sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Conheça 9 crimes que resultam em pena de morte no Irã e na Arábia Saudita

Irã e Arábia Saudita romperam relações depois de o país árabe executar o clérigo xiita dissidente Nimr al-Nimr, opositor ao regime monárquico saudita e simpático ao país persa, principal rival xiita do reino saudita. Acusado de terrorismo, Al-Nimr foi decapitado, despertando críticas não só de Teerã, mas de toda a comunidade internacional. No ano passado, segundo dados da ONG de direitos humanos Human Rights Watch, os sauditas executaram 158 pessoas. Mas no monitoramento feito pela ONG, é o Irã --que criticou a execução do religioso-- quem está à frente no número de execuções: foram pelo menos 964 vítimas.
Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 22 países adotaram a pena capital em 2014, cada um de acordo com a sua legislação, entre eles os Estados Unidos --vale lembrar que o país tem leis federais e estaduais que permitem a pena capital, cada um de acordo com suas regras. A China lidera o número de execuções no mundo, mas os números de vítimas são secretos. ONGs estimam que mais de 3.000 pessoas tenham sido executadas em 2014 pelo governo de Pequim. 
Nos casos de Irã e Arábia Saudita, as punições são dadas de acordo com a sharia, lei islâmica que tem como base os ensinamentos do Alcorão, e cada um dos países a interpreta de uma forma diferente --a rivalidade dos países é também religiosa, já que Riad é sunita e Teerã, xiita. Esta espécie de Código Penal Islâmico divide os crimes em três categorias: Hadd (os limites prescritos por Deus), Qisas (retaliação é justa) e Tazir (atos pecaminosos ou destruidores da ordem pública e que não podem ser classificados como Hadd e Qisa).
 
Os métodos de execução também variam de acordo com a Constituição. Nos EUA, usa-se a injeção letal, ainda que alguns Estados ainda liberem a cadeira elétrica como segunda opção se a primeira for impossibilitada. Na Ásia, os meios mais comuns são o enforcamento, a decapitação, o apedrejamento e o fuzilamento. Em alguns casos, é permitido que a vítima esteja sedada e vendada. A guilhotina foi usada pela última vez em 1977 na França --em uma prisão. A última execução pública feita com uma guilhotina na França foi realizada em 1939.
Conheça alguns crimes (ou ações consideradas crimes) no Irã e na Arábia Saudita que preveem a pena de morte. Veja ainda quais são as punições previstas no Brasil, país que veta a punição capital em seu código penal civil:

Thierry Roge/Reuters
Thierry Roge/Reuters

Homicídio

Arábia Saudita: Inclui a maior parte dos casos em que a vítima morre, sem especificar se é um homicídio doloso (com intenção de matar) ou um latrocínio (roubo seguido de morte)."Estas são figuras jurídicas do sistema romano-germânico (o nosso) ou anglo-saxão (EUA e Inglaterra)", explica o professor da Universidade Mackenzie, Flávio Bastos. "A sharia não identifica figuras penais", completa o especialista.

Irã: A pena capital é prevista para qualquer assassinato premeditado, exceto nos casos em que a vítima é um estuprador, uma mulher adúltera ou se o autor do crime é o pai da vítima.

Brasil: Para o homicídio simples, a pena é de 6 a 20 anos de prisão. No qualificado, a punição pode ser de 12 a 30 anos de prisão. No culposo, pena de 1 a 3 anos de prisão.
Divulgação
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Sexo entre homossexuais

Arábia Saudita: De acordo com as circunstâncias, relações sexuais entre homossexuais podem ser punidas com chibatadas ou com a morte. No caso de lesbianismo, é classificado como uma ofensa pecaminosa; a prática entre homens é vista como uma relação sexual ilícita.

Irã: O sexo entre homens é punido com a morte se um dos envolvidos for casado ou tiver forçado o ato. Entre mulheres, a pena de morte só é aplicada se a acusada for condenada e receber chibatadas em três ocasiões pelo mesmo crime.

Brasil: Não é crime. Aliás, o casamento homossexual é liberado.
BEHROUZ MEHRI/AFP
BEHROUZ MEHRI/AFP

Terrorismo

Arábia Saudita: Considerado crime passível de punição com a morte com justificativa no trecho do Alcorão que cita a "corrupção na Terra", ainda que a expressão não fique clara e dependa da interpretação. O professor Flávio Bastos lembra que o país adota a versão mais rígida da sharia, a da escola Hanbali. Foi com base nesta interpretação que o clérigo foi executado.

Irã: Qualquer pessoa que comete um crime contra a segurança interna ou externa pratica "corrupção na Terra" e pode ser condenada à morte.

Brasil: O professor Flávio Bastos explica que o projeto de lei antiterrorismo foi aprovado no ano passado na Câmara dos Deputados, e ainda passará pelo Senado. A proposta é que seja classificado como crime hediondo, cuja pena pode chegar a 30 anos de prisão, em casos com vítimas, cumprida totalmente em regime fechado.
Reprodução/Anistia Internacional
Reprodução/Anistia Internacional

Estupro

Arábia Saudita: Pode ser punido com a morte, mas depende da avaliação do juiz. Na maior parte das vezes, a punição é um número específico de chibatadas (inclusive para a vítima). Dentre os casos em que a pena de morte foi definida, estão os que contêm agravantes, como o de um estuprador em série ou que tenha roubado ou raptado suas vítimas.

Irã: Considera crime capital a prática sexual com o uso da força ou contra a vontade da vítima.

Brasil: Prisão de 6 a 10 anos; se a vítima morrer, a pena prevista é de 12 a 30 anos de cadeia.
Divulgação
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Adultério

Arábia Saudita: Demanda apresentação de provas e testemunhas, mas pessoas casadas podem receber a pena de morte, já que seria uma relação sexual ilícita.

Irã: Traição de pessoas casadas é punida com a morte; relações sexuais de pessoas solteiras também recebem a pena de morte em casos de reincidência.

Brasil: deixou de ser considerado crime em 2005, quando o artigo 240 da Constituição foi revogado.
Anistia Internacional/Reprodução
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Roubo

Arábia Saudita: É punido com a morte se for avaliado como uma ação que supera "os limites prescritos por Deus". Para algumas escolas da sharia, o crime só resulta em pena capital quando o roubo envolve morte.

Irã: Roubo com arma, de acordo com os atenuantes, pode ser um crime punido com a morte se gera uma atmosfera de insegurança pública.

Brasil: Prisão de 4 a 10 anos e multa (se envolve arma de fogo, por exemplo, pena pode ser aumentada). Se resulta em morte (caso do latrocínio), a pena de reclusão passa a ser de 20 a 30 anos.
Reprodução/Anistia Internacional
Reprodução/Anistia Internacional

Tráfico de drogas

Arábia Saudita: A morte é aplicável para o primeiro delito de tráfico de droga, seja por receber drogas de um traficante, importar, exportar, produzir, ou para o reincidente que for pego vendendo, dando, distribuindo ou transportando substâncias.

Irã: Contrabando ou tráfico de mais de 5 quilos de drogas recebe pena de morte, e o armazenamento de drogas é tratado como tráfico. O tráfico de heroína, morfina, cocaína ou derivados é julgado de forma ainda mais grave em comparação a outras substâncias.

Brasil: Segundo o professor Flávio Bastos, o crime é punido em várias condutas por lei específica. "São várias as penalidades, podendo chegar a até 20 anos de reclusão, sem contar as causas de aumento de penas, como transnacionalidade do tráfico e valer-se da função pública para prática o crime", explica. A lei do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas define medidas para prevenção do uso e a reinserção social de usuários e dependentes.
BEHROUZ MEHRI/AFP
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Espionagem

Arábia Saudita: A pena de morte é considerada se o caso for considerado uma ameaça à ordem pública.

Irã: Civis podem ser executados seguindo um ato sobre ações contra as Forças Armadas do país.

Brasil: Pena de morte é prevista apenas pelo Código Penal Militar (artigo 366, conexo com os artigos 144, parágrafos 1. e 2., mais o artigo 146) no grau máximo; no grau mínimo, a pena é de 20 anos de reclusão.
McCann Erickson/Anistia Internacional/Reprodução
McCann Erickson/Anistia Internacional/Reprodução

Apostasia

Arábia Saudita: Renegar a religião (neste caso o Islã) é passível de pena de morte. A tradição define que é dado um período para o apóstata retomar o islamismo. Se a pessoa persiste em sua opinão, será executada.

Irã: Apostasia, bruxaria e heresia não são mencionados explicitamente no código penal iraniano, mas são previstos pela sharia, adotada por tribunais regionais.

Brasil: Não é crime.
fonte   .   UOL NOTÍCIAS

Juiz defende direito a aborto em casos de microcefalia com risco de morte


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As consequências da epidemia de microcefalia, que atinge pelo menos 20 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, vão além do cotidiano de mães, hospitais e clínicas de saúde de família, e chegam também aos tribunais.

À BBC Brasil, o juiz goiano Jesseir Coelho de Alcântara (foto abaixo), que autorizou uma série de abortos legais em casos de anencefalia –mal que impede o desenvolvimento cerebral do feto– e outras doenças raras, disse que a interrupção da gravidez em casos de microcefalia com previsão médica de morte do bebê é "válida" e precisa ser avaliada "caso a caso".
Imagem redimensionada"Se houver pedido por alguma gestante nesse caso de gravidez com microcefalia e zika, com comprovação médica de que esse bebê não vai nascer com vida, aí sim a gente autoriza o aborto", afirma o titular da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida de Goiânia, que já permitiu interrupção de gestações em casos de síndromes de Edwards e de Body-Stalk, anomalias que inviabilizariam a sobrevida do bebê fora do útero.

A afirmação foi feita no momento em que Pernambuco, principal epicentro da doença no Brasil, registra aumento nas mortes de bebês com microcefalia associada ao vírus zika. Mesmo em casos comprovados de morte do bebê, a interrupção da gravidez está longe de ser unanimidade no país e gera intenso debate entre juristas, ativistas e sociedade civil.

Formado por membros da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), da FEB (Federação Espírita Brasileira), do FENASP (Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política), entre outros, o Movimento Brasil Sem Aborto afirma que interrupções em gestações de fetos com microcefalia ou outras má-formações são "inaceitáveis" sob qualquer aspecto.

Na opinião do juiz, entretanto, se o aborto é permitido por lei em casos de fetos anencefálicos, "cuja vida após o nascimento é inviável", também se justifica em "gestações em que o feto comprovadamente nascerá sem vida", devido à microcefalia.

"A anencefalia e a microcefalia severa, com morte no nascimento, são casos similares", argumenta o juiz Alcântara, por telefone. Ele afirma que, para que tomar a decisão, são necessários três laudos médicos, mais parecer favorável do Ministério Público.

Procurado, o Conselho Federal de Medicina disse discordar dessa visão. Em nota, a entidade afirma que "no caso de fetos com diagnóstico de microcefalia, em princípio, não há incompatibilidade com a vida."

POUCA INFORMAÇÃO
Há poucos dados oficiais sobre mortes de fetos e recém-nascidos microcefálicos no Brasil –e os que existem estão desatualizados. Questionado sobre o tema, o Ministério da Saúde diz que só tem informações consolidadas sobre mortes de recém-nascidos com a doença em território nacional até 2014, período anterior à epidemia. A pasta diz que depende de informações enviadas pelos Estados para obter números mais atuais.

À BBC Brasil, o Conselho Federal de Medicina afirmou que "a interrupção antecipada da gestação deve ser definida à luz do que determinam o Código Penal do Brasil e o STF (Supremo Tribunal Federal). A incompatibilidade com a vida foi a essência para a fundamentação do STF, quando se manifestou favoravelmente pelo aborto de fetos anencéfalos."

No Código Penal, são previstas duas formas legais de aborto: em casos de risco de vida para a mãe ou em gestações resultantes de estupro. Em 2012, o STF admitiu uma terceira hipótese e a interrupção de gestações de fetos anencéfalos deixou de ser considerada crime.

EUGENIA?
Nas redes sociais, em blogs e páginas religiosas, críticos do aborto afirmam que a interrupção de gestações por conta da microcefalia seria uma forma de "eugenia". O termo se refere a técnicas que visam "melhorar qualidades físicas e morais de gerações futuras", segundo o dicionário Michaelis, e frequentemente é associado a políticas de controle social adotadas por Adolf Hitler durante o regime nazista alemão.

A professora de direito da Universidade de Brasília e especialista em bioética, a antropóloga Debora Diniz, vê "eugenia" nas políticas públicas que envolvem o controle de nascimentos: "Eugenia é quando o Estado pede que mulheres não engravidem, como foi feito", disse ela à BBC Brasil.

Em localidades como Colômbia, El Salvador, Equador e Jamaica, as autoridades pediram que mulheres não engravidassem, por medo da microcefalia ligada ao zika. No Brasil, em novembro, o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde chegou a recomendar que as mulheres adiassem seus planos de gravidez. Dias depois, voltou atrás.

"Quando o país pede que suas mulheres não engravidem, quando isso portanto é uma política pública, o estrago é muito maior que o resultado das escolhas individuais das mulheres", afirma Diniz. "Controlar liberdades da população é o pior caminho que o Estado pode seguir. A solução do problema não pode vir pelo controle dos úteros."

Forte crítica às políticas do Ministério da Saúde para erradicação da doença, a antropóloga, que tem passagens como professora visitante nas universidades de Leeds (Reino Unido), Michigan (Estados Unidos), Cermes (França), entre outras, diz que as mulheres não podem ser punidas pelo "ato de negligência do país em não ter controlado o mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika.

"Ou o Estado oferece as melhores condições e cuidado permanente aos recém-nascidos com microcefalia, ou permite que as mulheres possam fazer a escolha individual de interromper suas gestações", diz. "O aborto não é uma solução para esta tragédia, mas seria uma forma de proteger as mulheres vítimas da falta de políticas efetivas para erradicação da doença."


Fonte: BBC Brasil

Com campanha da Igreja Universal, 'Os Dez Mandamentos' bate recordes no Brasil


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A pré-venda de ingressos para "Os Dez Mandamentos", a versão de duas horas para o cinema dos 176 capítulos da novela que a Record exibiu até novembro, começou no dia 1º de janeiro.

Até quinta (21), já eram 2,4 milhões de tíquetes comprados para o filme, que entra em cartaz nesta quinta (28), em mais de mil salas do Brasil (uma em cada três, já que existem 3.001 no circuito). Antes mesmo de estrear, a primeira grande produção evangélica nacional vendeu em média 114 mil entradas por dia –quase o dobro de público que "Chatô" fez em 2015 inteiro.

Outra amostra de que a força está com a saga bíblica: a uma semana do lançamento, a pré-venda de "Star Wars - O Despertar da Força" amealhou 600 mil entradas no Brasil, quatro vezes menos.

Segundo Jorge Assumpção, diretor de programação e vendas da distribuidora Paris Filmes, esta é a maior ocupação nos cinemas de um filme nacional. "Havíamos acabado de bater o recorde nacional de um filme brasileiro em quantidade de salas, com 'Até que a Sorte nos Separe 3' [812 salas]. Foi uma grata surpresa, já que a imensa procura gerou essa expectativa de mais de mil salas."

Como explicar esse desempenho superlativo? "É Deus!!!", escreveu uma espectadora no Facebook. A parte Dele na formação desse blockbuster nacional está aberta a discussões teológicas.

Mas, por trás do milagre da multiplicação de bilheteria, uma coisa é certa: há uma extensa campanha de marketing, dobradinha da Rede Record com a Igreja Universal do Reino de Deus.

A Universal é liderada pelo bispo Edir Macedo, que é também dono da Record (e deve ganhar cinebiografia na esteira de "Os Dez Mandamentos", segundo Douglas Tavolaro, produtor-executivo da obra).

Fazer do lançamento um divisor de águas parece questão de honra da igreja, que menciona diariamente a obra em cultos, conforme a reportagem presenciou.

Na internet também: "O mar vai se abrir nos cinemas!", escreveu o perfil da Universal no Facebook, pontuando a frase com o emoticon de uma onda.

E ainda na TV. O "Domingo Espetacular", dominical da Record, exibiu matéria de quase dez minutos no domingo (24) mostrando longas filas para comprar ingresso adiantado e até um artista plástico que fez bonecos de porcelana em tamanho real dos personagens Moisés, Ramsés e Yunet (lembram aquelas estátuas dos museus de cera).

Já a página do filme no Facebook vem publicando vídeos com artistas tecendo loas à produção, do cirurgião plástico Dr. Rey à funkeira Anitta.

A chef Palmirinha chama "amiguinhos e amiguinhas" para o cinema. Beto Jamaica e Compadre Washington (É o Tchan) propagandeiam esta mistura do Brasil da Record com o Egito da Bíblia citando um de seus bordões: "Se você não garantiu o seu [ingresso], sabe de nada, inocente!".

INCENTIVOS

A Folha esteve em três cultos da congregação na semana passada. Todos mencionaram "Os Dez Mandamentos".

Na Universal da rua da Consolação (região central de SP), ingressos para o filme eram anunciados a preços abaixo do mercado: R$ 14 ante R$ 26 em algumas salas.

Os obreiros (auxiliares na igreja) também distribuíam papéis com os horários das sessões do filme no Shopping Cidade de São Paulo, ali próximo, na avenida Paulista.

Uma fiel (que não quis dizer seu nome) contou que ganhou seu ingresso na compra de um vale-feijoada servida naquela igreja.

O pastor Santos, titular no templo, negou que fosse possível comprar entradas lá. "Estamos só incentivando as pessoas a irem aos cinemas."

Segundo ele, empresários que optaram por comprar múltiplos ingressos para doações ou interessados em fechar sessões de cinema são orientados a procurar uma das unidades da igreja no Brás.

A Folha foi lá. No estacionamento do Templo de Salomão, réplica erguida no bairro a imagem e semelhança da construção bíblica, um membro da ala jovem da Universal tentou vender um CD com "mensagens motivacionais". A verba subsidiaria entradas "para quem não pode pagar".

No Facebook da igreja, fiéis questionam: "Se é para evangelizar, coloque o filme passando nos templos ou na Record!!!", escreveu um deles.

A reportagem apurou que pastores da Universal estiveram em ao menos duas outras igrejas evangélicas para anunciar o filme e incentivam compras maciças de tíquetes. Um comprador que disse ser "ligado à Universal" adquiriu 22 mil de uma só vez no Recife, segundo reportagem do UOL, empresa do Grupo Folha.

NOSSO SUCESSO
O departamento de comunicação da Universal nega a compra direta de tíquetes e diz que a igreja apoia a atuação de "grupos voluntários e de projetos beneficentes" para que "o público em geral tenha a oportunidade de ver o filme".

E diz se "espantar" com "o teor" das cinco perguntas feitas pela Folha, "carregadas de preconceito" contra a Universal. Elas questionavam se a instituição participa da divulgação do filme e aplica recursos na aquisição de ingressos.

"Será que houve tal interesse da imprensa em questionar por que tantos espíritas foram assistir ao filme sobre a vida de Chico Xavier? Ou por que católicos se interessaram no filme sobre Nossa Senhora?"

"Por que se preocupam com nosso sucesso?", indagou o bispo Clodomir Santos em culto do Templo de Salomão, após citar a repercussão da pré-venda na mídia.

No Facebook da Universal, montagem com um personagem da produção é direta: "Não tem praga que me impeça de ir à estreia de 'Os Dez Mandamentos', entendeu?".

Leia abaixo as perguntas enviadas à Folha para a Universal –e as respostas concedidas pelo UNIcom (Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal)
Pastores da igreja estão pedindo colaborações financeiras –durante os cultos– para financiar ingressos para fiéis?A Igreja Universal do Reino de Deus apoia, juntamente com nossos grupos voluntários e de projetos beneficentes em todo Brasil, que o público em geral tenha a oportunidade de assistir ao filme. Trata-se apenas uma mobilização em prol de uma obra cinematográfica que, como afirmamos em nossa nota à Imprensa, promove a evangelização ao tratar os valores bíblicos com respeito.

Quantos ingressos a igreja calcula ter adquirido para distribuir para fiéis?A Universal não adquiriu nenhum ingresso.

Na Igreja Universal da Consolação, o pastor anunciou que era possível comprar o ingresso por R$ 14, preço bem abaixo do mercado. A igreja está usando recursos próprios para financiar ingressos para seus fiéis?As questões sobre os preços de ingressos devem ser dirigidas às empresas que os vendem.

Um cinema no Recife, segundo notícia do UOL, teria vendido 22 mil ingressos para um único comprador, que seria ligado à igreja. A Universal está a par disso?Podemos apenas afirmar que tais ingressos não foram adquiridos pela Universal.

Vários artistas se engajaram na divulgação do filme. Há vídeos desde Nicole Bahls até Palmirinha. Como essas participações são negociadas?Esta pregunta deve ser dirigida à Record Filmes, responsável pela produção e divulgação do filme.

Por fim, registramos nosso espanto com o teor de perguntas como estas, carregadas de preconceito contra os membros da Universal e a própria instituição.

Será que houve tal interesse da imprensa em questionar por que tantos espíritas foram assistir ao filme sobre a vida de Chico Xavier? Ou por que católicos se interessaram em assistir o filme sobre Nossa Senhora de Aparecida?

Questionar o apoio e o empenho da Universal para que seus membros assistam a uma obra de tamanha qualidade, tão alinhada com a fé bíblica é um tremendo contrassenso.

Segundo dados oficiais de audiência, a novela "Os Dez Mandamentos" alcançou 144 milhões de pessoas no Brasil, de todas as religiões e credos. Os valores familiares e morais promovidos na novela tocaram profundamente em muitas dessas pessoas. Portanto, é natural que o filme atraia milhões para os cinemas –e não um fato anormal, como alguns veículos da imprensa tentam insinuar.

NÚMEROS SALOMÔNICOS
4 x menos foi o que 'Star Wars - O Despertar da Força' conseguiu na pré-venda de ingressos (600 mil) a uma semana da estreia, comparado com os 2,4 milhões de 'Os Dez Mandamentos'

Mais de 1.000 salas exibirão a estreia, o que equivale a um terço dos cinemas do Brasil. 'Star Wars' abriu em 1.320

2,5 milhões de ingressos vendidos teve o quarto filme nacional mais visto de 2015, "Carrossel", quase o mesmo que a produção bíblica só na pré-venda. O nacional mais visto foi "Loucas para Casar", com 3,7 milhões de ingressos

OS DEZ MANDAMENTOS... DO MARKETING
Táticas usadas na divulgação do filme

1) Divulgar a obra cinematográfica nas igrejas (não só as Universais)

2) Produzir reportagem de dez minutos no 'Domingo Espetacular' (Record) sobre as filas para comprar ingresso adiantado

3) Distribuir ingressos a preços abaixo do mercado para fiéis (numa Universal no centro de São Paulo, R$ 14 ante R$ 26 cobrados em média no cinema)

4) Vender CDs com mensagens evangelizadoras e, com essa verba, subsidiar ingressos para fiéis que não podem pagar o cinema

5) Exibir, no blog do bispo Edir Macedo, três postagens seguidas elogiando a produção

6) Convocar famosos como É o Tchan, Palmirinha e Nicole Bahls para apoiar seu filme na internet

7) Promover nas redes sociais o avatar #EuVou, inserido na foto de perfil dos fiéis

8) Apresentar um musical de "Os Dez Mandamentos" para divulgar o filme, como fizeram membros da Força Jovem Universal em Minas Gerais

9) Não oferecer sessões para críticos de cinema antes da estreia, como é de praxe no meio

10) Encomendar bonecos de porcelana em tamanho real de personagens da produção

Elenco e famosos vão em peso à pré-estreia 

O elenco de "Os Dez Mandamentos" foi em peso ao cinema na noite de terça-feira (26), em São Paulo, para ver em primeira mão como ficou "Os Dez Mandamentos - o Filme", versão para as telonas da novela que estourou em audiência no ano passado e que já vendeu mais de 2,4 milhões de ingressos antes da estreia, marcada para sexta-feira (28).

Além de Guilherme Winter, Gisele Itié, Camila Rodrigues, Sérgio Marone, Juliana Didone, Denise Del Vecchio e outros nomes que fizeram a trama bíblica, outros famosos foram prestigiar: caso de Karina Bacchi, Geraldo Luís, Sônia Abrão, Andressa Urach, Chris Flores, Ticiane Pinheiro e Roberto Justus, por exemplo.


Fonte: Folha de São Paulo e iG

Líderes evangélicos reagem à fala de Lula sobre honestidade



As declarações do ex-presidente Lula (PT) de que, no Brasil, “não existe ninguém mais honesto” que ele, “nem na igreja evangélica”, repercutiu negativamente entre lideranças de denominações pentecostais.
Imagem redimensionadaNas redes sociais, pastores como Marco Feliciano (PSC-SP), Silas Malafaia e Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) reagiram à fala do ex-presidente.

“Uma afronta a todos nós!”, resumiu Feliciano, pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento e deputado federal, em uma publicação no Twitter.

O pastor Silas Malafaia também usou as redes sociais para comentar a fala de Lula: “Piada! Lula roubou o discurso de [Paulo] Maluf. ‘Não existe gente mais honesta que eu’. Vai ser cínico lá no raio que o parta, um palhaço mentiroso”, esbravejou.

O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) voltou ao tema um dia depois, ainda indignado: “Lula diz que não tem ninguém mais honesto que ele, até o diabo ficou revoltado com ele kkkkkkkk muito kkkk otário falastrão cínico kkkkk”, escreveu.

Sóstenes Cavalcante, que exerce mandato de deputado federal, também reagiu à fala do ex-presidente: “Os tempos mudaram. As pessoas não são mais desinformadas. Sabem que essa é uma estratégia sua para se descolar do PT, que é um partido de ladrões. Ladrões condenados pelo STF”, afirmou, em uma publicação nas redes sociais.

Cassio Conserino, promotor de Justiça de São Paulo, acredita que as investigações contra o ex-presidente Lula no caso de um apartamento tríplex que a construtora OAS reservou para ele já possuem indícios suficientes para denunciá-lo por lavagem de dinheiro.


Roberto Torrecilhas do Ministério Apostólico Geração Graça e Paz afirmou que é uma afronta vem uma pessoa tão suja de lama falar dessa forma , se colocando acima de tudo , falando  que as investigações e  os frutos de seu governo sujo , podre e corrupto mostra a  total inversão de sua fala .

De acordo com informações da revista Veja, o promotor avalia que as apurações do caso já conquistaram embasamento legal para o início de um processo contra Lula, pois as provas de que a construtora procurou favorecer o ex-presidente são fortes.

No entanto, o líder petista ainda terá oportunidade de se defender na continuidade das apurações para tentar evitar a abertura de um processo.


 Gospel Mais / Gritos de Alerta

Pastor morre durante tentativa de assalto em São Paulo


Pastor morre durante tentativa de assalto em São Paulo
Na noite do último domingo (24), um pastor de 41 anos foi morto durante uma tentativa de assalto no distrito de Barão Geraldo, em Campinas (SP).
Segundo informações da Polícia Civil, Ricardo Daniel Lopes estava acompanhado de sua esposa e dois filhos, dentro do carro, quando foi abordado por dois suspeitos. O caso ainda será investigado pelo 10º distrito policial do município.
O pastor foi baleado ao tentar fugir dos assaltantes, mas a esposa e os filhos não se feriram. O crime aconteceu por volta das 18h45, na Rua Angelo Vicentin.
Apesar de ter sido baleado durante a tentativa de assalto, o pastor ainda conseguiu dirigir até uma igreja, onde encontrou um amigo, que tentou levá-lo ao hospital.
Apesar da tentativa do amigo, o pastor não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo no caminho para o hospital.
O carro de Ricardo Daniel foi apreendido para perícia e o corpo passou por exames no Instituto Médico Legal (IML). O pastor deve ser enterrado nesta terça-feira (26), em Goiânia.
Nas redes sociais, membros da igreja lamentaram a morte do pastor como "perda irreparável" e "lamentável".
Já outro disse "Triste. Hoje a violência leva um grande amigo e que Deus conforte sua família"

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...