domingo, 24 de agosto de 2014

JOVEM DA SARA NOSSA TERRA É MORTO POR BANDIDOS NO RIO DE JANEIRO

João Pedro de Oliveira Ribeiro Junior, de 19 anosJovem morre após se


 envolver em um 


acidente de trânsito


 com homens


 armados, na Zona


 Norte do Rio

João Pedro de Oliveira Ribeiro Junior, de 19 anos Foto: Reprodução / Facebook

A Divisão de Homicídios (DH) da Capital procura testemunhas e câmeras de segurança que possam ajudar na identificação dos responsáveis pela morte de João Pedro de Oliveira Ribeiro Junior, de 19 anos, na noite desta sexta-feira. O jovem foi assassinado em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, após se envolver em um acidente de trânsito com homens armados da região. João seguia com o amigo Diego Santana, de 26 anos, para um culto na Igreja Sara Nossa Terra, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os dois resolveram cortar caminho por Costa Barros.
— Estávamos fazendo um trabalho na Escola Municipal Senador João Lyra Tavares. Terminamos pelas 17h30, e eu falei para irmos por dentro, porque a Linha Vermelha e a Dutra iam estar paradas já que era sexta-feira. Falei para irmos por Costa Barros, Costa Filho, Pavuna, que chegaríamos na hora do Ensaio do Louvor, que estava marcado para as 20h — relembra Diego.
Carro foi alvejado após acidente de carro envolvendo criminosos
Carro foi alvejado após acidente de carro envolvendo criminosos Foto: Guilherme Leporace / Agência O Globo
No caminho, os dois pararam num posto de gasolina em Madureira para abastecer o carro com gás e comer um xis-tudo.
— Ficamos um tempinho ali e seguimos. Chegamos em Costa Barros, na Estrada de Botafogo, acho, e estávamos rápido, a uns 80km/h, porque sabemos que ali é meio perigoso. Só que saiu um motoqueiro com um carona de uma das ruas da comunidade. Entraram com a moto na nossa frente, e o jovem que estava atrás apontou a arma e fez com a mão para que a gente parasse. O Junior viu e falou ‘para, para, para!’. Fomos diminuindo e indo atrás dele, devagar — conta Diego.
Nesse momento, o motoqueiro jogou a moto para a direita, próximo à roda do carona:
— Ele tentou fazer um movimento circular em volta do carro, só que calculou mal e bateu na lateral do meu carro. A gente estava muito devagar, mas a moto era grande e foi caindo. Os dois eram magros, jovens. Acho que não agüentaram o peso da moto.
Segundo Diego, neste momento, o carona disparou para dentro do carro.
— Eu não vi nada, só escutei o barulhão. Fiquei um pouco surdo, acelerei e fui embora. O carro começou a picotar, achei que tinha furado o motor, nem tinha visto o Juninho.
João Ribeiro de Oliveira Ribeiro, pai da vitima João Ribeiro de Oliveira Ribeiro Junior
João Ribeiro de Oliveira Ribeiro, pai da vitima João Ribeiro de Oliveira Ribeiro Junior Foto: Paulo Mumia
Foi somente quando fez uma curva e o corpo do amigo caiu sobre ele que Diego percebeu que o amigo estava ferido. Ele foi buscar socorro na Clínica da Família, na Pavuna, mas não conseguiram atendimento:
— A recepcionista disse que ali não tinha emergência, e eu falei que ele estava morrendo. Ela falou para eu ir para a UPA, que era perto. Mas era em Ricardo de Albuquerque. Saí para ir para a UPA, e mais a frente encontrei um policial, falei que tinham atirado na gente e ele só falou ‘ih, deu m...! Leva para o hospital’. Queria que o policial fosse comigo para me ajudar. Nunca tinha passado por aqui, então fui procurar uma autoridade.
O trajeto durou 40 minutos porque pegaram um engarrafamento e o carro apagou. João chegou morto na unidade. Diego acredita que o amigo morreu no momento dos tiros, já que foi alvejado em partes vitais, como peito e cabeça.
— O Diego ainda pediu ajuda de um carro da PM, mas negaram socorro. Sei que isso não traria meu filho de volta, mas é muito triste uma situação dessas — afirmou João Pedro de Oliveira Ribeiro, de 48 anos.
Parentes do jovem estiveram neste sábado no Instituto Médico Legal (IML) aguardando a liberação do corpo. Bastante emocionado, o pai de João lembrou que o filho frequentava a igreja desde que nasceu junto com a mãe e o irmão mais velho. Juninho, como também era chamado, trabalha em uma empresa de andaimes no Centro do Rio. A família morava em Deodoro, na Zona Oeste. O enterro está previsto para às 11h deste domingo, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque.


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