quarta-feira, 8 de maio de 2013

Subprocurador sobre leite adulterado: "é mais grave que tráfico de drogas"

 

Realmente Revoltante!
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/ministerio-publico-faz-operacao-contra-adulteracao-de-leite-no-rs.htmlA adulteração de leite por cinco empresas do Rio Grande do Sul responsáveis por transportar o produto, revelada pela Operação Leite Compensado, é mais grave do que o tráfico de drogas. A comparação foi feita nesta quarta-feira pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público Estadual (MPE), Ivory Coelho Neto, durante entrevista coletiva na Promotoria de Justiça de Tapera (RS). "No tráfico, a venda é feita para quem sabe que está comprando drogas. Na adulteração de leite, com ureia e formol, a venda é feita sem que a pessoa queira ou saiba que está contaminado", explicou.
 
Pelo menos oito pessoas foram presas na ação do MPE com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Receita Estadual e da Brigada Militar. Segundo o subprocurador, as empresas de transporte de leite adulteraram o produto cru entregue para a indústria. Eles adicionavam uma substância semelhante à ureia e que possui formol em sua composição, na proporção de um quilo deste produto para 90 litros de água e mil litros de leite

As investigações foram iniciadas em abril de 2012, depois que o Mapa identificou a presença de formol em um laudo de análise de leite. "Naquela ocasião se acendeu a luz vermelha. Passaram a monitorar de forma mais abrangente e o segundo laudo, de agosto, confirmou que alguém estava adulterando o leite. O Ministério Público foi então procurado e pedido prioridade para a apuração"", informou Coelho Neto.

Todos os passos, envolvidos e locais utilizados para adulteração e encontros foram descobertas pelo uso de intercepção telefônica. De acordo com as investigações, o leite era recolhido por empresas, os chamados leiteiros, em caminhões-tanque. Em seguida, a carga ia para os postos de resfriamento e só depois para a indústria. Segundo o subprocurador, o caminhão já saía "batizado" para recolher o leite. "Atrasamos a conclusão da operação para comprovar onde era feita a adulteração e era nos caminhões. A mistura era colocada antes de ir para o recolhimento do leite junto aos produtores", ressaltou.

A simples adição de água, com o objetivo de aumentar o volume, acarreta perda nutricional, que é compensada pela adição da ureia – produto que contém formol em sua composição – e é considerada cancerígeno pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Ministério Público também suspeita que a água de poço artesiano era imprópria para o consumo. Por isso, uma amostra foi coletada para análise.

Com o aumento do volume do leite transportado, os "leiteiros" lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro. A prática deu nome à operação. Coelho Neto ressaltou que as indústrias não tinham envolvimento com a adulteração, mas apresentou uma deficiência no controle de qualidade. "É uma fraude em desuso há muito tempo, que há 30 anos não se via. Então, a indústria relaxou no controle de qualidade e não estava mais fazendo teste para essa substância", disse. A expectativa é que seja assinado um termo de ajustamento de conduta com as empresas a respeito.

Confira as marcas que apresentaram adulteração por formol conforme laudos de laboratórios credenciados pelo Mapa:

MARCALOTE
Italac IntegralL05KM3, L13KM3, L18KM3, L22KM4 e L23KM1

Italac Semidesnatado
L12KM1
Bom Gosto/Líder UHT IntegralTAP1MB
Mumu UHT Integral3ARC
Latvida UHT Desnatadocom fabricação em 16 de fevereiro de 2013 e validade até 16 de junho de 2013


Terra

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