quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Simon Lundgren - trabalho e simplicidade até o fim da vida

Celebrados pela historiografia oficial, os míticos missionários suecos são constantemente citados como os grandes heróis das Assembleias de Deus no Brasil. Mas conhecer seus últimos anos de vida ainda serve como lições para as atuais tendências da maioria dos líderes das ADs no Brasil.

Nesse blog já tratamos do caso de Daniel Berg, o qual no fim do seu ministério ficou praticamente abandonado e, segundo consta, passando privações materiais. Outro exemplo de esquecimento foi do missionário Charles Leonard Simon Lundgren. Sua biografia, seus feitos e pioneirismo são facilmente encontrados nos livros históricos da CPAD.

Lundgren chegou ao Brasil no ano de 1924 para atuar ao lado de Otto Nelson na cidade de Maceió (AL). Em 1925 foi auxiliar Joel Carlson em Pernambuco, e no ano seguinte, juntamente com um grupo de 12 membros organizou a AD em Santos (SP). A folha se serviços prestados pela família Ludgren é extensa, e incluí uma importante passagem pela a AD em São Cristóvão (RJ), onde substituía Samuel Nyströn em suas constantes viagens pelo país.
Casal Lundgren: trabalho e simplicidade até o fim da vida
Da cidade do Rio de Janeiro, Lundgren retorna para o Estado de São Paulo, mas desta vez para a capital. Da pauliceia segue para o interior a abre trabalhos em Jundaí, Campinas, Nova Odessa, Rio Claro, São Carlos, Marília e Varpa. Em 1942 assume a AD em Curitiba e ali prossegue o trabalho de evangelização do interior paranaense. Ainda na igreja curitibana, o missionário organizou uma banda de música maior, desenvolveu corais de adultos e jovens, e devido ao crescimento da igreja, um novo templo foi inaugurado em sua gestão no dia 28 de maio de 1948.

Em 1955, o veterano missionário passa a liderança da igreja curitibana para o pastor Bruno Skolimowski. Jubilado em 1963, Simon Lundgren dedica-se ao ministério de ensino da Palavra por todo o Brasil. É interessante observar que, na época da sua aposentadoria, muitas igrejas por onde ele passou já eram prósperas, mas foi somente em 1977 que a AD em Curitiba ofereceu ao casal sueco um apartamento para viver o resto dos seus dias.

Com a construção do novo templo sede da AD na capital paranaense, foi lhe cedido um dos apartamentos da igreja para moradia. Essa informação é importante, para se perceber como era o padrão de vida de um dos um dos últimos missionários suecos no Brasil. Nada de grandes fortunas, benesses ou status. Como bem observou o sociólogo Paul Freston os escandinavos eram modestos em suas aspirações sociais. E assim Lundgren permaneceu até o fim da vida.

Alguns irmãos, ainda lembram-se de Lundgren já alquebrado pela idade avançada, e das raras oportunidades que ele recebia na sede da AD em Curitiba para ministrar. Faleceu aos 91 anos de idade, quando num domingo, após o almoço, ele sentou-se numa poltrona para descansar e dali seu espírito partiu para a eternidade. Segundo o jornal O Assembleiano o dia da sua morte, parece que foi "escolhida a propósito para um grande missionário - Era o dia 12 de agosto de 1990 - Dia Nacional de Missões".

Fontes:

ARAUJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...