Tenho questionado tudo o que diz respeito à igreja nesses últimos dias, estou num processo de reavaliação de praticamente todos os conceitos e doutrinas que de alguma forma tive por certos durante muitos anos da minha vida.
Embora para muitos líderes isso pareça um sinal de dúvida ou até mesmo fraqueza, entendo como algo extremamente saudável, primeiro porque sei que Deus não se assusta com minhas perguntas e dúvidas, depois porque sei que é uma grande oportunidade de aprofundar cada vez mais meus conceitos doutrinários na palavra.
Uma das características mais fortes dos dias que antecederiam a volta do nosso Senhor Jesus seria o engano.
Algo tão sério que a palavra diz que se possível enganaria até os escolhidos. Preste atenção nesses versículos:
“E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos.” (Mt 24:4-5)
“levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.” (Mt 24:11)
“porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.” (Mt 24:24)
Jesus começa dizendo “vede que ninguém vos engane”, todos esses textos são de Mateus 24 e fazem parte da resposta do Senhor para o questionamento de seus discípulos sobre a sua segunda vinda e a consumação dos séculos.
Podemos perceber claramente a preocupação de Jesus no que diz respeito ao engano dos últimos dias.
Esses textos nos mostram que esse engano virá de forma sutil e será através de pessoas familiarizadas com a fé cristã.
Jesus nos fala de profetas, de falsos cristos, de sinais, de prodígios, ou seja, de obras, de resultados.
Precisamos reavaliar em primeiro lugar nossos critérios, para dizer se uma pessoa ou uma obra procede ou não da parte de Deus.
Vivemos em uma sociedade que mede o sucesso baseado nos resultados, se produz bons resultados então cremos que é uma boa obra.
Infelizmente esse conceito também está impregnado nas pessoas dentro da igreja, estamos baseando nossos critérios para dizer se uma pessoa ou obra é ou não de Deus, simplesmente pelo resultado que produz.
Esse é um engano sutil e extremamente perigoso. Quando se trata de Reino de Deus os resultados não são os únicos critérios, precisamos ver nesses resultados transformação real de vidas através de um encontro genuíno com o Senhor Jesus.
Se não for assim poderíamos dizer que qualquer instituição que faça alguma obra social procede de Deus, por que de alguma forma os resultados são bons.
Por causa dessa mentalidade muitos líderes que não tem nada da parte de Deus estão enganando a muitos, esses homens que usam títulos de pastores, bispos, apóstolos mas, não tem compromisso nenhum com o Senhor, são tolerados e seguidos por uma grande massa, simplesmente porque vêem resultados.
As pessoas pensam: se não fosse de Deus a igreja não estaria crescendo, ou ele não teria programa na televisão, ou não haveria curas, ou as pessoas não estariam prosperando. Nada disso é evidência concreta de que a obra procede de Deus. Todas essas coisas podem ser alcançadas sem a presença de Deus, a história está repleta de exemplos desse engano.
A bíblia diz que o próprio satanás se apresenta como anjo de luz.
“E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.”
Quero usar como exemplo o aparecimento de Adolf Hitler, ele surgiu para o povo alemão como um “anjo de luz”, fez promessas de coisas boas e cumpriu todas elas.
Veja algumas frases ditas por líderes cristãos da Alemanha a respeito de Hitler (retiradas do livro: Havia duas arvores no jardim, Rick Joyner, pág. 23):
“Qualquer que insultar esse nosso símbolo está insultando nossa Alemanha. As bandeiras suásticas (do nazismo) ao redor do altar irradiam esperança, de que o dia está pelo menos prestes a amanhecer.” (Bispo da Magdeburg Cathedral)
“Na mais escura noite da história da igreja, Hitler se tornou como era, a maravilhosa transparência de nosso tempo, a janela de nossa era através do qual a luz desceu em nosso cristianismo.” (Pastor Siegfried Leffler)
Cristo veio a nós através de Adolf Hitler.” (Ensinava o pastor Julius Leutheuser.)
Os níveis de engano podem ser tão elevados nos dias que vivemos, que um homem como Adolf Hitler pode ser visto como uma resposta de Deus para corações aflitos.
Claro que esse nível de engano não foi verdade para toda a igreja alemã, mas, foi para maioria.
Acredito que fatos históricos falam mais do que muitas palavras, e que temos muito que aprender com esses fatos.
Ninguém pode contestar que Hitler num primeiro momento trouxe bons resultados para o povo alemão.
Por isso estou nesse processo de questionar tudo o que se apresenta como homem e obra de Deus, inclusive a mim mesmo, não quero ser enganado por mim mesmo, por minhas motivações e vontades, quero sim ser conduzido única e exclusivamente pelo Espírito Santo de Deus.
Não quero cometer o mesmo erro desses líderes alemães, caindo no engano do resultado. Hoje sei que como diz o ditado “nem tudo que reluz é ouro.” Ou melhor, como diz a palavra:
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7:21)
Que o Senhor através de seu Espírito Santo nos dê discernimento nesses dias tão difíceis que vivemos, para não sermos enganados pelo inimigo da nossa alma.
Que Deus nos abençoe e tenha misericórdia de nós.
VIA GRITOS DE ALERTA
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