quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Pesquisa mostra que comportamento de risco difere entre espiritualizados e religiosos


Comportamentos de risco tais como usar drogas e consumir álcool podem estar associados com crenças religiosas. Um estudo inglês avalia se isso difere segundo o tipo de crença.

Aceita-se, com tranquilidade e convicção, que pessoas religiosas, crentes e praticantes, tem melhor saúde, física e mental. Mesmo levando-se em conta outras variáveis tais como idade, gênero e condição socioeconômica.

No entanto, muitos estudos têm dificuldades em medir religiosidade. E alguns, literalmente, pecam em incluir nesta avaliação o bem estar como componente da religiosidade.

Um estudo inglês procurou contornar este problema ao realizar inquérito nacional, com visitas domiciliares, para avaliar morbidade psiquiátrica, entre os anos de 2006 e 2007.

Os pesquisadores analisaram dados de mais de 7400 entrevistas, nas quais foram investigadas aspectos relacionados à espiritualidade, religiosidade, problemas físicos e mentais.

Religiosidade foi definida como praticar atos relacionados à fé, tal como frequentar igreja, mesquita ou sinagoga. Espiritualidade foi definida como ter crenças sem atuações práticas cotidianas.

Quanto aos resultados, 35% dos participantes tinham compreensão religiosa da existência humana, sendo que 19% foram classificados como espiritualizados, mas não religiosos e 46% não eram nem uma coisa nem outra.

Pessoas religiosas eram muito semelhantes aos que não eram nem religiosos nem espiritualizados, em relação aos transtornos mentais.

No entanto, os religiosos tinham 27% menos chance de terem usado drogas e 20% menos chance de consumir álcool de maneira perigosa. Já aqueles classificados como espiritualizados, a história é bem diferente.

Na comparação com as pessoas não religiosas, não espiritualizadas, eles tinham mais chance de apresentarem comportamentos de risco, tais como ter usado droga, álcool e apresentarem transtornos mentais, tais como ansiedade, fobia e neurose. Eles também consumiam mais medicamentos psicotrópicos.

Para os autores, as pessoas que tem entendimento espiritual da vida, mas que não tem arcabouço religioso, formam grupo mais vulnerável à doença mental. Uma das hipóteses para tal resultado é de que crenças, no caso, as espirituais, estão na verdade associadas com características negativas da personalidade. Mas os próprios autores admitem a dificuldade de explicar estes resultados.

Fonte: Blog do Dr. Alexandre Faisal - UOL

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