terça-feira, 27 de setembro de 2016

Acusado de `blasfêmia contra Maomé´, escritor cristão é assassinado na Jordânia

Acusado de `blasfêmia contra Maomé´, escritor cristão é assassinado na Jordânia
Um escritor cristão jordaniano foi morto a tiros em frente ao tribunal onde seria julgado por compartilhar um desenho considerado ofensivo para o islamismo. As informações são da agência estatal jordaniana de notícias, Petra.
Nahed Hattar, um escritor cristão que apoiava o presidente sírio, Bashar al-Assad, foi preso no dia 13 de agosto sob a acusação de desprezo da religião e incitar a luta sectária, depois de ter compartilhado uma caricatura que mostrava um homem barbudo no céu, fumando, deitado na cama com mulheres, pedindo a Deus para trazê-lo vinho e castanhas de caju.
As autoridades disseram que ele violou a lei ao compartilhar a caricatura.
A ilustração foi intitulado "O Deus de Daesh", usando a sigla árabe para o grupo terrorista Estado Islâmico.
O escritor cristão de 56 anos removeu o post do desenho de sua página no Facebook e pediu desculpas por tê-la postado depois que a publicação desencadeou indignação nas redes sociais, com muitos jordanianos conservadores muçulmanos considerando que aquilo foi ofensivo e contra o islamismo.
Ele disse que tinha compartilhado a caricatura para fazer uma sátira aos "terroristas sobre como eles imaginam Deus e o céu, mas não quis insultar o islamismo de forma alguma" e acusou seus opositores islâmicos de usarem o desenho para um acerto de contas com ele.
O procurador-geral da Jordânia tinha imposto um blecaute na cobertura da mídia sobre o caso.
O atirador disparou três tiros contra Hattar, antes de ser preso na cena do crime, segundo relatos da agência Petra.
Uma fonte de segurança disse que o autor dos disparos era um pregador muçulmano de 39 anos de idade, que atuava em uma mesquita na capital.
"O agressor foi preso e as investigações estão em curso", informou a fonte à agência de notícias.
Duas testemunhas disseram que o atirador estava usando uma vestimenta árabe tradicional, comum entre os muçulmanos sunitas ultra-conservadores que aderem a uma versão puritana do islamismo.
O Governo jordaniano condenou o ataque.
O grupo islâmico 'Irmandade Muçulmana Moderada' também se posicionou contra a guerra gerada pelas tensões religiosas e sectárias em um país no qual jordanianos cristãos são uma minoria, mas exercem influência política e econômica.
Alguns defensores seculares e liberais de Hattar disseram que sua prisão no mês passado foi uma violação da liberdade de expressão, mas outros jordanianos apontaram a publicação da caricatura como algo que cruzou uma linha vermelha em um país muçulmano, onde é um tabu para atacar Alá ou Maomé.
A mais alta autoridade religiosa oficial do país (fatwa) criticou Hattar pelo o que ela chamou de "insulto à entidade divina, ao islamismo e a símbolos religiosos".

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