quarta-feira, 11 de março de 2015

Conselho Islâmico da Malásia perde ação sobre CDs de cristã


Conselho Islâmico da Malásia perde ação sobre CDs de cristã
O Tribunal de Recurso da Malásia rejeitou um pedido do Conselho Islâmico Federal para intervir em um caso de uma cristã em seu direito fundamental a usar a palavra "Alá". Jill Ireland, de 33 anos, balconista em Sarawak, teve oito CDs de músicas cristãs apreendidos em um aeroporto em 2008, quando ela tentou transportá-los da Indonésia para a Malásia. O motivo da apreensão é que eles tinham a palavra “Alá” nos títulos.
Seu caso foi parar nos tribunais ao mesmo tempo em que o jornal semanal Herald, também cristão, pleiteava o direito de usar a palavra “Alá” quando quisesse se referir a Deus. Essa batalha na justiça foi perdida, quando o Tribunal Federal determinou que o jornal não mais poderia chamar Deus de “Alá” em suas publicações. A decisão foi tomada em janeiro deste ano, após sete anos de julgamento. 
Nessa decisão, o Tribunal Federal concordou com o governo que o uso de "Alá" no Herald iria confundir muçulmanos malaios e, portanto, promover negativamente a fé cristã entre eles. No entanto, mesmo com a derrota diante dos tribunais, o editor do semanário, Lawrence Andrew recusou-se a acatar as tentativas por parte de grupos religiosos islâmicos que procuram estender a decisão contra ele para cobrir todos os aspectos do culto cristão em língua malaia. Ele entrou com recurso no Supremo, alegando que a palavra ‘Alá’ para se designar a Deus, existe muito antes do Islã e foi utilizado por cristãos europeus centenas de anos antes do islamismo entrar na Malásia (que só é reconhecida como país há 58 anos). “Estou esperançoso de que o direito constitucional de liberdade religiosa na Malásia seja mantido”, relata.

No entanto, no caso de Jill Ireland, em julho de 2014, o Supremo Tribunal de Kuala Lumpur ordenou so Ministério dos Assuntos Internos a devolução dos CDs. Mas o Tribunal de Justiça recusou-se, em seguida, e entrou com apelo, se referindo ao direito constitucional de usar a palavra.
A Federeção Nacional Cristão Evangélica da Malásia vê o caso de Jill Ireland como mais uma tentativa de minar a liberdade religiosa dos não-muçulmanos: "Esta é outra tentativa séria de se despir, restringir, e alterar o direito de professar e praticar a sua fé em Jesus”, afirma a entidade.
 
 
CPAD

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