segunda-feira, 4 de março de 2013

Padre é condenado por pedofilia no Amazonas

Open in new windowJustiça condena, pela primeira vez na história do Amazonas, um bispo da Igreja católica; Piegiorgio Albertini, o italiano conhecido como ‘Padre Jorge’, foi sentenciado a nove anos de reclusão por estupro de três crianças no interior do Estado.

O italiano Piergiorgio Albertini, o “Padre Jorge”, 72, é o primeiro bispo da Igreja Católica condenado pela justiça Amazonas pelo o crime de estupro de vulnerável contra três crianças, todas de famílias pobres, que frequentavam a casa paroquial de Cristo Rei, no Município de Boba (a 215 quilômetros de Manaus, no rio Madeira), onde o padre exercia o sacerdócio há mais de uma década. Na última terça-feira, ele foi sentenciado pelo juiz Eliézer Fernandes Júnior a cumprir nove anos de prisão em regime fechado.

Até a última sexta-feira, Padre Jorge ainda não havia sido encontrado para tomar ciência da sentença. De acordo com o juiz, ainda não é possível dizer se ele está foragido ou não, já que o seu passaporte está em poder do juiz. Nos últimos meses, ele alegou estar doente e chegou a se ausentar da cidade sem autorização judicial. Desde que passou a ser investigado, em 2003, ele foi afastado das funções que exercia na basílica de Santo Antônio, prelazia de Borba.

Padre Jorge começou ser investigado após denúncias feita por uma de suas vítimas, a menina Fernanda*, na época com 9 anos. Ela contou que foi atraída para a casa paroquial, onde o bispo praticou com ela vários atos libidinosos. Em seu depoimento, a menina declarou que ele a fazia sentar em no colo dele e acariciava as partes íntimas dela. No final, ele oferecia alimentos, guloseimas e até dinheiro para ela.

Segundo Fernanda, o bispo ficava despido e mandava ela tirar a roupa para pegar nas partes íntimas dela. No depoimento consta ainda que o bispo se esfregava no corpo dela até ejacular. Depois, padre Jorge sempre prometia presenteá-la com bicicleta, bolsa de estudo e dinheiro. A menina disse que ele manteve a prática libidinosa com ela até os 13 anos de idade. Conforme o exame, realizado na época pelo médico Hector Rey, o hímen da adolescente estava rompido há, pelo menos, sete dias. ”Eu cheguei a ver ele fazendo isso com outras meninas. Não quero mais falar sobre isso”, disse ela à reportagem.

Outra vítima do Padre Jorge, que conseguiu denunciá-lo, foi a menina Carla*. Quando ela completou 12 anos, o bispo disse que iria presenteá-la e convidou-a para ir à casa paroquial. No local, ele a presenteou com um estojo de escova e pente, brinde de uma companhia aérea, e em seguida abriu a geladeira, mostrando que tinha muitos chocolates. Segundo depoimento da vítima, o padre chamou-a para sentar-se na coxa dele, que passou a mão nas partes íntimas dela.

Carla contou ainda que certa vez foi levada com outras crianças a um balneário da cidade denominado “Lira”, para aprender nadar e que o Padre Jorge, enquanto ensinava-a passava as mãos nela.

Carla afirmou que o padre costumava abraçá-la sempre pela frente ou por trás e esfregava o órgão genital nela, dizendo que era sem querer.

Com base na denúncia das vítimas, foi instaurado inquérito policial para investigar o caso e, no decorrer das investigações, ficaram comprovadas as acusações, por meio das declarações das vítimas.

*Nomes fictícios.

Fonte: Jornal A Crítica

Pastores saem em defesa do deputado Marco Feliciano

 
Pastores saem em defesa do deputado Marco FelicianoDiante das acusações de racismo e homofobia levantadas por militantes do movimento gay que não desejam que o pastor e deputado federal Marco Feliciano assuma a Comissão de Direitos Humanos, alguns pastores usaram as redes sociais para defender o religioso e acusar o ativismo gay de intolerante.
Entre os líderes evangélicos que apóiam o deputado cristão está o pastor Abner Ferreira, da Assembleia de Deus Ministério Madureira, que usou o Twitter para dizer que o partido PSC não deve se curvar aos críticos, mantendo Feliciano como presidente do CDHM.
“Espero que o PSC não se curve aos gritos antidemocráticos ruidosos de ativistas e mantenha o Dep. @marcofeliciano na presidência da CDHM”, escreveu.
O pastor Silas Malafaia, que de igual modo tem enfrentado a fúria dos ativistas através das redes sociais, também se manifestou pelo microblog: “Se o partido político PSC for inteligente, aproveita o momento político e coloca deputado Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Nós não pautamos nossas ações pelo que a mídia quer, ou grupos de pressão do ativismo gay. O PSC não pode dar ‘mole’”.
Entenda o caso
O Partido dos Trabalhadores, por ter a maioria da Câmara, escolheu algumas Comissões e acabou cedendo a Comissão de Direitos Humanos ao partido PSC, aliado do Governo, que poderá nomear um de seus deputados como presidente da comissão.
Ao sugerirem o nome do pastor Marco Feliciano alguns ativistas do movimento gay, incluindo o deputado federal Jean Wyllys (PSOL – RJ) lembraram das acusações de racismo feitas contra o pastor por declarações feitas em 2011 no Twitter e criaram um abaixo assinado no AVAAZ pedindo sua cassação.

GOSPEL PRIME

O fim do cristianismo na Europa?

 
O fim do cristianismo na Europa?Por força da lei, o exterior da antiga igreja luterana Kapernaumkirche continua igual. Mas por dentro em breve o espaço abrigará a mesquita do Centro Islâmico Al-Nour. Foram gastos um milhão de euros na reforma do templo, que exemplifica uma tendência cada vez mais comum na Europa.
A associação Al-Nour, fundada em 1993, reúne a maior parte dos muçulmanos que moram em Hamburgo, Alemanha, berço da Reforma Protestante.  Os moradores da área aceitaram sem problemas esta nova utilização do prédio. Os líderes da Igreja Luterana dizem que tiveram de vender a igreja por problemas financeiros, já que restavam apenas alguns fieis indo aos cultos.
O porta-voz da comunidade muçulmana, Daniel Adbin, comemora que após 20 anos os muçulmanos da cidade terão uma mesquita reconhecida. Até recentemente eles se reuniam em um prédio comum, já que não podiam construir um templo.
Somente na Alemanha, mais de oitocentos igrejas católicas e protestantes  foram fechadas desde o início da década de 1990. No entanto, este fenômeno que é chamado de “Euroislãmização” tem se espalhado por todo o continente.
Os representantes da Igreja Católica na França há décadas alertam sobre as pessoas que estão abandonando a fé cristã e, com isso, abrindo espaço para o crescimento do Islã.
Um estudo realizado pelo Instituto Hudson em 2011 mostrou que na França  o Islã deverá ser a religião dominante em dez anos, deixando o domínio católico para trás. Ao mesmo tempo,  a Holanda, onde surgiu a Igreja Reformada,  tinha  mais de 4200 igrejas cristãs em 2011. Estima-se que 1400 delas não existirão mais até 2020. Mais de 900 igrejas foram fechadas no país desde 1970. Muitas hoje abrigam mesquitas.
Segundo Silantiev Romano, professor da Universidade Estatal de Moscovo e estudioso do Islã, esses dados mostram uma tendência do cristianismo ser extinto na Europa como parte da rápida mudança no mundo. Para o estudioso, essa é uma derrota real para o Ocidente, que está perdendo inegavelmente espaço para o Islã, em um fenômeno de “ocupação cultural”.
De acordo com Romano, a negação dos valores cristãos europeus, mostra que em algumas décadas o Velho Continente poderá estar dividido entre ateus (ou sem-religião) e os muçulmanos.

GP

Cardeais começam encontros que preparam conclave para eleger Papa - OITAVO REI

Cardeais são saudados pela Guarda Suíça ao chegar para o encontro da manhã desta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: AP)Os cardeais da Igreja Católica começaram na manhã desta segunda-feira (4) a primeira das congregações gerais que precedem o início do conclave para eleger o novo Papa.
O encontro, marcado para as 9h30 locais (5h30 de Brasília), começou com alguns minutos de atraso.
Vários cardeais entraram a pé. Muitos conversaram com a imprensa.
Outros entraram de carro, e um grupo chegou em uma van.
Cardeais são saudados pela Guarda Suíça ao chegar para o encontro da manhã desta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: AP)
Expectativa
"É uma jornada espiritual de que temos que participar. Vamos trocar informações", disse o cardeal indiano Baselios Cleemis Thottunkal, de 53 anos, o mais novo do conclave. "É a primeira vez que participo; não sei o que vai acontecer. Vamos decidir juntos e analisar juntos as questões que a Igreja tem de enfrentar, como a Igreja vai enfrentar."

saiba mais
 
Questionado sobre se acha se o próximo Papa tem de ser italiano, ele afirmou que "a Igreja não é um continente, de uma língua. Ela é universal".
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, disse que não dá para antecipar as questões que serão discutidas no conclave.
"Tem tanta coisa que é preciso que ele [o novo Papa] seja capaz de fazer, além de ser poliglota, de ser um homem de fé e de rezar, de ser capaz de compreender civilizações diferentes, de diálogo, de escuta...", disse, ao ser questionado sobre o perfil do novo pontífice.
O cardeal André afirmou que "não é indispensável" que o próximo Papa seja jovem.
O francês também disse que o próximo Papa terá de tratar da questão do VatiLeaks, escândalo de vazamento de documentos sigilosos do Vaticano.
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, é cercado por repórteres ao chegar ao encontro de cardeais nesta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O arcebispo de Paris, André Vingt-Trois, é cercado por repórteres ao chegar ao encontro de cardeais nesta segunda-feira (4) no Vaticano (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O acesso dos cardeais, durante o conclave, a um dossiê feito a pedido do agora Papa Emérito Bento XVI, em resposta ao VatiLeaks, e que conteria relatos sobre irregularidades no Vaticano, vem sendo um dos temas tratados antes do início do processo de escolha papal.
André Vingt-Trois disse que "não necessariamente" quer ter acesso ao documento.
O arcebispo emérito de Sevilha, Carlos Amigo Vallejo, disse que o novo Papa deve "estar abraçado a Deus".
"Pode ser um latino-americano, todos os homens batizados podem ser Papa. Eu não estranharia se fosse um Papa negro, branco, latino, do Congo, em absoluto. A Igreja é universal, no sentido de que todos participam, é algo a que todos pertencem.”

O cardeal espanhol, ao ser questionado pelo VatiLeaks, disse que está pensando "nas comunidades em geral", e não nos "pequenos assuntos".

Data de início
Nestas reuniões, os cardeais irão definir os detalhes do conclave – e, mais importante, a data de seu início. Uma segunda congregação está marcada para as 17h (13h de Brasília), segundo a Santa Sé.

As congregações ocorrem quatro dias após a histórica renúncia de Bento XVI, que deu início ao período conhecido como Sé Vacante, em que a liderança da Igreja Católica fica desocupada.
Na quinta-feira (28), o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, informou que o cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, já convocou formalmente os cardeais eleitores e não-eleitores (com mais de 80 anos) para o conclave de 207 cardeais, 115 deles eleitores, nesta sexta.
No sábado, Lombardi informou que 75 cardeais moram em Roma, e 66 outros já havia chegado ou estavam chegando à cidade, na qual fica cravado o Estado do Vaticano, para participar das congregações. Esse número deve ser atualizado nesta segunda, segundo o padre Lombardi.

As congregações serão realizadas na Sala dos Sínodos, uma grande sala de audiências localizada na Aula Paulo VI, no Vaticano.

Fieis se reúnem neste domingo (3) na Praça de São Pedro, no Vaticano; foi um domingo atípico, sem a tradicional hora do Angelus (Foto: AFP)
Nas congregações, os cardeais discutem os problemas da Igreja, debatem o perfil do novo pontífice e acertam os detalhes que envolvem o conclave.
Eles também irão definir a data de início da eleição.
Segundo o padre Lombardi, apenas quando todos os cardeais eleitores estiverem em Roma (menos aqueles que notificarem formalmente que não irão participar da eleição, dois até agora), será possível acertar a data em que o conclave será iniciado. Segundo Lombardi, as reuniões de segunda não devem definir a data;
O blog Vatican Insider, do jornal italiano "La Stampa", afirma que a data provável do início do conclave é 11 de março, uma segunda-feira.

Nada foi definido oficialmente por enquanto.

A Igreja espera ter um novo Papa antes das importantes celebrações da Páscoa, que começam no Domingo de Ramos, em 24 de março.

Temas
Alguns temas que devem ser abordados nas reuniões são a reforma da Cúria Romana (o governo da Igreja) e a investigação interna sobre o caso "VatiLeaks" (vazamento de documentos confidenciais do Vaticano), assim como os escândalos e polêmicas dos últimos anos: as acusações de acobertamento da pedofilia, a corrupção, a secularização em muitas regiões, a influência de outras religiões e os problemas morais relacionados com a família.

Não há um favorito claro entre os 115 cardeais-eleitores -- os cardeais com até 80 anos de idade. Por isso, discretamente os participantes vão usar os encontros preliminares para avaliar potenciais candidatos.

Bento XVI encerrou na quinta-feira seu complicado pontificado de oito anos prometendo obediência incondicional ao sucessor. Ele é o primeiro papa em quase seis séculos a deixar o cargo com vida, o que cria uma série de situações praticamente inéditas para a vida da Igreja.
Os conclaves estão entre as eleições mais misteriosas do mundo, sem candidatos declarados, sem campanha eleitoral explícita, e com eleitores que muitas vezes conhecem poucos dos seus colegas. Todos eles juram manter segredo sobre os detalhes da votação.
Tradicionalmente, os conclaves começam 15 dias depois da declaração de "Sé Vacante", o que inclui o tempo para o velório e sepultamento de um Papa que morre. Mas Bento XVI baixou um decreto, dias antes de renunciar, autorizando a antecipação do processo eleitoral.
Relatório secreto
Os cardeais não terão acesso a um relatório secreto que foi preparado para Bento XVI por três cardeais não-eleitores, no qual eles detalham casos de má-gestão e disputas internas na Curia Romana, a burocracia vaticana. Mas os três autores do documento estarão nas congregações gerais e irão orientar os eleitores a respeito das suas conclusões.

(*) Com agências internacionais

Cardeal escocês que renunciou admite 'conduta sexual imprópria'

Keith O'Brien inicialmente negou acusações feitas por três padres e ex-religioso

Ele pediu perdão à Igreja, ao povo escocês e 'a quem possa ter ofendido'.
Scott Campbell/AP
Keith O'Brien inicialmente negou acusações feitas por três padres e ex-religioso
O ex-chefe da Igreja Católica da Escócia, cardeal Keith O'Brien, admitiu neste domingo (3), em comunicado, que teve "conduta sexual imprópria", seis dias após ter renunciado ao cargo por conta de denúncias.

"Por vezes, minha conduta sexual caiu para patamares inferiores aos que se esperavam de mim como sacerdote, arcebispo e cardeal", disse O'Brien em comunicado divulgado pela Igreja Católica da Escócia.

O'Brien havia pedido demissão como arcebispo de St. Andrews e Edimburgo na segund-feira (25), após ter sido acusado de "atos impróprios" cometidos há 33 anos. Segundo o Vaticano, o então Papa Bento XVI aceitou o pedido de demissão do cardeal por "motivos de idade".

O'Brien deveria participar do conclave que elegerá o novo pontífice, após a renúncia de Bento XVI. Entretanto, o cardeal informou nesta segunda, junto com o anúncio de sua demisão, que não irá ao Vaticano para a eleição do novo chefe da Igreja Católica. Ele seria o único britânico a participar do conclave.

O'Brien disse que "não quer ofuscar a atenção da mídia".

"Eu não vou me juntar a eles (outros cardeais) para este conclave, não desejo a atenção da mídia em Roma. O centro das atenções deve ser o Papa Bento XVI e seu sucessor", disse ele em um comunicado.

A saída, paralela à de outro cardeal de baixa por doença, deixará um total de 115 cardeais à frente da eleição do novo pontífice dos 117 que tinham direito a voto.

O cardeal O'Brien, 74 anos, negou inicialmente as acusações feitas por três padres e um ex-religioso, que foram transmitidas a Roma uma semana antes da renúncia de Bento XVI, anunciada em 11 de fevereiro e consumada em 28 de fevereiro.

Os quatro demandantes, da diocese de St Andrews e Edimburgo, na Escócia, afirmaram ao núncio apostólico no Reino Unido, o arcebispo Antonio Mennini, que O'Brien cometeu "atos impróprios" há 33 anos, segundo o jornal britânico "The Observer".

Um dos padres afirma que foi vítima de atenção não desejada por parte do cardeal. Outro afirma que O'Brien aproveitava as orações noturnas para ter contatos impróprios.

As opiniões conservadoras sobre o homossexualismo de O'Brien, que deveria deixar o cargo em março, provocaram revolta da comunidade gay. Em 2012, ele foi designado "hipócrita do ano" pela associação de defesa dos gays e lésbicas Stonewall.

O'Brien declarou recentemente que o casamento entre pessoas do mesmo sexo "seria prejudicial para o bem-estar físico, mental e espiritual dos contraentes". Ele também é contrário à adoção de crianças por casais gays.

Além de arcebispo em St Andrews e Edimburgo (Escócia) desde 1985, o cardeal britânico, nascido em Ballycastle (Irlanda do Norte), era presidente da Conferência de Bispos da Escócia.
Fonte: G1

Pastores vão à escola aprender liderança

O pastor Lawton Ferreira, que coordena curso à distância para religiosos e presta consultoria a igrejasResponsáveis por liderar uma comunidade de 42,3 milhões de pessoas, segundo o IBGE, pastores evangélicos têm buscado melhorar sua formação com cursos de especialização para o cargo.
As disciplinas alternam noções de teologia e entendimento da Bíblia com conceitos de administração e estratégias de liderança.
Entre 2000 e 2010, os evangélicos aumentaram sua fatia na população de 15,4% para 22,2%, impulsionando também a demanda por pastores e, consequentemente, a criação de cursos e escolas para sua formação.
Na Faculdade de Educação Teológica de São Paulo, o curso é on-line e tem duração de cerca de um ano, ao custo de R$ 999. O material didático consiste em 101 apostilas, com lições de antropologia, código civil e penal, administração eclesiástica, didática e ética, entre outras.
Na aula de administração, por exemplo, são ensinados conceitos clássicos como o PODC (planejar, organizar, decidir, controlar), da obra Administração, de James Stoner e Edward Freeman.
Na estrutura organizacional, um pastor tem a incumbência de um profissional na área de marketing e vendas, analisa Antonio Sauaia, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade).
Ao término das disciplinas, o pastor Lawton Ferreira, coordenador do curso, oferece consultorias nas igrejas para acompanhar a prática dos pastores. Os pastores precisam melhorar a capacidade de liderança, de coordenar equipes, afirma Ferreira.
Lawton também ensina técnicas para melhorar a comunicação com o público, como utilizar linguagem mais acessível durante os cultos.
O pastor Emerson Acioli, 32, afirma que o curso o ajudou a desenvolver uma base teórica para construir seus discursos nas cerimônias.
Nos primeiros cinco meses, teve dificuldade em compreender a linguagem dos textos, conta. Hoje, ele afirma receber uma remuneração mensal de R$ 1.500, além de ter a moradia garantida pela igreja onde ministra os cultos, mas não possui direitos trabalhistas e recolhe o INSS como autônomo.
O pastor Lawton Ferreira, que coordena curso à distância para religiosos e presta consultoria a igrejas
NOVO CURSO
Lawton pretende lançar um novo módulo, com o nome de Atividade Pastoral na Contemporaneidade. O objetivo desse novo curso é aumentar a expansão dos fiéis na igreja. Segundo
Lawton, sua nova técnica, que consiste em convencer os fiéis de que possuem os mesmos poderes de um pastor, fará a igreja angariar cerca de 8.000 seguidores por ano.

Métodos de administração para multiplicação de membros são também objeto de aulas na Faculdade Gospel, que mantém desde 1994, em um curso criado pelo pastor Omar Silva da Costa.
Segundo a escola, são ensinadas práticas usadas pelas igrejas Mundial e Universal do Reino de Deus. O curso tem ainda disciplinas como Estresse e Depressão ou Como Trabalhar com Homossexuais.
Apesar da multiplicação dos cursos e da perspectiva de altos salários o pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, causou polêmica ao afirmar que os salários de seus pastores variam de R$ 4.000 a R$ 22 mil, a carreira religiosa ainda enfrenta percalços.
No fim do ano, o Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o vínculo empregatício entre um pastor evangélico e a igreja Universal do Reino de Deus.
O pastor Glauber Alencar, da Assembleia de Deus do Bom Retiro em São Paulo, central de cerca de 150 filiais na cidade, diz que a profissionalização do pastor, ou seja, seu reconhecimento como empregado, é uma discussão frequente dentro das igrejas.
Alencar defende a criação de um plano de carreira para os pastores, além de benefícios sociais, como plano de saúde e previdência, de modo a inserir uma gestão mais próxima à de uma empresa.
Segundo ele, a ideia encontra resistência em setores da comunidade evangélica, sobretudo em relação a remuneração por comissão, ou seja, proporcional ao número de seguidores angariados. A Assembleia de Deus, por exemplo, é contra essa ideia.

FOLHA.COM

domingo, 3 de março de 2013

MP quer impedir construção de monumentos religiosos com dinheiro público

O Ministério Público do Estado do Ceará entrou com uma Ação Civil Pública requerendo à Justiça que o Governo do Estado se abstenha de realizar a segunda etapa de construção do monumento de Nossa Senhora de Fátima no município do Crato.

A ação, com pedido de tutela antecipada, foi expedida na última terça-feira (26) pelo promotor de Justiça Lucas Felipe Azevedo de Brito.

O edital de concorrência pública para contratação da empresa foi finalizado no dia 22 de janeiro, tendo sido vencedora a JMD Construções Ltda. O valor a ser destinado para a obra com recurso do Governo do Estado é de R$ 946.856,25. Segundo o promotor de Justiça, o fato de ser utilizado recurso público para a construção de monumento com cunho religioso lesa frontalmente o Estado Democrático de Direito.

Com isso, o MP requer a inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 15.110/2012 referente aos gastos para a construção da estátua; a proibição de construir ou a demolição de qualquer edificação já realizada, no prazo de 30 dias; além de suspender a execução do contrato derivado do edital de concorrência pública. Em caso de descumprimento, a multa diária no valor de R$ 10 mil recai sobre o patrimônio pessoal do chefe do executivo Estadual.

Histórico

Há tempos o município do Crato divulgava a intenção de construir a maior estátua religiosa do Estado na localidade de Barro Branco (conhecida popularmente como Morro da Coruja). Para isso, ocorreria a doação do terreno, de patrimônio municipal, e contaria com repasses de verbas federais e estaduais. Com isso, os Ministérios Públicos Federal e Estadual impetraram uma Ação Civil Pública ainda em 2008, obtendo liminar.

Vale ressaltar que, na maioria dos casos, em ações conjuntas, a instância federal atrai a competência do julgamento. Dessa forma, o juiz da 16ª Vara Federal determinou o embargo da obra e o repasse de verba federal. O Município acabou não dando continuidade ao convênio com a União e passou a alegar que não havia mais verba federal. Com isso, o Juízo Federal suspendeu o embargo.

Em 2010, o MPE ingressou com uma ação na primeira instância para impedir o gasto de dinheiro público na construção da estátua de Nossa Senhora de Fátima. Porém, na segunda instancia a decisão foi alterada e houve a efetivação do pagamento de R$ 811.703,72 para a empresa Projesul Construções Ltda, que tinha vencido o edital de Concorrência Pública Nacional, sem que a obra tivesse sido concluída, o que motivou agora a publicação do atual certame licitatório para construir a segunda etapa da obra.

Fonte: Ministério Público do Estado do Ceará

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...