quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cristão libertado pelo Estado Islâmico relata torturas sofridas

Cristão libertado pelo Estado Islâmico relata torturas sofridasUm cristão que foi escravo do Estado Islâmico na Síria deu seu depoimento para a revista New York relatando como foi tratado pelos terroristas.
Foi o nome do homem que fez com que os soldados do EI descobrissem que ele era cristão, motivo suficiente para torná-lo refém. “Seu nome é muito estranho”, disseram os soldados do Conselho Mujahideen Shura que fazia revistas em postos de controle do exército sírio.
O cristão saiu do Líbano para visitar familiares na Síria passando por quinze postos de controle até ser parado pelo grupo que mais tarde se juntou ao EI.
Vendado, o cristão e outros viajantes foram levados para outro local, ali eles foram acorrentados, torturados e submetidos a choques elétricos.
No depoimento dado à jornalista Sulome Anderson, filha de Terry Anderson – jornalista mantido refém no Líbano por sete anos – o homem relata que muitos dos reféns foram fuzilados e outros foram usados para atrair dinheiro para os terroristas que pediram resgate para as famílias.
Sua família precisou juntar 80.000 dólares para que ele saísse com vida, naquele dia ele e outros reféns foram jogados nas ruas de Aleppo. “Ah, meu Deus, foi a sensação mais maravilhosa que eu já tive”, lembra.
Quando foram libertados eles encontraram soldados sírios e pediram ajuda. “Havia soldados do Exército Livre da Síria. Corremos até eles e eles nos levaram para uma igreja. Eu vi a cruz e eu pensei: ‘estou vivo!’”.
Terroristas passam por lavagem cerebral
O refém libertado pelo EI relata que Abu Bakr al-Baghdadi não é o único líder do grupo terrorista. “Eles sofreram uma lavagem cerebral. A única coisa que eles sabem é que existe um homem que se proclama emir, um homem que está acima deles. Não é Baghdadi [o líder máximo do Estado Islâmico]. Há muitos níveis de emires.”
O que esses emires afirmam se torna lei entre os soldados. “Qualquer coisa que esses emires disserem, os militantes fanáticos vão acreditar que é verdade. E os emires dizem: ‘Deus manda você ir e matar’. Como eu sou cristão, eles me diziam: ‘Você matou muçulmanos nas cruzadas’. Outro me disse que eu era do exército do papa e que eu tinha matado muçulmanos na Espanha. Nós tentávamos dizer que isso não é verdade, que nós não somos isso”.
O cristão relatou que no Líbano e também na Síria os cristãos e muçulmanos viviam em harmonia. “Nós sempre vivemos ao lado de muçulmanos em paz. Trabalhamos juntos, gostamos uns dos outros. Mas essas pessoas querem que o mundo seja como eles e matam qualquer um que não é”.


CPAD

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