quarta-feira, 22 de junho de 2011

FESTAS JUNINAS , VOU OU NÃO VOU ?

De acordo com os feriados previstos no calendário anual do Brasil, logo após o carnaval e a páscoa, a denominada "festa junina" é o evento mais comum, celebrado por milhares de pessoas no país. Cidades inteiras se mobilizam para festejar com danças, comidas típicas e música, uma homenagem a três santos católicos, a saber: São Pedro, São João e Santo Antônio.
Esta celebração é uma tradição portuguesa (país predominantemente católico) herdada desde a colonização e que foram facilmente incorporadas pelo folclore (ing. folk + lore  /  trad. gente + tradição popular). O teor destas festas oscila de região para região, o  espaço onde estas festas acontecem é sabidamente denominado “arraial”. Portanto o nome de “festa junina” é muito mais do que uma referência ao mês de Junho e Julho, quando acontecem estas festividades.
O solstício de verão de acordo com a astronomia é o momento em que o movimento do Sol atinge a sua maior declinação sobre a latitude da linha do Equador( afasta-se o máximo possível da linha meridional), ocorrendo duas vezes ao ano, em Junho e Dezembro. Portanto quando esse movimento ocorre no verão, a duração do dia torna-se mais longa, e quando ocorre no inverno a duração da noite torna-se mais longa. Em várias culturas antigas, este solstício, era celebrado com festas e costumes de religiões pagãs, proveniente das mitologias persas e hindus.
Esta festa é celebrada na maioria dos países europeus cristianizados. As primeiras referências em terras tupiniquins datam de 1603, através de missionários jesuítas. Aqui estas comemorações católicas-pagãs tornaram-se ainda mais sincréticas (misturadas) com outras tradições oriundas das religiões africanas.
Apesar de tantas referências pagãs-idolátricas, parece que a participação nas festas juninas por cristãos-evangélicos não causam nenhum tipo de problema! Será?
Ao que parece, o caráter religioso de tais festas desagradam o ideal de Deus para o cristão. Nestas festas ocorrem canções, rezas e comidas consagradas aos "tais santos" da igreja. A Festa Junina, na verdade remonta ao ideal das festas de colheitas, celebradas por povos antigos aos seus deuses, isto é, uma festa naturalmente idolátrica, com uma roupagem católica/cristã. Apesar de mudar a configuração da festa, o mandamento do Senhor continua o mesmo. Quando Deus introduziu o povo de Israel na terra prometida adverti-os severamente para que não usurpassem das mesmas práticas dos povos: "Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos." (Dt. 18:9).
Precisamos esclarecer que a palavra "apostasia", um termo muito comum nos dias de hoje, vem da mesma raiz grega que significa insurreição ou rebelião. Uma insurreição ou rebelião é levantar-se totalmente contra tudo que vem de Deus – e ao mesmo tempo uma mudança de direção espiritual. Isto é, uma aceitação das leis e atitudes contrárias ao ideal divino. Nesse contexto, apostasia não significa violação de leis isoladas, mas é a caracterização ampla da rebelião total contra Deus. A minha opinião é que devemos ignorar este tipo de festividade, e isso não nos molda nos padrões extremistas da fé evangélica.
A resposta para as dúvidas do cristão evangélico deve se firmar primeiramente na Palavra e em uma fé inabalável, assim como no aconselhamento com o próprio pastor, e com Deus em sua consciência, Cito uma passagem esclarecedora de Paulo: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma" (1Co 6:12). Eis o diferencial da liberdade cristã, permitindo ao homem viver no mundo sem ser governado espiritualmente ou culturalmente por ele.
Quanto ao fato das escolas estaduais, municipais ou particulares celebrarem estas festas, gostaria de esclarecer aos pais evangélicos. De acordo com o Planejamento Curricular Nacional, as instituições de ensino têm como dever preservar e transmitir valores culturais da nação, muito embora não tenham o direito de obrigar as crianças a participarem de qualquer festividade deste cunho. Porém, no caso das festas juninas e de outras comemorações com sincretismo religioso, para que as crianças evangélicas não passem por constrangimento por não participar. É bom verificar a proposta pedagógica e deixar claro o posicionamento religioso da família logo no início do ano letivo. Isso deve ser conversado com respeito entre pais, professores e pedagogos. Quanto a lei, o capítulo 2 do ECA (Estatuto da criança e do adolescente), garantem os mecanismos de proteção, no que diz respeito a liberdade religiosa do menor.





Por Bruno dos Santos
guiame.com.br

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