segunda-feira, 18 de março de 2013

O PROFETA CHAMADO JONAS.

 

(2 Reis 14:25; Jonas 1:1;Mateus 12:39-41;16:4;
Lucas 11:29-3
)
           


Seu nome vem do hebraico yo¯na¯h que se traduz “rola” (um pássaro). E o do seu pai, Amitai, significa “a verdade do Senhor”. Jonas era de Gate-Hefer, uma cidade localizada no território da tribo de Zebulom (Josué 19:13). Estes detalhes mencionados no livro histórico de Reis é prova de que se tratava de uma pessoa verdadeira e não mitológica.
Jonas teria ministrado como servo do Senhor no início do reinado de Jeroboão (790-750 AC ), ou mesmo durante a geração precedente entre 800-780 AC, tendo profetizado no início a restauração da terra de Israel para as suas antigas fronteiras através dos esforços de Jeroboão II. Ele se tornou notável por causa do cumprimento desta profecia alvissareira ainda durante a sua vida.
Foi provavelmente o próprio Jonas, e não um escriba do seu tempo, que escreveu o livro que se encontra incorporado à Biblia com o seu nome, descrevendo uma experiência sobrenatural que teve em sua vida.
Logo no início do livro temos a informação que a palavra do Senhor veio a Jonas ordenando que se levantasse, fosse à grande cidade de Nínive e clamasse contra ela por causa da sua malícia. A frase “a palavra do Senhor veio a Jonas” é mencionada sete vezes no livro.
Nínive era a capital da nação da Assíria: fundada for Ninrode, aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 10:11; era a maior cidade do mundo em seu tempo, tão grande que era preciso três dias para percorrê-la, conforme Jonas 3:3; a arqueologia moderna comprovou a sua imensidão.
Os assírios foram guerreiros violentos e cruéis, e eram ferozes inimigos de Israel. Não seria portanto de admirar que Jonas, temeroso, procurasse se esquivar da ordem que havia recebido. Mas Jonas tinha um motivo ainda mais forte para deixar de cumprir a ordem e desobedecer ao Senhor, fugindo da sua terra.
Como explicou mais tarde, o verdadeiro motivo para a sua decisão foi que, sabendo que “Deus é compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que se arrependia do mal”, ele já antecipava que mediante a sua denúncia e aviso do que lhes iria acontecer, os ninivitas iriam se converter do seu mau caminho, e o Senhor em consequência não os castigaria. Para Jonas, além de ser um povo idólatra e pecaminoso, os ninivitas eram inimigos dele e do seu povo, os israelitas. Como homem fiel ao Senhor, e israelita patriota, Jonas os odiava e não queria que obtivessem perdão da parte do Senhor, mas que fossem castigados à altura da sua maldade. Logo, resolveu não ter parte nisso.
Para se esquivar, Jonas se levantou logo como lhe fora comandado, mas foi em direção oposta descendo até o porto de Jope, e ali embarcou num navio que se destinava a Társis na Espanha, no ocidente.
O texto diz que Jonas queria assim “fugir da presença do Senhor”. Sem dúvida Jonas sabia que o Senhor estava em todo lugar, conhecendo o Salmo 139:7-10 do rei Davi: Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.” Ele não fugira da presença do Senhor no sentido de escapar do Seu conhecimento e autoridade. Esta era apenas uma maneira de dizer que havia deixado a terra de Israel, onde o Senhor habitava e fugiu da missão que lhe havia sido confiada.
O navio foi detido por uma tempestade, e estando ameaçados por um naufrágio os marinheiros clamaram aos seus deuses, alijaram sua carga ao mar, e o capitão foi buscar Jonas, que dormia profundamente no porão do navio, para que ele também clamasse ao seu Deus. Os marinheiros lançaram sortes para descobrir quem era culpado pelo mal que lhes sobrevinha, e a sorte caiu sobre Jonas.
Jonas se identificou como hebreu, temente ao Senhor, o Deus Criador, de Quem estava fugindo. Ele persuadiu os tripulantes marinheiros a lançá-lo no mar e isto fizeram, não sem antes terem feito de tudo para evitá-lo e pedir perdão ao Senhor por fazê-lo. Eles então “Temeram ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifícios ao Senhor, e fizeram votos.”
O Senhor designou um grande peixe no mar para engolir Jonas, mas este continuou vivo dentro dele por três dias e três noites. Este peixe poderia ser o grande tubarão baleia, “Rhincodon typus”, que chega a ter 15 metros de comprimento e 20 toneladas de peso.
Conforme Jonas relata em sua oração de ação de graças (cap. 2:1) dentro do peixe ele clamou ao Senhor, usando quase que inteiramente expressões encontradas no livro de Salmos (3:3, 5:7, 18:4,6,7, 22:5, 30:5, 31:6, 42:4,7, 69:2, 120:1, 142:3, 143:4), e o Senhor lhe deu vida. Decorridos três dias, o Senhor falou ao peixe e o peixe vomitou Jonas na terra. Este milagre extraordinário tem dado ocasião para os críticos e céticos através dos tempos contestarem a sua veracidade, contrapondo explicações das mais fictícias, sem qualquer lógica ou razão.
Veio então a palavra do Senhor novamente a Jonas, mandando que fosse a Nínive proclamar a mensagem que lhe ordenara.
Jonas desta vez foi a Nínive e proclamou que após quarenta dias a cidade seria “subvertida”. Esta palavra é a tradução de um verbo hebraico “hâphak”que tem vários significados a partir de “retornar”e “virar por cima”: trocar, derrubar, arruinar, vencer, subverter, transformar, retornar, perverter, ser convertido, perverter, etc.
A profecia realmente se cumpriu, mas de maneira inesperada para Jonas: ele entendia que a cidade seria derrubada, arruinada em castigo pelo grande pecado em que se encontrava. Para a sua surpresa (e desapontamento), o que aconteceu foi que os ninivitas se converteram, confessando e arrependendo-se do seu pecado. Tiveram então o perdão de Deus e sobreviveram.
Jonas ficou irado quando percebeu que ela havia sido perdoada, orou a Deus e reclamou que foi por temer que isso ia acontecer que já no início havia se apressado em fugir para Társis. Pediu portanto a Deus que lhe tirasse a vida, porque preferia morrer. O Senhor lhe perguntou se era razoável a sua ira, mas "Jonas saiu da cidade, e sentou-se ao oriente dela; e ali fez para si uma enramada, e se sentou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade.” (Cap. 4:5). O Senhor teve compaixão de Jonas, e com paciência lhe deu uma ilustração para que compreendesse melhor a Sua justiça e salvação.
O Senhor Deus fez nascer e crescer uma aboboreira sobre Jonas para protegê-lo do sol, e tendo ele se alegrado em extremo por causa da aboboreira, Deus enviou na alvorada do dia seguinte um bicho que matou a aboboreira. Também, ao subir o sol, mandou um vento morno oriental causando que Jonas desmaiasse com a insolação. Novamente Jonas quis morrer.
Foi uma lição para Jonas aprender que, como considerava ser justo ficar irado e ter compaixão de uma aboboreira de vida curta que ele não havia plantado, nem cuidado dela, não havia o Senhor de ter ainda muito mais compaixão por mais de cento e vinte mil pessoas totalmente ignorantes do bem e do mal, e também muito gado? (Calcula-se que a população da cidade naquele tempo era de quatro vezes mais, portanto o Senhor se referia à população infantil).
O Senhor Jesus Cristo confirmou com a Sua autoridade suprema que houve um profeta por nome de Jonas e a autenticidade deste livro, com as Suas palavras registradas em Mateus 12:40-41: “como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra. Os ninivitas se levantarão no juízo com esta geração, e a condenarão; porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis aqui quem é maior do que Jonas.”
A experiência de Jonas foi usada por Cristo nessa ocasião como figura da Sua morte e ressurreição ainda por vir: não teria valor se não se tratasse de um fato verdadeiro. Não pode haver outro sentido. Também desfaz a tradição de longa data segundo a qual o Senhor passou menos de dois dias e duas noites na sepultura.


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