terça-feira, 26 de julho de 2011

Trouxeram os guarda-chuvas?”


Conta-se que os moradores de uma cidadezinha castigada pela seca, no Texas, resolveram orar por chuva. Procuraram o pastor local e pediram-lhe que convocasse uma reunião especial de oração. O pastor concordou alegremente, e a reunião foi marcada. Os moradores se ajuntaram, num começo de noite, ao pé de um monte para orar a Deus pedindo chuva. Quando o pastor chegou, contemplou o agrupamento por alguns minutos e decidiu: “Vamos voltar para casa. Por que orar se vocês não trouxeram guarda-chuvas?”
O que é a oração?
Sabemos da dificuldade de alguns acerca do valor e da eficácia da oração; principalmente quando ouvimos, ou lemos, ensinamentos que distorcem o conteúdo das Escrituras. Estamos sempre a lidar com os extremos: Pessoas que oram, crendo que sua oração determina os atos de Deus, e pessoas que não oram, por acharem que de nada adiantará, devido às decisões divinas.
O que fazer? Orar, não orar, orar muito, orar pouco, orar sentado, em pé, de joelhos, … será que deitado vale? O que fazer?
Há grande quantidade de passagens bíblicas que tratam acerca da oração. Poderíamos nos ater a um único texto, sugando seus ensinamentos; no entanto, nenhum único texto seria completo. Assim, iremos nos basear em alguns textos, objetivamente, a fim de sermos despertados quanto ao valor e a necessidade de orarmos.
Distorções acerca da oração:
A oração, em si, não possui poder místico, sobrenatural. Há pessoas que são consideradas poderosas por suas orações, a ponto de serem procuradas até por quem não as conhecem diretamente; o objetivo é o de conseguir da parte de Deus algo que satisfaça suas necessidades, por intermédio da pessoa que ora. No entanto, a Bíblia nos apresenta um exemplo bem diferente no que diz respeito à oração eficaz – na parábola do fariseu e do publicano, proferida por Jesus em Lucas 18.10-14. Seguindo o modelo apresentado por Cristo, uma oração bem sucedida é aquela em que há humildade, disposição de ouvir, e prontidão em exaltá-lo.
A oração, em si, não amarra satanás e seus demônios. Não encontramos em nenhum texto das Escrituras a idéia de que satanás está à mercê das orações dos fiéis. Mas sim que devemos estar em comunhão com Deus, objetivando resistir ao inimigo a ponto de termos sua indesejável presença longe de nós (Ef. 6.10-18). A oração não nos dá o direito de brincar com quem quer que seja, incluindo nosso inimigo espiritual. A ordem de Deus é “vigiar, orar, resistir ao diabo e ele fugirá”. A oração, sim, é um meio de expressar a simplicidade e limitação do crente e a grandiosidade e poder de Deus que usa ferramentas falhas para estabelecer Sua vontade.
A oração, em si, não nos torna deuses.
Há um adágio evangélico que diz: “a oração move a mão de Deus”. No fundo, a idéia é a de que podemos direcionar nossa vida, fazendo com que o Senhor opere a nosso favor. O único problema, apesar da atraente proposta, é que a Bíblia não nos ensina assim – podemos usar dois textos para realçar a realidade bíblica: Lucas 11.9-13: “[...] ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” . Cristo afirma que independentemente do pedido do filho, o Pai saberá dar aquilo que ele realmente necessita. E, se ligarmos este com o próximo texto, veremos o porque do Espírito como resposta de Deus.
Romanos 8.26: “também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”. Por vezes, nos deixamos levar por nossos desejos particulares e nos tornamos porta-vozes de pedidos egoístas, ou pedidos que não objetivam glorificar a Deus. É nesse ponto que Paulo afirma a atividade divina do Espírito, clamando ao Pai por aquilo que realmente precisamos. Quantas vezes brigamos com Deus por não entendermos Sua resposta, e dias depois, olhando para trás, agradecemos a Ele por aquilo, nos redimindo e exaltando-o?
Cuidados acerca da oração:
A oração é a ação de maior intimidade do homem para com Deus. Cristo pode ser citado como o maior exemplo, pois buscava ao Pai em orações secretas – “Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava.” (Lc. 5.16). E ele próprio nos ensinou isto – “tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.” (Mt. 6.6). Orar é conversar com Deus. É considerá-lo um amigo, um confidente; alguém que realmente pode nos ajudar. Alguém que saberá guardar segredo, e que respeitará nossa intimidade. Com que freqüência e intimidade você tem buscado a Deus?
A oração, também, deve ser a ação de mútua comunhão com o Senhor.Não oramos somente em particular, mas também em grupo, nos cultos, nas diversas programações. Momentos onde há participação consciente de que o Senhor é o alvo. Esta realidade está estampada nas Escrituras – “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar.” (2 Cr. 7.14-15).
Quando nos dirigimos a Deus, devemos fazê-lo sem a preocupação demasiada no que os outros irão achar daquilo que ouvirão. Muitos se preocupam mais com a reação dos irmãos para com a sua oração, do que com a reação daquele à quem dirigimos nossas palavras.
A oração deve ter seus propósitos. Louvar e agradecer ao Senhor (Mt. 6.9-10). Pedir (Mt. 6.11-13). Destacar a soberania de Deus em nossa vida (Mt. 6.13b). Como o Senhor nos exorta, devemos orar, sem cessar! Vamos orar?
Fonte: www.ibe.org.br

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