sexta-feira, 23 de setembro de 2011

COMEÇAM BONZINHOS , DEPOIS , TOMA BOMBA - Filhos de imigrantes muçulmanos querem bandeira suíça sem cruz

Open in new windowFilhos de imigrantes muçulmanos na Suíça querem que o governo tire a cruz (um símbolo cristão) da bandeira nacional porque, dizem, é incompatível com um país multicultural.

O jornal suíço Aargauer Zeitung informou que esses “imigrantes de segunda geração” estão pressionando o governo com o argumento de que o Estado é laico e que, portanto, a bandeira do país tem de ser neutra.

A Suíça tem 7,8 milhões de habitantes, menos, portanto, do que a população da Grande São Paulo. É um dos países mais ricos do mundo.

Apesar da cruz em sua bandeira, que também está no escudo nacional, os suíços estão entre os povos menos religiosos do mundo.

De acordo com um estudo recente, a Suíça é um dos nove países onde a religião está em extinção.

Fonte: Paulopes

Comandante Geral de São Paulo parabeniza evangélicos na Polícia


Em encontro com a diretoria dos PMs de Cristo, Coronel Álvaro Camilo Sales
falou da importância de se promover a espiritualidade e gravou mensagem
para os congressistas da União dos Militares Cristãos Evangélicos do Brasil
(UMCEB), que se reunirão em Belém do Pará

Comandante da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Álvaro Camilo Sales
"Os militares evangélicos estão de parabéns pelo que têm feito dentro da polícia", declarou o Comandante Geral da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Álvaro Camilo Sales, durante encontro com a Associação PMs de Cristo SP, no final da tarde do dia 21 (quarta-feira), para tratar do apoio do Comando Geral ao Congresso da União dos Militares Cristãos Evangélicos do Brasil (UMCEB), em Belém do Pará, que ocorrerá de 29 de setembro a 2 de outubro. Os PMs de Cristo participarão do tradicional evento, que ocorre há 15 anos, com uma caravana de 160 pessoas, a maior da história.
"Vamos buscar ferramentas para a capelania e, acima de tudo, aprimorar as atividades de valorização da figura humana do policial militar. Neste ano, em especial, estarão em pauta vários temas voltados para família, que serão tratados sob a luz da Palavra de Deus", destacaram o Capitão Joel Rocha e o Tenente Coronel Alexandre Marcondes Terra, respectivamente o presidente e o vice-presidente dos PMs de Cristo. Eles estiveram na reunião com o Cel Camilo ao lado de diretores da associação. Na ocasião, o grupo falou sobre o congresso, que deve reunir cerca de cinco mil militares de todo o Brasil, e do imprescindível apoio do Comando Geral para a participação dos policiais paulistas. "Acho importante que São Paulo esteja representado para dar o exemplo aos outros Estados, já que nós temos aqui o maior efetivo de polícia do Brasil. Parabenizo os PMs de Cristo por esta grande delegação que estão levando", destacou o Cel Camilo, lembrando que irá facilitar a escala de serviço para que os policiais possam comparecer ao Congresso. O Comandante também gravou um vídeo com uma saudação aos congressistas e, como presidente do Conselho Nacional dos Comandantes Gerais, deixou a mensagem para que iniciativas como esta se irradiem pelo Brasil, "para que, cada vez mais, nós tenhamos mais pessoas espiritualizadas e fazendo o bem ao próximo", destacou.
O Cel Camilo vê com bons olhos as ações nos Batalhões que desenvolvem a espiritualidade, melhoram a vida do policial e o aperfeiçoam como pessoa, independentemente da religião. "Desde que pregue o bem ao próximo, que leve paz, que não prejudique as pessoas", descreveu. Sobre os evangélicos, o Comandante observou que eles se destacam na PM de São Paulo porque conseguem sair da teoria para a prática. "Eles estão sempre trabalhando, têm formado grupos de oração em muitas unidades".
Na época em que comandou, por dois anos, a região do Centro de São Paulo, presenciou com frequência a atuação de um grupo de oração. "A gente via que alguns policiais precisavam disso, porque estavam em um momento difícil. Eles se deparavam com pessoas sendo prejudicadas, injustiçadas, situações difíceis de muita agressão, de morte, e voltavam para o quartel muito abalados. Ao participar das orações, entediam melhor o porquê das coisas e compreendiam que, no futuro, todos serão recompensados, de alguma forma, porque Deus existe e quer o bem de todos", disse o Comandante, que é católico e preza pelo respeito a todas as religiões. "Minha família e eu íamos todo domingo à missa, religiosamente. Fui batizado, fiz a primeira comunhão, fui crismado. Esta base religiosa fez toda a diferença para mim", concluiu.

Comandante Geral da PM com a diretoria dos PMs de Cristo em reunião para
tratar da participação dos militares no Congresso em Belém do Pará

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Supremo Denuncia Pastor Deputado por Desvio de Salários

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nesta quinta-feira uma ação penal contra o deputado federal Hidekazu Takayama (PSC-PR) por crime de peculato.
O deputado, que também é pastor da igreja Assembleia de Deus, foi acusado de ter desviado o salário de 12 pessoas nomeadas por ele, na Assembleia Legislativa do Paraná.
De acordo com Deborah Duprat, a vice-procuradora geral da República, as pessoas nomeadas por Takayama trabalharam para ele, em sua casa ou no estúdio de gravações do pastor evagélico.
“O caso é de extrema atualidade. Grande parte deles jamais teve um dia sequer de trabalho na Assembleia. São pessoas que dizem que trabalhavam na Assembleia duas vezes por semana, uma ou duas horas por dia e no restante do tempo faziam serviços particulares para o deputado”, disse a vice-procuradora, segundo o G1.
Entre as atividades realizadas pelos nomeados, estavam os serviços de motorista e produção de vídeos para a igreja do parlamentar. A acusação resultou de ações trabalhistas movidas por alguns dos nomeados, que reivindicaram salários que não receberam.
Os ministros decidiram por unanimidade que Takayama passa a ser réu em ação penal pelo crime de peculato, que prevê multa e 2 a 12 anos de prisão.
O advogado de Takayama, Luciano de Almeida Gonçalves, rejeitou a acusação e disse que “é comum” que sejam realizados trabalhos particulares para os deputados por servidores da Assembleia.
“Chegamos numa questão que é o limite em que um assessor parlamentar pode prestar serviços no ambiente externo ou deve-se prestar apenas no ambiente interno. Esta é uma prática comum. Muitos são nomeados e trabalham fora da Casa”, disse o advogado.
Ele ainda alegou que os nomeados receberam os vencimentos pela Assembléia Legislativa e pretendiam “duplicar” essas quantias, em ações trabalhistas. A defesa de Takayama afirma que o processo de mais de 3 mil páginas não comprova as acusações.

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Cristãos agredidos são acusados de tentativa de assassinato

Sete cristãos que trabalham na Sociedade Missionária Indiana (IMS, sigla em inglês), em Gujarat, na Índia, foram libertados sob fiança na manhã de 29 de setembro. O grupo foi acusado de tentativa de assassinato depois que extremistas hindus armaram uma cilada e assaltaram os cristãos na semana anterior.

Os extremistas agrediram os missionários, tomaram seus pertences e os advertiram das terríveis conseqüências a que estariam sujeitos, caso continuassem a difundir o evangelho naquela área. Em seguida, um dos extremistas, Kanji Nayak, registrou uma queixa contra eles, alegando que os cristãos tinham tentado atirar nele depois que ele se recusou a se converter.

Um oitavo integrante do grupo, o pastor Dasrath Nanji Dilwad, permanece sob custódia policial e seu caso foi transferido para o Supremo Tribunal. Dasrath Dilwad também foi acusado de uso indevido de arma de fogo.

O grupo de oito missionários da IMS estava voltando para casa de um encontro de oração na tarde da quarta-feira, 20 de setembro, quando ocorreu o ataque. O pastor estava acompanhado de sua esposa, Manjula Bhen; Mankar Samsu Katila e sua esposa Saburi Bhen; e quatro outro companheiros, Valaibhai Santubhai Damor, Samsubhemla Katila, Gala Sabur Patel e Madhu Jagan Baria.

Assim que eles iniciaram a volta para casa, aproximadamente 15 extremistas os cercaram, agredindo-os com cacetetes de madeira. Uma das mulheres, Manjula Bhen, sofreu graves contusões.

“Primeiro achamos que eram apenas ladrões”, contou ela ao Compass. “Mas eles nos agrediam com cacetetes e nos ofendiam por termos ido orar na aldeia deles. Eles também nos avisaram para ficarmos longe da aldeia e para não voltarmos para converter as pessoas”.

Antes de fugir, o grupo confiscou dois telefones celulares, uma corrente de ouro, brincos algum dinheiro e as Bíblias que as vítimas carregavam.

Acusação de tentativa de assassinato

No dia seguinte, quando os cristãos tentavam relatar o incidente na delegacia de Devaghad Bariya, o inspetor de polícia G.R. Sharma disse a eles que uma pessoa chamada Kanji Nayak já tinha registrado uma queixa contra eles.

Em suas declarações à polícia, Kanji alegou que os cristãos tinham tentado convertê-lo à força – e que quando ele se recusou, o pastor Dilwad disparou dois tiros contra ele, tentando matá-lo.

Depois de uma breve investigação sobre as acusações de Kanji, a polícia prendeu os seis homens do grupo e os manteve sob custódia. As duas mulheres foram presas na segunda-feira, 25.

Na manhã do dia 29, quase todo o grupo foi libertado sob fiança, entretanto, Dasrath Dilwad foi mantido sob custódia e seu caso foi transferido para a Suprema Corte.

De acordo com o advogado dos cristãos, Tyab Dadi, os oito missionários foram acusados sob a Seção 307 do Código Penal por tentativa de assassinato. O pastor Dilwad foi também acusado sob a Seção 25 por uso ilegal de arma de fogo. Mas os cristãos locais que conhecem os trabalhadores da IMS afirmam que as acusações são uma farsa grosseira.

Preconceito contra cristãos

O reverendo D. Vethanbu, secretário geral da IMS, disse ao Compass que é evidente que os extremistas atacaram os cristãos, e não o contrário.

“Conheço o pastor Dilwald pessoalmente há dois anos – embora ele já trabalhe com a IMS há 20 anos. Essas acusações são obra dos extremistas que recorrem a todos os métodos para prevenir a difusão do evangelho”, disse Vethanbu.

O reverendo Samuel Ravi, coordenador regional de campo da IMS, também acredita que o incidente foi um ataque planejado ao grupo. “Eles fizeram acusações muito sérias contra esses cristãos e isso tem muitas implicações políticas”.

De acordo com Samson Christian, secretário do Conselho Cristão Global da Índia, o incidente – ocorrido apenas um dia depois da aprovação da emenda que reforça a Lei de Liberdade Religiosa de Gujarat – aponta para um preconceito anticristão no Estado.

“O governo estadual quer claramente provar que os cristãos estão envolvidos em conversões forçadas e eles precisam de estatísticas para comprovar suas afirmações”, disse Samson Christian.

Enquanto isso, Vethanbu apelou a todos os cristãos indianos para orar por aqueles que vivenciam essas experiências. “Orem do fundo do coração para que as feridas em seus corpos sejam curadas logo e que as cicatrizes sejam apagadas pelo nosso Senhor”, ele escreveu.

“Ore também pelas pessoas que cometeram esse crime”, pediu o líder da IMS.

Fonte: Portas Abertas

SINAIS DOS FINAIS DOS TEMPOS - Papa Bento XVI critica igrejas pentecostais e convida evangélicos a trabalharem juntos com os católicos

Papa Bento XVI critica igrejas pentecostais e convida evangélicos a trabalharem juntos com os católicosO Papa Bento XVI disse nessa Sexta-Feira, 23/09, estar preocupado com o crescimento das igrejas pentecostais e convidou os cristãos protestantes a trabalhar junto com os católicos.
Visite: Gospel +, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica GospelO Papa afirmou ainda que os cristãos católicos e protestantes erraram ao dar mais atenção às diferenças do que aos motivos que os tornam iguais. “Foi um erro ter visto majoritariamente aquilo que nos separa e não ter percebido de forma essencial o que temos em comum nas grandes pautas da Sagrada Escritura e nas profissões de fé do cristianismo antigo”.
Sobre o crescimento das igrejas pentecostais no mundo todo, o Papa Bento XVI afirmou que “este fenômeno mundial de mudança traz um cristianismo com pouca densidade institucional, pouca bagagem racional e pouca estabilidade”. Por isso, segundo ele é necessário questionar se esse crescimento é benéfico.
Bento XVI continuou sua fala dizendo que as igrejas cristãs históricas estão “perplexas” e preocupadas com o avanço das igrejas pentecostais, e convidou os protestantes a trabalhar junto com os católicos para testemunhar a fé em um mundo moderno.


Fonte: Gospel+

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ESTOU Á PORTA

"Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele" (Apocalipse 3,19). Assim fala o Senhor à Igreja de Laodicéia.

Essas palavras não pertencem ao texto dos nossos quatro Evangelhos, mas, fazendo parte do Apocalipse, pertencem ao evangelho eterno que reúne todas as mensagens que Deus dirige aos homens. Elas não conduzem a um episódio histórico determinado. Exprimem uma experiência que pode ser de ontem, de hoje ou de amanhã, um apelo que, sem cessar, ressoa em meu coração, como em meus ouvidos e me comove.

"Eu estou à porta..." Eu o vi chegar. Ele andava rapidamente. Eu sabia, ou melhor, sentia que ele se dirigia à minha casa, e me retirei, apressado, da janela, para que ele não me percebesse. Porque eu não estava seguro de lhe abrir a porta. Suas visitas provocam em mim uma impressão contraditória. Nós nos conhecemos há muito tempo. Houve época em que éramos íntimos. Depois, nossos encontros se espaçaram. De um lado, eu me senti honrado e feliz de tê-lo em minha casa. De outro lado, eu me sentia mal. Ele provocava em mim questões pessoais, inesperada que agiam como queimaduras em meu íntimo. Eu tratava de levar o assunto para o domínio das idéias e das doutrinas, mas ele voltava sempre para as coisas íntimas sobre as quais eu temia falar. Muitas vezes ele veio e eu, ao invés de abrir, me escondi, não sem remorso e vergonha.
Agora, ele vem à minha porta. Não à porta principal de minha casa, mas uma porta lateral, menor. No começo de nossa intimidade, quando eu não tinha segredos para ele, eu lhe havia pedido para vir sempre por essa porta, deixando a grande porta da frente para os estranhos e as visitas de cerimônia. Depois, comecei a sentir um mal estar por ter-lhe oferecido essa porta. Entrando por ela, ele atravessava os cômodos mais familiares de minha casa, nem sempre arrumados. Parecia interessar-se por minha sala de jantar, minha cozinha, meu quarto. Eu temia que ele descobrisse certas coisas que não eram o que deviam ser. Eu pretextava ocupações urgentes.
Para cortar de vez, condenei a porta lateral, e comecei a fazê-lo entrar pela porta da frente. O tratamento que passei a lhe dar fez com que as suas visitas se tornassem frias, formais, e cada vez mais raras.
Eis que ele chega hoje à porta lateral. Está fechada. Depois que foi condenada, uma vegetação selvagem começou a cobri-la. A fechadura ficou toda enferrujada. Ele para diante da "sua" porta e olha para ela. Será que vai tocar, mostrando que deseja refazer as relações íntimas de outrora? Ele toca. Será que abro? Nada está pronto para recebê-lo. Tudo se encontra em completa desordem. E onde está a chave dessa porta? Ele bate ainda. Eu observo de longe, ele toca suavemente, lentamente. Noto que seu olhar se dirige diretamente em frente, para a porta. Sua expressão é grave, atenta, mas não impaciente. Parece concentrar-se, não sobre a porta e a resposta que lhe darei, mas sobre a graça que o Pai pode inspirar.
Ele continua tocando. "Eu estou à porta e bato". O verbo está no presente. Trata-se de ação repetida continuamente. Que fazer? Não posso viver sem sua presença. Se abro, será que ele vai me fazer questionamentos? Tentarei desculpar-me? Só posso abrir, se me decido a entregar-me a ele, sem condições... Então não haverá problemas... Dirijo-me à porta. Abro-a com dificuldade, por causa das plantas parasitas que ai cresceram.
"Senhor, entre, tu sabes..." Eu ia dizer: "tu sabes, Senhor, que, apesar de tudo, eu te amo!" Mas não ouso continuar a frase, e um soluço me impede a voz. Ele me olha com um sorriso calmo e diz: "eu sei... vou cear com você". Eu me assusto: "Senhor, eu não preparei a ceia; não tenho nada do necessário". Ele responde: "Sou eu que o convido. Eu quero, em tua casa, celebrar a minha Ceia".

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Após denúncias de pedofilia, Irlanda muda relação com catolicismo

Discurso inflamado do premiê sobre o Vaticano mostra como o papel dominante da Igreja Católica está afetado no país onde 87% da população se diz católica.

Mesmo com sua economia em dificuldades, a Irlanda está no meio de uma rápida e revolucionária transformação: o país está revendo sua relação com a Igreja Católica, uma instituição que tem tido grande influência em quase todos os aspectos da vida no país há muitas gerações.

A Irlanda é um país onde o aborto é contra a lei, o divórcio se tornou legal apenas em 1995, a igreja gerencia mais de 90% das escolas primárias e 87% da população se diz católica. Mas a admiração, o respeito e o medo antes sentidos pelo Vaticano se transformaram em um novo leque de sensações - aversão, raiva e descontentamento - depois de uma série de revelações sobre décadas de abuso de crianças deixadas aos cuidados da igreja por uma grande parte da população.

Enquanto situações parecidas vêm manchando a imagem do Vaticano em outros países, talvez em nenhum outro lugar tais acusações tenham mexido com toda uma sociedade de forma tão intensa como na Irlanda. E assim, quando o primeiro-ministro Enda Kenny usou um discurso no Parlamento nesse verão para criticar a igreja, ele estava falando não apenas sobre seus próprios sentimentos reprimidos, mas sobre os sentimentos de toda uma nação.

Seus comentários demonstraram a supremacia do Estado sobre a Igreja, com palavras de indignação e revolta que nunca antes tinham sido utilizadas publicamente por um líder irlandês.

"Pela primeira vez na Irlanda, um relatório sobre o abuso sexual infantil expôs uma tentativa por parte da Santa Sé de frustrar um inquérito da república, soberana e democrática, há cerca de três anos, e não há cerca de três décadas", disse Kenny, em referência ao Relatório Cloyne, que registra uma queixa detalhada e demonstra a tentativa de encobrir tais acontecimentos por oficiais da igreja no sul da Irlanda antes de 2009.

Reiterando a afirmação do relatório de que a igreja teria encorajado os bispos a ignorarem as diretrizes que eles mesmos deveriam adotar, o primeiro-ministro atacou "a disfunção, a desconexão e o elitismo" que, segundo ele, "dominam a cultura do Vaticano".

Kenny continuou: "O estupro e a tortura de crianças foram subestimados ou 'administrados' com intuito de defender a instituição - seu poder, a sua posição e a sua reputação". Ele disse que, em vez de ouvir com humildade as evidências comoventes de "humilhação e traição", "a resposta do Vaticano foi de verificar a veracidade de tais acontecimentos com um olhar frio e analítico ". O efeito colateral de seu discurso foi instantâneo e chocante.

"Foi um momento de grande importância", afirmou Patsy McGarry, correspondente de assuntos religiosos do jornal The Irish Times. "Nenhum primeiro-ministro irlandês alguma vez se dirigiu à Igreja Católica dessa forma. A subserviência do Estado irlandês ao Vaticano desapareceu. A deferência acabou. "

Embora ambos os lados estejam conversando de uma maneira mais calma ultimamente, não há dúvidas de que a declaração de Kenny irritou profundamente o Vaticano, que retirou seu embaixador de Dublin em resposta - o embaixador foi transferido para a República Checa.

A posição de embaixador do Vaticano na Irlanda está em aberto, e fala-se também de fundir sua função com a do embaixador da Itália. Embora oficiais do governo digam que a questão é parte de uma reavaliação geral do orçamento diplomático, tal medida é vista como uma afronta contra a Santa Sé, um Estado soberano ao qual países em geral dedicam embaixadas separadas.

Enquanto isso, a última comunicação formal da igreja com Dublin - em 24 páginas - reclamou tanto do Relatório Cloyne quanto das observações feitas por Kenny, dizendo que um documento fundamental tinha sido "mal interpretado" pelo inquérito e alegou que a afirmação de Kenny "não tinha base" para dizer que o Vaticano tentou "recusar um inquérito" sobre o escândalo de abusos.

Simpatizantes da Igreja dizem que o Vaticano fez argumentos válidos. Eles afirmaram ainda que Kenny foi longe demais. "Pessoalmente, eu acho que ele foi excessivo ", disse David Quinn, fundador do Instituto Iona, um grupo de defesa religioso de direita.

Em uma entrevista, Quinn disse que a relação entre o Vaticano e o governo irlandês estava em uma "maré muito baixa." A situação das coisas não melhorou devido ao que jornais da China escreveram em editoriais usando citações de Kenny como um argumento de "por que a Igreja deve permanecer sob o controle do Estado".

Kenny, que assumiu o cargo em março após o partido Fianna Fail, que dominava a Irlanda, ter ruído devido à crise financeira, foi acusado de oportunismo por alguns críticos. Mas sua posição como um católico praticante de uma área conservadora ajudou a dar peso moral ao seu discurso. E o tom confiante de seu novo governo foi recebido com aprovação generalizada por um país que se sente duplamente traído: primeiro pelo abuso em si e segundo, porque muitos veem o acontecimento como um encobrimento da igreja, agravado pelo uso da linguagem legal vaga com a qual ela se defende.

"Você pode discutir sobre a sutileza das relações diplomáticas e todas suas possíveis manobras, mas o que Kenny estava realmente dizendo é que você tem que priorizar as vítimas do abuso e você tem que dizer em alto e bom som que essa é um república e o direito civil tem de prevalecer sobre o direito canônico", disse Diarmaid Ferriter, professor de história moderna da Universidade de Dublin.

Embora a maioria não tenha abandonado a sua religião, muitos parecem ter deixado de lado o hábito de praticá-la. O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, recentemente estimou que apenas 18% dos católicos em sua diocese têm participado da missa toda semana.

O governo anunciou que irá introduzir um pacote de novas legislações para proteger as crianças do abuso e da negligência, incluindo uma lei - considerada, mas rejeitada por ser demasiadamente controversa por governos anteriores - que obrigaria o envio de relatórios periódicos de evidências de crimes de abuso às autoridades. Ele também estabeleceu um grupo para analisar como remover o controle da Igreja de metade das escolas católicas do país.

Em uma entrevista recente, Eamon Gilmore, vice-premiê da Irlanda, disse que o país afirmou o seu papel como uma "democracia moderna". "A Igreja já não irá desfrutar de seus antigos privilégios e poderes como nos velhos tempos", quando efetivamente ditava a política social do Estado, disse.

"Historicamente, havia uma visão dentro da Igreja Católica de que ela seguia uma lei paralela, que tinha seu próprio sistema judicial e que essa era a lei pela qual era responsável ", disse Gilmore. "Isso no mínino atrapalhava a ideia da necessidade de plena conformidade com a lei do Estado."

Ele acrescentou: "A Igreja Católica tem todo o direito de ter seu próprio ponto de vista e suas regras e de ver as coisas de acordo com sua própria perspectiva. Mas isto é uma república. E existe uma lei."

Quando se trata de proteger as crianças, Gilmore disse: "Todo mundo no Estado - independentemente de serem cidadãos comuns apenas fazendo seu trabalho, ou um sacerdote ou um bispo - têm de cumprir e obedecer a lei ".

Fonte: Último Segundo / The New York Times

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...