quinta-feira, 17 de maio de 2012

ORAÇÃO DE ANA E OS SONHOS DE DEUS

Um dos textos que me leva a ver um casamento perfeito é o texto que nos fala a respeito da oração de  Ana.
Perfeito pois junta o desejo de uma mulher querendo ser mãe , e o sonho de Deus em ver um sacerdote que saiba escutar sua voz e agir segundo o que ele mesmo  fala.

Em nossa Bíblia, o livro de I Samuel vem em seguida ao de Rute. Nos manuscritos do Antigo Testamento, I Samuel vinha imediatamente após o livro de Juízes. Sendo assim, as últimas palavras escritas na Bíblia hebraica antes de nosso texto em I Samuel são:

“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.” (Juízes 21:25)

Aqueles dias” estavam longe de ser os mais relevantes da vida espiritual de Israel como nação. O livro de Juízes descreve os dias caóticos em que os israelitas foram oprimidos pelas nações circunvizinhas. Deus enviava um juiz para livrá-los, mas sua liberdade só durava enquanto o juiz vivesse.

 Até mesmo seus juízes não foram exatamente modelos de santidade. Sansão, por exemplo, foi um homem cuja vida foi dominada pela carne, não pelo Espírito.


O escritor de Juízes relaciona a decadência espiritual e o caos político de Israel à falta de um rei.
 O livro de I Samuel registra o processo pelo qual Deus providenciou um rei para Seu povo.

 Da mesma forma que Isabel no Novo Testamento, Ana é mãe do profeta que indicará o rei escolhido por Deus.

Saul será ungido como o primeiro rei de Israel. E então, após sua rejeição por Deus, Davi será ungido como precursor de uma dinastia eterna. Em meio à anemia espiritual de Israel, Ana e seu marido, Elcana, estão muito acima de seus pares.


Elcana é um piedoso descendente de Levi que vive na região montanhosa de Efraim.
 Por causa da região onde vive, ele é conhecido como efraimita, embora seja realmente da tribo de Levi (ver I Crônicas 6:33-38).

Elcana tem duas esposas, Ana e Penina. Penina tem filhos de Elcana, mas Ana não (1:2), pois Deus fechou seu ventre (1:6).

Todos os anos, Elcana, Penina e seus filhos, e a estéril Ana vão a Siló, 20 milhas ou mais ao norte de Jerusalém, onde fica o tabernáculo.
Eles vão celebrar uma das três festas anuais de Israel (1:3; ver Êxodo 23:14-17; Dt. 16:16).

Esta época especial deve ser de alegria, e a tristeza é proibida:

“Nas tuas cidades, não poderás comer o dízimo do teu cereal, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogênitos das tuas vacas, nem das tuas ovelhas, nem nenhuma das tuas ofertas votivas, que houveres prometido, nem as tuas ofertas voluntárias, nem as ofertas das tuas mãos; mas o comerás perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante o SENHOR, teu Deus, te alegrarás em tudo o que fizeres.” (Dt. 12:17-18)

Para Ana e, provavelmente, para Elcana também, regozijar-se diante do Senhor é muito difícil. Primeiro, os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, ministram ali como sacerdotes (1:3).

Para aqueles que são verdadeiramente justos, estes sacerdotes patéticos lançam uma nuvem negra sobre a genuína adoração (ver 2:12-17. 22-25).

 No entanto, a fonte principal do sofrimento de Ana nesta jornada anual até Siló é Penina, que se aproveita da oportunidade para atormentá-la ano após ano, sem cessar (ver 1:4-7).

Isto resulta em muitas lágrimas para Ana e a incapacidade de se juntar à refeição festival (1:7).
Não é que Elcana, seu marido, não tente consolá-la ou vir em seu auxílio.
Elcana declara seu amor por ela dando-lhe porção dupla da carne que foi sacrificada (1:5).
Ele faz um esforço sincero para compensá-la de sua esterilidade, relembrando-a do que ela significa para ele e do que ele é para ela (1:8).

A despeito de todas estas coisas, Ana teme a peregrinação anual a Siló, onde deve conviver de perto com Penina, seu tormento.

Não é difícil imaginar o que acontece. Durante o ano, provavelmente, Ana e Penina vivam em tendas separadas, bem distantes uma da outra.

Elas nem comem na mesma mesa.
No entanto, na jornada anual a Siló, todos devem viajar e comer juntos.
Quando a refeição sacrificial é servida, cada esposa tem sua porção.
Mesmo que Ana receba porção dupla, Penina recebe para si e para seus filhos.
 Até posso ouvi-la cruelmente atormentando Ana: “Ó, Elcana, que pedação delicioso de carne para mim e para as crianças!
 Ó, querida, que pedacinhos saborosos para você também, Ana.”

AS LUTAS PARECEM TE TIRAR A FOME.
Nesta viagem, em particular, Ana mal consegue fazer a refeição.

 De alguma forma ela se fortalece contra os gestos e observações cruéis de Penina.
Mas, depois de comer e beber, ela se afasta depressa em direção ao tabernáculo, onde derrama a alma perante Deus.
Em seu íntimo ela ora silenciosamente, enquanto Eli, sentado junto à porta, observa com interesse. Ele vê o movimento de seus ombros, enquanto ela soluça em grande aflição e chora amargamente (1:10).
 Não ouvindo suas palavras, Eli tira a conclusão errada, presumindo que ela tenha festejado demais e que sua alegria seja pura embriaguez.
 Ele a repreende pela embriaguez e lhe diz para abandonar a bebida (1:13-14).
Rapidamente Ana lhe assegura que não está embriagada, mas que está derramando sua alma perante o Senhor (1:15).
Ela suplica que ele não a julgue como filha de Belial (1:16).
 Ironicamente, a expressão usada por Ana (“filha de Belial”) é o mesmo termo usado pelo autor no capítulo 2 (verso 12) para descrever os dois filhos de Eli.
 Ela lhe diz que, até agora, esteve expressando a agonia de sua alma.

Todos sabemos, como talvez Eli também soubesse, que entre as palavras soluçadas por Ana está um voto.
Ela promete a Deus que, se Ele lhe conceder um filho, ela o devolverá a Ele como nazireu (1:11, ver Nm. 6:1-21; Jz. 13:2-7).
Eli lhe assegura que Deus lhe concederá seu pedido e a abençoará (1:17).
Desse momento em diante, Ana já pode participar da cerimônia de adoração. Ela faz a refeição e seu rosto agora irradia alegria e não tristeza.
Pois nesse momento a oração feita por ANA estava se encaixando perfeitamente aos desejos de Deus para seu tabernáculo , povo e nação.

Levantando-se de madrugada, eles adoram o Senhor antes de pegar o caminho de volta a Ramá. Algum tempo depois, Ana concebe e dá à luz o filho prometido.
Ela dá à criança o nome de Samuel.
 Embora os estudiosos discutam os termos e seus significados, está escrito o que este nome significa para ela.
 Ela sabe que este é o filho que pediu ao Senhor, e que ele é a resposta à sua oração (1:20).
O nome Samuel é um lembrete constante de sua origem e de seu destino.
Enquanto a criança ainda está sendo amamentada, chega a época da família fazer a viagem anual a Siló.
Elcana sobe com o restante da família, mas Ana fica para trás.
Ela não está tentando evitar o cumprimento de seu voto (ver 1:21-23).
Muito pelo contrário! Pelas palavras ditas a seu marido, concluo que ela não queira subir com Samuel e depois voltar com ele, uma vez que ele ainda está sendo amamentado e não pode ser deixado em Siló tão novinho.
Sua intenção parece ser ficar em casa este ano e desmamar o menino para o ano seguinte.
Ela, então, o levará consigo quando chegar a época da próxima jornada, não retornando com ele a Ramá.
Talvez Ana não quisesse estabelecer um precedente, indo a Siló com Samuel e depois voltando com ele, por temer ficar tentada a descumprir seu voto.
Chega a época em que a criança é desmamada, e Ana deve levar Samuel consigo para Siló e deixá-lo com Eli.
Ele ainda é muito novinho, mas tem idade suficiente para ser cuidado por outra pessoa que não seja sua mãe (ver 1:24).
Um novilho de três anos é levado com eles para ser abatido e entregue a Eli.
 Ana relembra a Eli que ela é a mulher que esteve ali, orando com tanto fervor que ele lhe garantiu que Deus lhe concederia seu pedido.
Ela diz que, para cumprir seu voto, trouxe seu filho para dá-lo ao Senhor
. Em outras palavras, ela deixará a criança aos cuidados de Eli.
 Antes de partir, ela faz uma oração louvando ao Senhor, uma oração pela qual será lembrada durante muito tempo.



O chamado do profeta Samuel


Samuel: juiz, profeta e sacerdote



A história do reino de Israel começa com Samuel.
Ele foi o elo entre a obscura época dos juízes e o período da monarquia.
 Foi o último e mais importante juiz, o primeiro grande profeta e o sacerdote que reconduziu Israel à obediência à Lei de Deus.
No livro História e Literatura da Bíblia, o escritor C. O. Gillis descreve Samuel nos seguintes termos:



“Samuel era um homem excelente, sincero, de consagração absoluta e de caráter inatacável (...) ele soube desempenhar o papel que lhe coube na providência de Deus de uma maneira que glorificou a Deus.”
Samuel é um dos personagens principais desse período de transição. Além de reunir as funções de juiz, sacerdote e profeta, participou ativamente da ascensão da monarquia, empossando o primeiro rei, Saul (10.1), e iniciando a dinastia do rei Davi (16.1,13).
 O chamado de Deus a Samuel (1Sm 3).
 Samuel permaneceu impermeável à imoralidade e à corrupção de Hofni e Finéias, os filhos de Eli. Em meio a uma sociedade espiritualmente decadente e uma religiosidade profundamente corrompida, Samuel brilhou como um fiel servo de Yahweh (2.26). Certo dia, quando Samuel ainda era muito jovem (c. de 12 anos), o Senhor se revelou a ele e repetiu tudo quanto já tinha dito a Eli (3.11-14). A partir de então, Samuel passou a exercer um ministério profético e todo o povo reconheceu nele um profeta de Deus sobre todo o Israel (3.19—4.1).

Samuel cresceu repleto de fé e de coragem, fortalecido pelo espírito que Deus concedia sobre ele.

O povo reconheceu nele um futuro líder.

Eli, também, não tinha dúvida de que seus dois filhos não eram dignos de serem seus sucessores para levar adiante a Tradição.

 Eli já estava idoso e não podia exercer qualquer influência sobre eles.

Sabia que seu sucessor como juiz sobre todo o povo seria Samuel.


E pensar que tudo isso nasceu de um coração , que em uma oração verdadeira , elevada ao trono da graça de Deus , encontra o em sonhos reais para seu tabernáculo .
E foi assim , Deus ouviu a oração de Ana ,pois Ana estava sonhando com algo , um filho , que já estava nos planos de Deus para toda a nação que se chama pelo seu Nome. DEUS.

VIA GRITOS DE ALERTA.



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