quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ao tirar de pauta PLC 122 para não perder voto evangélico PT mostra desrespeito e intolerância

Ao tirar de pauta PLC 122 para não perder voto evangélico PT mostra desrespeito e intolerânciaAo tirar de pauta PLC 122 para não perder voto evangélico PT mostra desrespeito e intolerância
    O PT viu que não será possível ter sua própria igreja até as eleições de 2014. Só até lá, pois assim que passar as eleições pretendem trazer a pauta e aprovar o projeto de lei 122/2006. Como não conseguiu acordo com a bancada religiosa no Senado, o partido decidiu suspender a votação do texto polêmico para não criar inimizade com as igrejas às prévias das eleições.
    Em janeiro de 2012 durante o Fórum Social de Porto Alegre, o ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, considerado o homem mais importante no PT depois de Lula e seu provável futuro presidente, disse que o partido deveria se preparar para fazer “uma disputa ideológica com as lideranças evangélicas para conquistas a classe C”.
    Pois bem! O PT passou a confrontar os evangélicos. O governo permitiu a imposição do casamento gay. Sim, chamo de imposição, pois legalizado não foi. Para ser legalizado é preciso que haja legislação e não cabe ao Supremo legislar. Lembro que Dilma havia prometido em 2010, quando corria risco de não se eleger, que não tomaria iniciativa de enviar ao Congresso projetos de lei que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Leia um trecho:
    “Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País”.
    “Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre assunto”, continua Dilma, defensora, no passado, da descriminalização da prática e a discussão do tema como questão de saúde pública.
    Dilma também prometeu que, se aprovado pelo Senado o projeto que torna crime a homofobia no País, sancionará apenas “os artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil”.
    Ora, caros leitores, mesmo que não tenha agido pessoalmente em favor dos temas polêmicos, Dilma Rousseff seguiu a agenda do partido. E que tenha a agenda que quiser, mas não tente fazer dos evangélicos massa de manobra. Afinal, mesmo que não tenha se manifestado favorável às matérias, também não se manifestou contra.
    Afinal, caros leitores, a decisão do ministro Joaquim Barbosa, através do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento, poderia ter sido contestada pela presidente. Mas nem ela, nem o partido se manifestaram contra o que impôs o ministro.
    Ocorre que o partido passou a atacar lideranças evangélicas. Criticou Silas Malafaia em São Paulo por ser contra a candidatura do ex-ministro da educação Fernando Haddad, que havia pautado sua estada no ministério promovendo ações para doutrinar as crianças das escolas a praticarem a homossexualidade. Em seguida miraram seus holofotes para o pastor Marco Feliciano, que em 2010 havia apoiado a candidatura de Dilma, enquanto tentavam livrar os mensaleiros de serem punidos.
    Mas como se nota, o PT parece ter se dado por conta que igreja não é partido político. Por isso, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ligou para senadores da base do governo pedindo que o texto só volte a ser debatido depois das eleições. Não porque o partido decidiu ser conservador, continua progressista, mas porque os evangélicos podem influenciar muito nas eleições de 2014. Arriscar pra que?

    FONTE.

    Nenhum comentário:

    O BODE E O JEGUE E A POMBA .

    É engraçado quando em meio as ministrações usamos figuras de aminais para ilustrações . Nos deparamos com as vidas sentadas na cade...