segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tensão entre judeus ultraortodoxos e mulheres no Muro das Lamentações

Open in new windowUm grupo de cerca de 200 mulheres judias se reuniu no Muro das Lamentações, em Jerusalém, na manhã desta sexta-feira, para realizar suas orações após a sentença favorável da justiça que permite que mulheres e homens orem juntos.

Antes da decisão, as mulheres só podiam rezar em silêncio e longe dos homens no Muro, o local mais sagrado do judaísmo.

Grupos de judeus ultraortodoxos reagiram com violência diante da presença do grupo de mulheres conhecido como “as mulheres do Muro”, que oravam sob proteção da polícia. Cerca de mil homens tentaram passar pela barreira policial, informou o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
Ao serem impedidos, chegaram a insultar os policiais de nazistas, gritaram que as mulheres estariam “profanando” o lugar sagrado e lançaram garrafas de plástico, cadeiras, ovos e sacos de lixo contra as mulheres. Rosenfeld informou que cinco ultraortodoxos foram detidos por “desordem pública”.

Após finalizarem suas orações, as mulheres foram escoltadas até o ônibus que as levou para fora da cidade, que também foi depredado, de acordo com o porta-voz.

O incidente não causou ferimentos em ninguém, porém, o chefe da polícia de Jerusalém, Yossi Pariente, afirmou que “é doloroso ver o Muro das Lamentações se transformar em um campo de batalha em vez de um lugar sagrado para a oração”. “Espero que haja um acordo entre as partes no início do próximo mês”, afirmou Pariente.

Anat Hoffman, líder do grupo de mulheres, reiterou o que foi declarado pelo chefe de polícia. Segundo ela, o gesto foi histórico, “mas uma pena que alguns mostraram sua intolerância”.

"Pudemos realizar uma oração histórica, embora tenha sido difícil", afirmou a porta-voz do Mulheres do Muro, Shria Pruce. "Estamos muito orgulhosas e muito felizes por termos podido rezar livremente e em paz", continuou.

As mulheres compareceram ao muro em razão do início do mês judeu Sivan. Por mais de vinte anos as ativistas pedem às autoridades que tenham autorização para rezar no Muro das Lamentações usando objetos tradicionalmente masculinos, como o manto religioso (talit), quipás e tefilins (duas caixinhas que contém tiras de couro com textos da Torá que são enrolados no braço esquerdo e na cabeça).

Fonte: The Christian Post

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