A polícia procura por um lavrador de 50 anos acusado de um crime bárbaro em Patrocínio, na Região do Alto Paranaíba. Ele é suspeito de matar um bebê que teve com a própria filha, após vários anos de estupro. A mãe do homem foi presa por participação no crime. Ela teria feito o parto da criança e ajudado a esconder o corpo em uma cova rasa.
De acordo com o Delegado Sérgio Elias Dias, a adolescente de 19 anos vinha sendo estuprada desde os 12 anos. Ela já tinha ficado grávida quando tinha 14 anos e foi obrigada a fazer um aborto. Desta vez, ela conseguiu esconder a gravidez do pai por um tempo, mas acabou descoberta.
Segundo a polícia, ao saber sobre a gravidez, o lavrador contou com a ajuda da mãe, de 76 anos, para fazer o parto, que aconteceu no dia 29 de agosto. A adolescente contou à polícia que, após o nascimento, o pai dela afirmou que o filho havia nascido morto. Mas a jovem afirma que ouviu o choro do bebê.
A vítima afirma que a criança foi morta após o parto. Depois disso, os acusados teriam colocado o corpo em uma caixa de sapato e enterrado em um buraco. O local fica a 300 metros de onde a família morava.
Em 6 de setembro, cachorros dos vizinhos foram atraídos pelo cheiro forte e desenterraram o corpo. O dono dos animais percebeu a movimentação e constatou que eram restos da criança em avançado estado de decomposição.
A polícia foi acionada e começou a investigar qual mulher estava grávida na região. Após denúncias de vizinhos, os agentes chegaram até a adolescente. Primeiramente, a jovem negou qualquer envolvimento do pai e disse ter sofrido aborto de um filho que havia tido com um ex-namorado. Após entrar em contradição, ela acabou confessando que se tratava de um filho que tinha tido com o pai e que ele e sua avó teriam sumido com o bebê.
A suspeita da polícia é que o lavrador fugiu para Penedo, em Alagoas, onde a família dele mora. Um mandado de prisão foi expedido contra ele e as autoridades daquele Estado já foram informadas sobre o caso.
Medo da família
A adolescente morava em uma casa junto com a mãe, a avó, o pai e mais três irmãos, um menino de 15, e duas meninas, de 14 e 10 anos. As duas meninas foram ouvidas pela polícia, mas negaram que tenham sido estupradas. A mãe da jovem informou em depoimento que não suspeitava do homem e que ficou revoltada ao saber dos abusos.
Segundo a polícia, a família tinha medo do lavrador, por ser uma pessoa agressiva.
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