sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Israel diz que mudança de status palestina na ONU é "teatro político"

O porta-voz do governo de Israel, Mark Regev, disse nesta sexta-feira que a mudança de status da Palestina para Estado observador da ONU (Organização das Nações Unidas) é um "teatro político negativo" que dificultará as negociações de paz.
O reconhecimento dos territórios palestinos foi aprovado na quinta (29) na Assembleia Geral da organização, com 138 votos a favor, nove contrários e 41 abstenções.
Regev considera que a resolução aprovada tirou palestinos e israelenses do processo de negociação e acusou o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmnoud Abbas, de fazer "um rosário de acusações caluniosas".
"Esse é um teatro político negativo que nos tira do processo de negociações. Isso vai ferir a paz", disse, em entrevista à rede britânica BBC.
Mais cedo, o vice-premiê israelense, Sylvan Shalom, ameaçou adotar sanções por considerar que Abbas violou o acordo de Oslo, que proibia as iniciativas unilaterais para tentar resolver a questão palestina.
"Mesmo que ele seja considerado moderado, não é fiel aos compromissos de seu predecessor, Yasser Arafat. A violação desses acordos significa que Israel também pode tomar medidas unilaterais, como aplicar a soberania israelense sobre os territórios palestinos".
Nesta sexta, o governo alemão anunciou que a chanceler Angela Merkel receberá o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu na semana que vem para discutir a abstenção ao reconhecimento da Palestina.
OPOSIÇÃO
A aprovação do novo status da palestina também movimentou a oposição, a menos de dois meses da eleição parlamentar que definirá o novo governo.
A ex-chanceler Tzipi Livni criticou a política de Netanyahu em relação aos palestinos. "Esse governo atentou contra Israel e contra nossos interesses de segurança referentes aos palestinos e ao mundo".
Ela fez menção a negociações que realizou com os palestinos quando era ministra para evitar um atentado de militantes terroristas.
A dirigente do esquerdista Meretz, Zahava Gal-On, foi mais polêmica, afirmando que Israel poderia ter apoiado a iniciativa palestina. Segundo ela, um Estado palestino é interessante para o Estado judaico.

FONTE . FOLHA DE SÃO PAULO

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