quarta-feira, 9 de março de 2011

Teólogo Brasileiro Fala em seu Programa Sobre Superficialidade no Facebook

O reverendo Ricardo Agreste da Silva, teólogo e filósofo, falou ontem em seu programa, sobre a demanda e agenda das pessoas e os relacionamentos feitos pelas redes sociais como facebook.
No programa da IPBTV pelo site da Igreja Presbiteriana do Brasil, Ricardo, ministrou sobre o desafio de realinhar os valores dos cristãos com os valores de Deus, levantando a questão dos relacionamentos no facebook.
“A vida se transforma quando os valores de Deus são incorporados nos nossos corações,” disse ele.
Ricardo, Pastor da Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera, abordou situações familiares em que os pais dizem que os filhos estão sendo bem cuidados, quando na verdade a sua agenda revela um tempo limitado em que eles verdadeiramente dedicam aos seus filhos.
“A sua agenda revela onde está o seu coração. Onde está o coração do homem ai está o seu tesouro, diz a Bíblia, por isso temos que fazer uma completo realinhamento.”
Ele confessou que essa série de ministrações está primeiro ecoando “na minha vida na minha agenda.”
Ao receber os comentários de pais que refletiram sobre o seu limitado tempo à família, ele disse “você não pode deixar que as demandas controlem a sua agenda.”
“Deus não nos criou para a felicidade, o propósito de Deus para as nossas vidas não é a felicidade, mas sim o amor. A felicidade é o fruto do amor.”
Falando sobre o facebook, o Reverendo levantou a questão de que o fundador, Mark Zuckenberg, “é um indivíduo incapaz de criar e manter relacionamentos significativos na vida. Ele criou a maior rede social ... um cara que não sabe criar amizades e manter, e não sabe manter família.”
“Os relacionamentos na nossa cultura estão nas mãos de um sujeito que na sabe se relacionar.”
Mas admitiu que o facebook é uma “ferramenta tremenda,” disse ele, principalmente para propagar idéias e mobilizar pessoas.
Ele enfatizou, entretanto, que o problema é “quando passamos a confiar nessas ferramentas para criar e manter relacionamentos interpessoais, ai é quando os problemas emergem.”
Segundo ele, o facebook tem características perigosas como, inflação social, superficialidade e a comodidade, entre outras.
Sobre a inflação social ele explicou que, “você passa a ter contatos com mais pessoas do que você consegue ter.”
Para esclarecer isso, ele citou um antropólogo norte-americano, que diz que o “ser humano consegue se relacionar razoavelmente com um círculo de 120 e 150 pessoas.”
“Algumas dessas ferramentas [de rede social] levam homens e mulheres a se gabarem de terem mil seguidores, dois mil...”
Sobre a superficialidade, ele afirmou que “quanto mais você aumenta o número de contatos você aumenta a superficialidade.”E que um outro fator que gera a superficialidade, Ricardo apontou, é “o que eu chamo de identidade maquiada.”
“Quando um sujeito constrói um perfil na internet, ele não constrói como ele relamente é, mas sim como ele quer que as pessoas o vejam.
A outra característica, a comodidade, se trata de primeiro relacionar-se com “quem eu quero,” disse ele.
“Agora eu quero ler meus emails, meu orkut. E o que você gosta você dá prosseguimento, mas quando é alguém que você não gosta você deleta ele da sua rede de relacionamentos,” disse o teólogo.
“Você dá um clique nele.”
E arrancando risos da platéia ele desafiou, “Agora faz isso com o seu cunhado... Como você dá um clique na tua sogra? Não dá para dar clique no genro.”
“As pessoas estão se perdendo nessas supostas redes de relacionamento,” disse ele.
Um caso de uma mulher que escreveu no facebook ‘tomei todos os meus medicamentos Adeus,’ em 6 de janeiro ele citou que, “A mulher comete suicídio no facebook e nenhum dos seus 1082 amigos online a socorrem.”
Para Ricardo, “antes de falar de novas atitudes para construção de relacionamentos realmente significativos, precisamos tomar a decisão se desconectar para se conectar.”
“Nessa cultura de demandas que nós vivemos precisamos tomar providências acerca disso.”
"Se queremos realinhar os valores de Deus no nossos corações e na nossa agenda temos que valorizar para as pessoas que estão diante de nós,” urgiu ele.
E foi mais além dizendo, “Ao invés de escrever no seu blog para as pessoas que você nem sabe quem são, fale com sua filha com sua esposa, ... sente na hora do jantar com sua família e compartilhe memórias."
Ricardo se perguntou, falando sobre a transparência dos relacionamentos, “quantas pessoas no meu círculo de relacionamento eu tenho a transparência de dizer ‘eu preciso que você fique comigo hoje?’”
“às vezes a gente prefere um caminho que não é o da transparência,
‘eu sinto a necessidade de que ele fique comigo mas eu não vou dizer, porque ele que tem que perceber,’” disse ele mencionando o orgulho que as pessoas tem dentro dos relacionamentos.
“Quantos amigos você tem que você pode com transparência manifestar suas necessidades? Muitas vezes vamos com aquela postura de que está tudo bem. Para quantas pessoas você consegue dizer, ‘não estou bem, estou com uma dívida e não estou bem?’”
Ricardo ressaltou a importância dos relacionamentos verdadeiros urgindo aos Cristãos que, “todos nós necessitamos de um grupo íntimo do qual exista a transparência.”

Cristian Post

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