domingo, 18 de dezembro de 2016

DECADÊNCIA E MORTE DE SALOMÃO

1 REIS 11

A sua idolatria

Salomão se tornou num dos maiores fracassos de toda a história bíblica. A origem do fracasso foi o seu amor por mulheres estrangeiras. Riquíssimo e famoso, não havia falta de reis e príncipes ao seu redor que lhe oferecessem suas filhas, irmãs e parentes em casamento.
A lei não proibia a poligamia entre os judeus, que podia ser até necessária em certas circunstâncias (Deuteronômio 25:5-10) mas Salomão claramente desobedeceu à lei quando, apegado a elas pelo amor:
  • Multiplicou mulheres para si: um milhar delas, entre esposas e concubinas (Deuteronômio 17:17).
  • Muitas das suas mulheres eram das nações com cujas mulheres o SENHOR havia especificamente proibido os judeus de se casarem (Deuteronômio 7:1-4).
As conseqüências desses casamentos, claramente já previstas na lei, inevitavelmente vieram sobre ele: em sua velhice (pouco mais de 50 anos) suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses.
O seu coração já não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como havia sido o de Davi seu pai. Davi também havia sido polígamo, mas se limitou a tomar para si mulheres israelitas, com exceção de Maacá que lhe deu Absalão e nunca faltou em sua fidelidade ao SENHOR com respeito à idolatria.
Talvez nos surpreendamos em como Salomão podia deixar o SENHOR Deus de Israel para seguir e edificar santuários para esses deuses cananeus, depois de ter construído e consagrado um tão suntuoso templo para o verdadeiro Deus:
  1. Astarote, deusa dos sidônios: chamada "rainha dos céus", (Jeremias 44:25), freqüentemente associada ao deus-sol Baal (Senhor). Ela eqüivale à deusa Semiramiz da Babilônia, como Baal ao deus-sol Ninrode. Também era chamada Istar, uma das grandes deusas dos assírios.
  2. Milcom, ou Moloque (rei), abominação dos amonitas: seu deus nacional, a quem se sacrificavam crianças que eram queimadas vivas. Seu símbolo era o fogo, e o peixe, símbolos também de Ninrode dos babilônios. Eqüivale ao Quemos dos moabitas.
A origem desses deuses, como vemos, está na Babilônia, fazendo parte da religião babilônica que é a mãe de todas as religiões pagãs do mundo (não judaico-cristãs). Dela lemos em Apocalipse 17. Os israelitas haviam sido prevenidos contra adorar outros deuses, particularmente Moloque (Êxodo 20:1-6; Levítico 18:21; 20:1-5).
É de se notar que Salomão não se afastou de Deus de repente. Isso se deu aos poucos ao casar-se, primeiro com uma princesa do Egito, depois outras princesas, muitas das quais cananéias. Para agradá-las ele permitiu que continuassem na sua idolatria e eventualmente construiu santuários para que ali oferecessem incenso e fizessem sacrifícios aos seus ídolos. Por fim, ele próprio comparecia com elas para assistir e tomar parte nos rituais. Um "pequeno" pecado só para agradar os outros ou para manter uma amizade pode ser o primeiro passo no caminho que nos afasta de Deus.
Deus conhece a nossa natureza e as nossas fraquezas, e os seus mandamentos são sempre para o nosso bem. Quando alguém não os obedece, as conseqüências inevitavelmente se seguirão. Não é suficiente conhecer a Palavra de Deus, ou mesmo crer nela: é preciso obedecê-la em todas as nossas ações e decisões. Tal qual Salomão, o homem mais sábio que já existiu, nós não somos tão fortes quanto pensamos.

O SENHOR aparece pela última vez a Salomão

O SENHOR se indignou com Salomão por causa da sua infidelidade, e lhe apareceu novamente, pela terceira e última vez, avisando que o reino de Israel seria tirado do seu filho e dado ao seu servo, porque Salomão não havia cumprido com a sua parte da aliança feita após a dedicação do templo. Mas em consideração a Davi e por amor a Jerusalém ele permitiria que a sua descendência ficasse com uma tribo (além da tribo de Judá que era a de Davi).

Aparecem os inimigos

A paz que existia no reinado de Salomão, e que lhe havia permitido dedicar todo o esforço da nação em atividades pacíficas dando-lhe uma invejável prosperidade, começou a ser ameaçada pelos seus inimigos. "Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz" (Isaías 47:21). Três deles são descritos aqui:
  1. Hadade o edomita: da linhagem real de Edom, ele havia fugido ainda muito jovem para o Egito com alguns dos seus homens quando o rei Davi conquistara Edom. Este era um território, atualmente da Jordânia, de importância estratégica pois controlava o caminho para o mar Vermelho. Hadade casou-se com a cunhada do faraó, e voltou para Edom durante o reinado de Salomão, dando início a operações militares contra ele.
  2. Rezom, rei de Damasco: bandoleiro, fugido de Zobá onde Davi havia feito um morticínio, foi coroado rei de Damasco pelos seus homens. Ele agora reinava sobre a Síria e detestava Israel, fazendo-se seu adversário todos os dias de Salomão.
  3. Jeroboão da tribo de Efraim: ainda jovem, tinha sido colocado por Salomão como capataz de uma de suas obras percebendo que era homem valente e capaz, moço laborioso. Um dia o profeta Aías revelou-lhe em segredo que o SENHOR lhe daria dez tribos do reino de Israel por causa da idolatria de Salomão. Explicou ainda que apenas uma tribo (além de Judá) ficaria com o filho de Salomão, assim afligindo a descendência de Davi, mas não para sempre: é uma profecia do reinado do descendente de Davi (Jesus Cristo) e do reinado de Davi no milênio. Jeroboão e a sua descendência ficariam no trono das dez tribos de Israel, depois da morte de Salomão, desde que ele e a sua descendência ouvissem e obedecessem ao SENHOR em tudo, e andassem nos Seus caminhos, e fizessem o que era reto perante Ele, guardando os Seus estatutos e os Seus mandamentos, como fez Davi. Jeroboão, no entanto, talvez por impaciência levantou a mão contra o rei Salomão, e este procurou matá-lo. Mas conseguiu fugir para o Egito onde foi bem acolhido pelo rei Sisaque.

A sua morte

Neste ponto chegamos rapidamente a um ponto final, como se não interessasse mais saber nada sobre o apóstata Salomão. Quase que desprezivelmente, está escrito "Quanto aos mais atos de Salomão, a tudo quanto fez, e à sua sabedoria, porventura, não estão escritos no Livro da História de Salomão?" Este livro não faz parte do cânone bíblico, e é provavelmente uma crônica do seu reino disponível aos escribas que escreveram o livro de 1 Reis, e que não foi conservada.
É um triste fim para quem começou tão bem e gozou das ricas bênçãos de Deus, prosperando materialmente mais do que qualquer outro dos Seus servos aqui na terra. Mas não conseguiu permanecer nos caminhos de Deus e ser fiel até a sua morte.
Seria diferente se tivesse seguido o que ele próprio aconselhou no fim do seu livro de Eclesiastes: "De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más."

CONSTRUÇÃO DO TEMPLO EM JERUSALÉM

1 REIS 4 a 6


firsttemplemodel
Modelo do templo de Salomão
Salomão deu estrutura ao seu reino, dividiu-o em doze províncias e nomeou pessoas para os seguintes cargos:
  1. o sumo sacerdote.
  2. dois secretários de Estado.
  3. um cronista.
  4. o comandante do seu exército.
  5. dois sacerdotes.
  6. um intendente-chefe.
  7. um ministro pessoal.
  8. um mordomo.
  9. um superintendente dos que trabalhavam forçados.
  10. doze intendentes.
Existe a menção de dois genros de Salomão: obviamente eles só poderiam ter casado com filhas de Salomão muito mais tarde durante o seu reino.
Cada intendente tinha autoridade sobre uma província e era responsável pelo fornecimento de mantimento ao rei e à sua casa por um mês do ano.
Salomão dominava sobre todos os reinos desde o Eufrates, até a terra dos filisteus e a fronteira do Egito - territórios que haviam sido conquistados e povos que haviam sido submetidos a Israel pelo rei Davi. Os povos dominados não faziam parte do território de Israel, mas pagavam tributos e serviram a Salomão durante todos os dias da sua vida.
Havia paz, o povo de Israel se multiplicou e enriqueceu. Cada homem de Israel habitava "debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira", ou seja, todos tinham a sua casa e conforto.
Poderíamos chamar Salomão de "príncipe da paz" enquanto Davi era um homem de guerra. Mas a paz que Salomão gozou foi em conseqüência das lutas que Davi teve que enfrentar. Da mesma forma a paz que agora temos com Deus foi conquistada mediante o preço do sangue de Jesus Cristo sobre a cruz do Calvário. Somente mediante o Seu sangue é que podemos gozar dessa paz.
Lemos sobre a quantidade de cavalos que Salomão tinha. Aparentemente houve um erro na antigüidade por parte de um escriba, o número correto sendo quatro mil, confirmado em 2 Crônicas 9:25. O rei havia sido proibido por Deus de multiplicar cavalos para si (Deuteronômio 17:16), portanto eram "importados do Egito e de todas as terras" (2 Crônicas 9:28).
O rei de Tiro, Hirão, era amigo de Davi, e mandou uma embaixada até o novo rei Salomão. Hirão tinha autoridade sobre as florestas de cedro e cipreste do Líbano, e Salomão precisava de madeira para construir o templo que Davi havia planejado. Ele aproveitou a boa vontade de Hirão para contratar com ele o suprimento da madeira de que precisava.
Notemos que Salomão atribuiu ao SENHOR as vitórias do rei Davi e a paz de que agora gozava, e Hirão bendisse ao SENHOR por ter dado a Davi um filho sábio sobre o grande povo de Israel. Devemos sempre dar a Deus a glória pelas bênçãos que dEle recebemos.
Neste comércio vemos a sabedoria de Salomão:
  1. ele forneceu mão de obra do seu próprio povo e contratou sidônios hábeis em cortar madeira para trabalhar com eles.
  2. ele arregimentou três vezes mais homens do que precisava para o projeto do templo, para que pudessem se revezar e não ficar muito tempo longe: um mês no Líbano para dois em casa.
  3. o pagamento pela madeira foi feito em espécie, na forma de provisões de trigo e azeite que eram produzidos em Israel.
  4. os troncos que cortavam eram levados pelos sidônios até o litoral, e conduzidos amarrados em forma de jangadas até um lugar conveniente onde eram desamarrados e entregues aos israelitas.
A obra da construção do templo é considerada tão importante, que o seu início é marcado pela contagem dos anos desde o êxodo do Egito, ou seja, 480 anos. Em nossa cronologia, assume-se que foi em 966 AC, tendo o êxodo ocorrido em 1.466 AC, aproximadamente. Levou 7 anos para ser construído.
No capítulo 6 temos uma descrição detalhada da planta do templo, e não é fácil de acompanhar por causa das medidas e linguagem usadas naquele tempo. Temos a seguir uma descrição resumida e aproximada como segue:
  • Media 30 metros de comprimento, 10 metros de largura e 15 metros de altura.
  • Era dividido em dois compartimentos, como era o tabernáculo.
  • O primeiro compartimento era o "Lugar Santo", que media 20 metros de comprimento, 10 de largura e 15 de altura.
  • Nele havia janelas com fasquias (ripas) superpostas, para iluminação e ventilação, provavelmente no alto.
  • O segundo era o "Santo dos Santos", elevado a 5 metros do chão, precedido por um vestíbulo com degraus. O "Santo dos Santos", era um cubo, com 10 metros de lado.
  • A frente do templo dava para o Oriente, e junto e ao longo dos seus lados e fundo ficavam três andares com câmaras para uso dos sacerdotes, com alturas de 2,5 m, 3 m e 3,5 m a partir do de baixo.
  • Na entrada no templo havia um pórtico medindo dez metros de largura e cinco de profundidade, ladeado por duas colunas.
  • Dentro do "Santo dos Santos", foram colocados dois querubins de madeira de oliveira de cada lado do lugar da arca do concerto, da altura de cinco metros cada um, de asas estendidas, de maneira que a asa de um tocava numa parede, e a asa do outro tocava na outra parede; e as suas asas no meio da casa tocavam uma na outra.
  • As paredes do templo eram de pedra lavrada, revestida por dentro de cedro talhado com querubins, palmeiras e flores abertas, e o teto era de madeira.
  • A porta pentagonal de entrada para o "Santo dos Santos" era composta de duas folhas de madeira de oliveira lavradas com entalhes de querubins, de palmeiras e de flores abertas; estas, bem como as palmeiras e os querubins, eram cobertas de ouro.
  • A porta quadrilateral para entrada do Santo Lugar, era de duas folhas de madeira de cipreste, cada uma feita de duas tábuas dobradiças, lavradas de querubins, palmeiras e flores abertas, todas cobertas de ouro.
  • Tudo dentro do templo era revestido de ouro, o soalho, as paredes, o teto, os querubins, etc., de forma que, de dentro do templo, só se via ouro.
  • O pórtico de entrada, ou átrio interior, era delimitado por um muro baixo que consistia de três camadas de pedra lavrada e uma camada de vigas de cedro.
  • É de se notar que o "Santo dos Santos" no tabernáculo também era um cubo, medindo apenas 5 m de lado. Isso nos lembra que a "Nova Jerusalém" também é um cubo, medindo 2.200 km de lado. Tanto o "Santo dos Santos" como a "Nova Jerusalém" são lugares de habitação de Deus entre os homens.
Salomão deu início à construção do templo no quarto ano do seu reinado e a terminou no undécimo, ou seja, sete anos depois. A construção foi feita com a maior reverência, sendo todas a pedras já preparadas nas pedreiras, de maneira que nem martelo, nem machado, nem instrumento algum de ferro fosse ouvido enquanto edificavam a casa.



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