terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Um morto e três feridos em ataque a café de Copenhagem onde decorria conferência sobre islamismo

Um morto e três feridos em ataque a café de Copenhaga onde decorria conferência sobre islamismo
Martin Sylvest, Reuters

Dezenas de tiros foram disparados contra um edifício de Copenhagem onde decorria um debate sobre o islamismo e a liberdade de expressão. A polícia acaba de confirmar que uma pessoa morreu e três agentes ficaram feridos. De acordo com a televisão TV2, os buracos de bala eram visíveis nas paredes e várias pessoas foram depois retiradas de maca. Sabe-se agora que eram os agentes da polícia.

Lars Vilks, o controverso caricaturista sueco, e o embaixador francês François Zimeray encontravam-se entre o painel de participantes. Este último informou através do Twitter que estava a salvo.


A polícia confirmava pouco depois a existência de um morto, acrecentando que há três feridos entre os agentes que protegiam o local.

O café Café Krudttoenden, na parte norte da capital, é conhecido pelos seus concertos de jazz. Hoje recebia a conferência "Arte, Blasfémia e Liberdade de Expressão".De acordo com testemunhos no local, os autores dos disparos contra o Café Krudttoenden serão dois indivíduos que se encontram agora a monte.

No entanto, ao início da noite, a polícia dinamarquesa retificou as informaºções iniciais para explicar que o ataque foi obra de apenas um homem - do qual já fizeram publicar imagens.

O carro usado pelo suspeito em fuga foi encontrado abandonado e vazio nas imediações do local do atentado. De acordo com a agência France Presse, trata-se de um Volkswagen Polo.
Alvo seria cartonista sueco
Lars Vilks, um dos participantes neste debate sobre liberdade de expressão, ficou conhecido em todo o mundo em 2007, aquando da publicação das suas caricaturas de Maomé.Em 2007, o caricaturista sueco Lars Vilks retratou o profeta Maomé como um cão, o que lhe mereceu ameaças de morte por parte dos radicais islâmicos. As 12 caricaturas, denominadas `As faces de Maomé`, foram publicadas no diário dinamarquês Jyllands-Posten.

Alvo de ameaças de morte, este caso haveria de espoletar um debate mundial sobre o Islão e a liberdade de expressão oito anos antes da tragédia na redacção do semanário francês Charlie Hebdo.

Um dos organizadores do evento explicou à Associated Press que Vilks se encontra a salvo. O caricaturista, que consta das listas de alvos da al Qaeda, tem reservada proteção policial sempre que se desloca à Dinamarca.
França envia mensagens de pesar e solidariedade
Entretanto, começam a chegar à Dinamarca manifestações de pesar e solidariedade. Num comunicado do Eliseu, o Presidente francês François Hollande expressou à primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt "toda a solidariedade da França", anunciando que o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, irá deslocar-se ao país "o mais brevemente possível" para recolher informação sobre o ataque.

O primeiro-ministro Manuel Valls reagiu ao atentado através da sua conta no Twitter.


Também o ministro francês dos Negócios Estrangeiros se apressou já a condenar "com a maior firmeza o ataque terrorista que visou a reunião (...) em que participava o embaixador da França na Dinamarca".

"Um ataque terrorista visou uma reunião pública em Copenhaga, em que participava o embaixador de França na Dinamarca. Condeno com a maior firmeza este atentado. A França está do lado das autoridades e do povo dinamarquês na luta contra o terrorismo", afirmou Laurent Fabius, em comunicado.

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