei com um blog ligado à maçonaria cujo administrador do mesmo alega ser membro da Congregação Cristã no Brasil.


Em sua página inicial lemos:

"Somente para maçons. Entrando em contacto nesses e-mails sera organizado uma lista e vc tera contato com todos os irmaos maçons que são da CCB. Fortalecendo os laços de Fraternidade."

E ainda à direita do blog nos é dada a seguinte informação:

"Voce sabia: Existe varios anciões, cooperadores e diaconos que sao maçons?"


Em uma página de determinada rede social da internet um jovem maçom se identifica como membro da CCB e escreve algo enaltecendo a ordem deixando nas entrelinhas do seu depoimento  que "ser maçom é ser homem sem defeito."

Muitos conceitos advindos da filosofia maçonica depõem veemente contra princípios fundamentais do evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, portanto qualquer cristão que se preze deve evitar se envolver com a aludida ordem, isso se realmente forem cristãos. 

Senão vejamos:

"Ser maçom implica, acima de tudo, em trabalhar em si mesmo. Nosso ideário, expresso em nossos rituais e em nossas leis, objetivam a transformação do "eu", nos dizeres maçônicos, na transformação da pedra-bruta em pedra cúbica polida, a única que tem serventia na construção do Templo."

Fonte: Altos Corpos

Vemos claramente nesta pequena declaração de maçons que eles acreditam que podem atingir o mais alto grau de justiça por meio dos seu trabalhos, rituais e leis.

Em outras palavras, negam que somente por Deus, pela fé no Redentor, o homem pode ser encontrado justo nesta terra.

Para quem conhece os principios básicos do evangelho sabe perfeitamente que o homem natural, na sua condição de morto, pecador, injusto e totalmente separado de Deus não tem condição alguma para "trabalhar em si mesmo" através de "ideário expresso em rituais e leis", objetivando "a transformação do eu", passando com isso da condição de "pedra-bruta em pedra cúbica polida", a fim de ter "alguma serventia na construção do Templo".

Pode ser o maçom supra-sumo que for, do mais elevado grau. Sem Cristo, não tem "trabalho em si mesmo", "ritual" ou "lei" capaz de transformar a natureza humana morta em delitos e pecados para dela tirar algum proveito, não serve nem de "caco de tijolo" a fim de ter "alguma serventia na construção do Templo".

O ocultismo na CCB


É do conhecimento de todos o entrelaçamento da maçonaria com as igrejas protestantes tradicionais (Presbiteriana, Batista, Metodista, etc.), mas há muito tempo ter membros/ministros que fazem parte dessa sociedade secreta já não é mais exclusividade dos evangélicos tradicionais, gostando ou não, assumidamente ou silenciosamente os   maçons passaram a atuar nas fileiras pentecostais, inclusive, na Congregação Cristã no Brasil. 
Veja os vídeos








REMIDOS DO SENHOR

Visita do bispo Edir Macedo motiva roteiros turísticos ao monte Hermom

Uma reportagem da Folha de São Paulo comenta um fenômeno recente que tem chamado a atenção dos agentes de viagens: o aumento pela procura por pacotes de turismo em Hermom, norte de Israel.
O destino é pouco visitado por turistas que preferem passar por cidades como Jerusalém, Belém e Tel Aviv. Mas os roteiros das viagens religiosas estão mudando, principalmente depois que o bispo Edir Macedo gravou um vídeo no Hermom.
Em abril o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus foi até o topo do monte para realizar uma cerimônia que foi transmitida via satélite, desde então as viagens para Hermom aumentaram.
Para o CEO da Genesis Tours a cerimônia realizada por Macedo no Monte Hermom pode aumentar a quantidade de visitantes. A agência leva cerca de 500 grupos de brasileiros para Israel todos os anos, apenas 10% sobem ao monte.
Para os moradores dos vilarejos ao redor o turismo pode melhorar o comércio, mas será preciso investir em estrutura para poder receber os viajantes.
Visita do bispo Edir Macedo motiva roteiros turísticos ao monte HermomA reportagem comenta que só há dois hotéis na redondeza localizados na saída da cidade, para chegar ao teleférico que leva os peregrinos ao topo da montanha é preciso gastar com taxi.
Macedo escolheu aquele lugar para realizar uma ministração durante o Jejum de Daniel. De acordo com o bispo Carlos Oliveira, porta-voz da IURD, o líder religioso estava acompanhado por outros bispos e juntos oraram para que os telespectadores fosse transformados pelo poder do Espírito Santo. Com informações Arca Universal.

10 evangélicos mortos e 25 feridos em acidente de ônibus

Um grave acidente ocorreu na noite de ontem (12) envolvendo um ônibus fretado que levava 42 pessoas da igreja Assembleia de Deus em Sobradinho, no Distrito Federal. O grupo se dirigia para a inauguração de um templo da igreja na cidade de Setubinha, cerca de 500 km de Belo Horizonte.
10 evangélicos mortos e 25 feridos em acidente de ônibusO motorista perdeu o controle do veículo em uma curva da rodovia BR-259, de São José do Goiabal, vizinha de Governador Valadares, e a 184 km da capital mineira.
Segundo o Corpo de Bombeiros, dez pessoas morreram imediatamente (8 homens e duas mulheres) e mais 10 estariam feridas. Porém, o pastor Samuel da Silva que organizou a viagem dá uma versão diferente. Mais de 25 fieis se feriram. Cinco delas ainda estão hospitalizadas em Governador Valadares; duas em estado grave. O pastor não estava no ônibus acidentado, pois viajou antes para preparar a cerimônia de inauguração.
“Setubinha é muito pobre, construímos um pequeno templo lá e organizamos uma caravana. Estávamos levando até um palhaço para alegrar as crianças”, lamenta Soares. Os bagageiros do ônibus também estavam repletos de roupas e alimentos que seriam entregues às famílias da nova igreja.
Pedro Rocha, motorista auxiliar, explica que o ônibus não estava em alta velocidade e nem foi falha humana. Mas segundo o pedreiro Udson Moreira Carvalho, que estava dentro do ônibus, foi detectado um defeito no sistema de freio. “O problema tinha sido resolvido durante a viagem. A intenção era fazer uma parada em Governador Valadares para todo mundo descansar. Porém, antes de chegar ouvi barulhos, avisei ao motorista, mas não deu tempo de fazer nada e parece que o ônibus perdeu o freio”, conta.
Abimael Costa , um doa líderes da igreja, explica que os corpos dos mortos já foram liberados pelo IML e serão transportados para Sobradinho, onde ocorrerá um velório coletivo no ginásio da cidade, que fica perto de Brasília. “O traslado dos corpos está sendo organizado e custeado pela igreja. A empresa de ônibus está enviando transporte para trazer os feridos que receberam alta hospitalar. Alguns dos que permanecem no hospital não poderão voltar agora, pois sofreram fraturas ou precisam passar por cirurgias”, esclareceu. Com informações Gazeta do Povo e G1.

No Dia dos Direitos Humanos, releia relatório global sobre perseguição religiosa

No Dia dos Direitos Humanos, releia relatório global sobre perseguição religiosa
Celebrado nesta sexta-feira, 10 de dezembro, o Dia Mundial dos Direitos Humanos motivou a Fundação Pew de estudos e pesquisas religiosas a relembrar um documento sobre restrições ao direito universal da liberdade religiosa, que ainda acontecem em grande escala pelo mundo. Lançado por especialistas de sua equipe há cerca de um ano, o relatório ainda contém informações de extrema relevância para todos aqueles que oram por missões e missionários, como também, para aqueles que militam, e contribuem, mesmo que seja com um tijolinho, na causa da construção de um mundo melhor. Neste 62º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, segundo a Pew, “quase 70% das pessoas no mundo de hoje vive em países com níveis elevados ou muito elevados de restrições à religião”.
Perseguição a praticantes de religiões minoritárias, surtos de violência sectária, pressões sobre os indivíduos e as comunidades religiosas em muitos países. Todos já leram ou ouviram falar disso, mas este estudo quantifica e analisa, com base num grande número de fontes, para identificar governos e atores privados que atacam crenças e práticas religiosas pelo mundo.

Segundo o estudo, em 64 países - cerca de um terço dos países do mundo - há restrições de alta ou muito alta intensidade sobre a religião. Como alguns dos países mais restritivos são muito populosos, cerca de 70 por cento da população do mundo, ou seja, em torno de 6,8 bilhões de pessoas, vivem em países com restrições de alta intensidade sobre sua religião, peso que muitas vezes recai sobre as minorias religiosas.

O estudo abrange 198 países e territórios. Os pesquisadores do Pew Forum vasculharam diversas fontes de informação disponíveis, entre elas: o Departamento de Estado dos EUA, a Comissão norte-americana pela liberdade religiosa no mundo (U.S. Commission on International Religious Freedom), o órgão da ONU para o tema (U.N. Special Rapporteur on Freedom of Religion or Belief), o Conselho da União Europeia, o gabinete do governo do Reino Unido para defesa de direitos internacionais (United Kingdom's Foreign & Commonwealth Office), o Human Rights Watch e a Anistia Internacional.

Veja a lista completa das fontes de informações utilizadas pelos especialistas da Pew.

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