quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Manual tentará reduzir alto índice de suicídios no Rio Grande do Sul

Rio Grande do Sul: O estado suicida
A cada dia, três pessoas se matam no estado gaúcho. É o estado brasileiro com maior percentual de suicídios. Tão ou mais grave que isso é saber que, para cada morte ocorrida, outras 30 tentativas acontecem.
Entre os fatores de risco estão a depressão, abuso de álcool, doenças mentais, fatores culturais, clima e uso intensivo de agrotóxicos.
Nos meses de dezembro e janeiro, o número entre os gaúchos supera o de homicídios. São meses de festas familiares, cobranças emocionais, balanço de erros e acertos.
O suicídio é um problema mais gaúcho do que brasileiro. A taxa no estado é de 11,3 mortes desse tipo para cada 100 mil habitantes ao ano.


Estado com o segundo maior índice de suicídios do Brasil, atrás apenas de Roraima, oRio Grande do Sul acaba de ganhar uma importante ferramenta de prevenção. Foi lançado nesta terça-feira (22), em Porto Alegre, um manual que promete servir de referência tanto aos profissionais de saúde que atuam no combate ao problema quanto aos pacientes.
Os dados do Ministério da Saúde assustam: das 20 cidades com maior número de suicídios no país, 10 estão no Rio Grande do Sul. Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, encabeça a lista. São 26 casos para cada 100 mil habitantes. Estatística que é bem superior à média nacional, que é de quatro casos para 100 mil habitantes.
O problema levou o Centro Estadual de Vigilância em Saúde e o Hospital Mãe de Deus a criarem o Manual de Prevenção ao Suicídio. O livro, baseado em pesquisa realizada nas cidades de Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Candelária e São Lourenço do Sul, será distribuído aos municípios pela Secretaria Estadual da Saúde.
O manual ensina a identificar o risco de suicídio e a encaminhar essas pessoas para tratamento adequado em hospitais ou Centros de Atenção Psicossocial (CAPs). “Há sinais de alerta, como aquele paciente que vai muito ao posto de saúde, que apresenta depressão”, explica a Coordenadora da Secretaria Estadual da Saúde, Tânia Santos. “O método para reconhecer isso é simples e está ao alcance de quem dá o primeiro atendimento, na unidade básica de saúde”, acrescenta ela.
Para um dos coordenadores do trabalho, o médico psiquiatra Ricardo de Campos Nogueira, o alto índice de tentativas de suicídio no estado é um problema de saúde pública. “Atinge cerca de 25 mil pessoas por ano, e mais de mil chegam ao óbito”, alerta. Em Porto Alegre, o maior número de casos está entre adolescentes dos 15 aos 19 anos. “Nosso adolescente está vulnerável, deprimido, fazendo uso de álcool e outras drogas. Ele precisa de mais proteção”, avalia.
Já no interior, principalmente em municípios produtores de fumo, o risco é maior para adultos e idosos. Uma das hipóteses, ainda não confirmada, é de que agrotóxicos usados na lavoura possam provocar depressão. “O alto número de suicídios ocorre também em outras regiões onde há produção de fumo, como no interior do Espírito Santo, na Bahia e em Alagoas. Não há uma comprovação científica disso, mas os secantes usados nas plantações são compostos por organofosforados, substâncias depressoras do sistema nervoso”, diz o psiquiatra.
Além dos agentes de saúde, a ideia é que policiais, bombeiros, e até técnicos da Emater recebam o manual. Em Candelária, na região central do estado, esses profissionais estão ajudando a reduzir o número de tentativas de suicídio. Eles avisam os serviços de saúde sobre casos ocorridos na área rural, que muitas vezes ficavam sem acompanhamento psicológico.
Para cada paciente, o Centro de Atenção Psicossocial elabora um plano individual de terapia. “O paciente que tenta o suicídio tem o primeiro atendimento de emergência e é liberado. O que a gente fez foi oferecer a essas pessoas um tratamento continuado depois”, explica a Secretária de Saúde de Candelária, Aline Trindade.
O programa de prevenção ao suicídio de Candelária foi feito com recursos do município. Em dois anos, já atendeu mais de 150 pessoas. O número de mortes caiu 60%, passando de oito para duas por ano. “E não é um programa que custa caro”, diz Aline. “Bastou organizar o pessoal que já tínhamos. Isso mostra que, se tu tiveres uma rede de apoio e tratamento adequado, o trabalho dá resultado”, conclui a secretária.

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