terça-feira, 15 de outubro de 2013

África: albinos são mutilados para rituais de magia negra

  • 13.out.2013 - Albinos são vítimas de assassinatos para realização de rituais na África
13.out.2013 - Albinos são vítimas de assassinatos para realização de rituais na África Nos últimos seis anos, cerca de 72 albinos foram mortos na Tanzânia. A razão que motiva os assassinatos é o fato dos habitantes locais acreditarem que albinos possuem poderes mágicos. Para eles, rituais de bruxaria que usam partes do corpo de pessoas com albinismo trazem sorte ou riqueza.
Vale lembrar que o albinismo é um distúrbio genético que causa a falta de pigmentação da pele e cabelos e não é contagioso.
Segundo Patrícia Campos Mello, correspondente da Folha de S. Paulo na Tanzânia, há também a crença de que os rituais são mais eficientes se a vítima grita durante a amputação. Por isso, braços, olhos e até genitais costumam ser extraídos de pessoas vivas. Além disso, os tanzanianos acreditam que albinos não morrem, apenas desaparecem.
Até mesmo crianças não escapam do estigma imposto pela sociedade e sofrem com a discriminação desde a escola, como se pudessem "contaminar" os outros. Homens com HIV raptam meninas albinas com a ideia de que ao estuprá-las ficarão curados da Aids.
De acordo com relatório divulgado há três semanas pela ONU, "um cadáver de albino completo, incluindo braços, pernas, genitais, orelhas, língua e nariz, custa US$ 75 mil [R$ 163 mil]" na Tanzânia.
Os compradores são variados, desde pescadores que usam pedaços do corpo para garantir uma boa pescaria, até mineradores que moem os ossos de albinos para achar riquezas e políticos que querem garantir um amuleto para ganhar eleições.
Ainda segundo a ONU, a Tanzânia, que tem cerca de 200 mil albinos (0,4% da população), é o país africano com mais ataques. Em seguida estão Burundi, Quênia, República Democrática do Congo, Suazilândia, África do Sul e Moçambique.
A impunidade também marca os crimes cometidos contra os albinos. Apenas cinco pessoas foram condenadas pelos 72 assassinatos na Tanzânia nos últimos seis anos. De acordo com Alshaymaa Kwegyir, primeira deputada albina da Tanzânia, nomeada pela Presidência do país africano, a falta de condenações acontece porque os rituais são secretos e, portanto, é difícil encontrar provas contra os criminosos.
Diante da impunidade, as pessoas com albinismo na Tanzânia vivem com medo. O medo, aliás, é a razão que a ONU associa ao fato de a maioria dos ataques não ser registrada pelos familiares das vítimas.
Logo depois do pico de homicídios, em 2009, o governo cassou a licença de todos os feiticeiros do país, que precisam dessa autorização para atuar. Mas apenas um ano depois, pouco antes das eleições, o governo revogou a medida, que era muito impopular, uma vez que cerca de 60% dos tanzanianos acreditam em magia negra.
Com a intenção de tentar ajudar os albinos, o governo criou nove abrigos para protegê-los. Crianças com albinismo ficam internadas nesses abrigos e muitas vezes nem voltam mais para casa. Especialistas afirmam que os abrigos não são positivos, pois separam os albinos da sociedade em vez de diminuir o preconceito.
 



Síndrome de Chediak-Higashi - Distúrbio genético que atinge o sistema imunológico enfraquecendo as defesas do corpo contra vírus e bactérias. A doença causa graves infecções e provoca a morte do paciente ainda na primeira década de vida. Geralmente, os infectados são albinos, que sofrem com hemorragia. Ainda não se sabe quais são as causas da doença, mas acredita-se que a enfermidade é causada por uma mutação do gene regulador de transporte lisossomal - proteínas responsáveis por destruir substâncias tóxicas presentes nas células. Estima-se que menos de 200 pessoas no mundo sofram com esta doença Reprodução/Superinteressante
(Com informações de Patrícia Campos Mello, correspondente da Folha de S. Paulo)

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