quinta-feira, 10 de maio de 2018

'Corta a carne, fornece ovos para as crianças', disse empresário em grampo de investigação sobre fraude na merenda

A Investigação da Polícia Federal que durou três anos sobre fraude nas licitações do fornecimento de merenda escolar, uniforme, material e 
até limpeza de escolas públicas municipais no Estado de São Paulo flagrou
 em um grampo um empresário que buscava reduzir gastos para roubar 
dinheiro público dizendo a frase "corta a carne, fornece ovos todos os dias 
para estas crianças", afirmou a delegada da PF Melissa Maximino Pastor.
Segundo a delegada, leite também era diluído para dar de alimentação aos alunos.
"O interessante desta investigação, o que é chocante, foram os registros 
na inexecução contratual da merenda escolar. Nós tivemos registro,
 ao longo destes anos, do fornecimento de lanche para uma criança 
de uma bolacha maisena com leite diluído, suco substituindo o leite. 
Áudio de empresários que falavam 'corta a carne, fornece ovos todos 
s dias para estas crianças", afirmou a delegada.
A Polícia Federal fez nesta quarta-feira (9) uma operação, em parceria 
com a Controladoria-Geral da União (CGU), para desarticular cinco 
grupos criminosos suspeitos de desviar recursos da União em 
relação à merenda escolar e outros itens escolares.
O dinheiro era destinado à merenda em municípios dos estados de
 São Paulo, Paraná, Bahia e Distrito Federal. Há indícios de 
envolvimento de 13 prefeitos e 4 ex-prefeitos na operação nomeada 
como Prato Feito.
As investigações apontam que empresas pioneiras de um esquema 
conhecido como "máfia na merenda", entre os anos de 1999 e 2000,
 estão por trás das fraudes descobertas na operação Prato Feito, 
diz a Polícia Federal.
Prefeito de Embu das Artes é investigado em operação contra desvio de verbas em escolas
Principais pontos da operação
  • 65 contratos suspeitos na área da educação somam R$ 1,6 bilhão
  • 5 núcleos empresariais são investigados
  • Entre os alvos, há empresários ligados a grupo investigado pela "Máfia da Merenda"
  • PF diz que cartel direcionava licitações e superfaturava contratos
  • 154 mandados de busca e apreensão são cumpridos
  • Prefeitos investigados são das seguintes cidades paulistas: Barueri, 
  • Embu das Artes, Mauá, Caconde, Cosmópolis, Holambra, Hortolândia, Laranjal Paulista, Mogi Guaçu, Mongaguá, Paulínia, Pirassununga e 
  • Registro.
  • Ex-prefeitos investigados são de: Águas de Lindoia, Pirassununga, 
  • Mauá e Mairinque.
  • Justiça pediu afastamentos preventivos de agentes públicos
VEJA O QUE DISSE CADA PREFEITURA
A investigação começou após o Tribunal de Contas da União identificar 
desvios em licitações relacionadas à merenda. Diversas empresas que 
já foram investigadas pelo Ministério Público no âmbito da chamada 
"Máfia da Merenda" são citadas na operação desta quarta.
Segundo a PF, os grupos criminosos agiriam contatando prefeituras por 
meio de lobistas, para direcionar licitações que usavam recursos federais. 
Esses contratos eram feitos para fornecer merenda escolar, uniformes,
 material didático e outros serviços a escolas municipais.

Investigação

As investigações tiveram início em 1999 após apresentação de crime em processos licitatórios de fornecimento de merenda escolar em diversos municípios paulistas pelo TCU.
Segundo a Polícia Federal, um grupo de empresas se reuniu e montou um esquema ilegal de divisão de diversos municípios no Estado de São Paulo, 
em que forneceriam insumos ou merendas prontas.
De acordo com as investigações, prefeitos e secretários da Educação eram procurados em épocas de campanhas eleitorais com propostas de 
financiamento em troca da terceirização da merenda escolar. Após a terceirização, as empresas que formaram um cartel estipulavam valores 
dos lances e quem venceria cada licitação.
Para garantir que outras empresas do ramo não vencessem as licitações, por meio de pagamento de propinas, editais eram elaborados com inclusão de cláusulas restritivas que as beneficiavam e direcionavam o certame. Na contratação das empresas também eram formalizados vários aditamentos sem amparo legal, como forma de garantir lucro às contratadas.
Segundo levantamento do TCU, a empresa cujo administradores possuem vínculos com uma das empresas envolvidas na “Máfia das Merenda” 
tem atuado em 14 municípios paulistas, incluindo a cidade de São Paulo.
Foi identificado que em torno de uma das empresas havia um grupo 
de várias empresas, colocadas em nome de terceiros, que atuavam 
no setor público, cuja análise apontou vários indícios de fraudes em procedimentos licitatórios para gerar contratos superfaturados e desviar 
recursos públicos em benefício próprio e de terceiros.

Deputado federal pastor Josué Bengston, envolvido na 'máfia das ambulâncias', é condenado a perda de mandado

O deputado federal e pastor Josué Bengston (PTB) foi condenado pela Justiça Federal à perda do mandato por enriquecimento ilícito em esquema de desvio 
de recursos da saúde no Pará, conhecido como 'máfia das ambulâncias'. Bengston também teve os direitos políticos suspensos por oito anos e deve 
pagar cerca de R$150 mil em multas e devolução de recursos.
Segundo denúncias do Ministério Público Federal (MPF), o pastor 
direcionava verbas a municípios, onde licitações eram fraudadas e o
 dinheiro era depositado na conta dele e da igreja que faz parte, a Igreja do Evangelho Quadrangular.
G1 entrou em contato com o deputado, mas ainda não teve resposta. 
Ainda cabe ao deputado recorrer da decisão e ele deve permanecer no
 cargo até todos os recursos serem julgados. A reportagem também 
entrou em contato via email e telefone com a Igreja referida na reportagem, 
mas ainda não obteve resposta.

MATÉRIA COMPLETA https://g1.globo.com/pa/para/noticia/deputado-federal-pastor-josue-bengston-e-condenado-por-desviar-recursos-da-saude-no-para.ghtml

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...