terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Não me alinho a bancadas evangélicas, diz deputado pastor

Mesmo sendo pastor, Carlos Alberto Bezerra Jr. não usa a fé como palanque e critica aqueles que fazem da luta pela defesa da família uma bandeira. “Isso, para mim, é oportunismo eleitoreiro”.
“Rejeito o modelo de representação evangélica na política que se limita às questões de usos e costumes. O moralismo populista, na maioria das vezes, funciona como cortina de fumaça para esconder mandatos irrelevantes”, disse.
O deputado do PSDB acredita que o cristão na política deva expressar sua fé através de uma postura ética, defendendo os mais pobres por meio de projetos que combatam a injustiça social e a maldade.
Ele vê com pesar os escândalos protagonizados por políticos evangélicos que transformam Deus em cabo eleitoral. “Tudo isso faz com que a opinião pública se torne cada vez mais refratária à figura do evangélico na política, e contribui para reforçar uma visão caricata e estereotipada desse tipo de parlamentar – que, cá entre nós, não é exatamente injusta, a julgar pelo tanto de absurdos cometidos em nome de Deus em Casas legislativas de todo o país”.

A Igreja não precisa de defensores

O discurso de muitos desses políticos é afirmar que agem em defesa da Igreja, mas para Carlos Alberto Bezerra Jr. esse discurso não é legítimo.
“A Igreja já tem em Jesus seu único e suficiente defensor. Esse modelo que leva às cadeiras dos Legislativos de todo o país gente que não tem outro interesse que não o de proteger ou conceder privilégios à denominação que representa é uma clara privatização religiosa do espaço público”, afirmou.
O deputado só vai acreditar na bancada evangélica quando esses parlamentares se unirem por uma causa maior: o Reino de Deus. “Sou seguidor de Jesus e busco reafirmar minha fé em tudo o quanto faço no Parlamento paulista; porém, jamais me afirmarei representante desse ou daquele grupo.”

Nenhum comentário:

O BODE E O JEGUE E A POMBA .

É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...