quarta-feira, 2 de março de 2011

SENDO SAL E LUZ



(Mateus 5: 13-16)

Uma das mais tristes condições que um cristão pode assumir na sociedade em que vive é a alienação. Dizer "sou um alienado" significa: "não consigo mais me relacionar com a sociedade e, o que é ainda pior, não há nada que eu possa fazer."
Não foi para sermos pessoas alienadas que Cristo nos chamou, mas para sermos SAL e LUZ. Era esta a expectativa que Ele tinha para os seus seguidores, expressa tão detalhadamente no Sermão do Monte.
 
Leia Mateus 5: 13-16
 
Todo o mundo conhece o sal e a luz. Eles se encontram praticamente em todas as partes do mundo. Jesus conhecia sua utilidade prática e, por isso, usou-os para ilustrar a influência que ele esperava que seus discípulos exercessem na  sociedade humana. O que ele quis dizer com isso? Vejamos quatro verdades:
 
1ª  Os cristãos são fundamentalmente diferentes dos não cristãos
            As duas imagens separam as duas comunidades uma da outra. O mundo é escuro - Jesus explica - , vocês devem ser luz. O mundo está se decompondo; vocês devem ser o sal e impedir que ele apodreça. Usando uma linguagem coloquial diríamos que eles são tão diferentes quanto água e vinho, óleo e água.
            Este é um dos principais temas da Bíblia inteira. Deus chama do mundo um povo para si mesmo e a vocação do seu povo é ser "santo " ou "diferente ".
            Leia I Pedro 1: 15,16)
2ª Os cristãos devem impregnar a sociedade não cristã
            Embora os cristãos sejam ( ou devessem ser ) moral e espiritualmente distintos dos não cristãos, eles não devem se segregar socialmente. Pelo contrário, sua luz deve brilhar nas trevas e seu sal penetrar a carne em estado de putrefação. Os cristãos devem mergulhar na sociedade.
            Lembremo-nos do exemplo de Jesus que rompeu barreiras culturais, religiosas e sociais para estar junto daqueles que necessitavam Foi muito criticado por isso, mas ensinou que "veio buscar e salvar os que estavam perdidos". Assim, nós também, devemos afetar a sociedade a fim de que vejam as nossas boas obras.
 
3ª Os cristãos podem influenciar a sociedade não cristã
            Somos hoje um número muito significativo de pessoas que se dizem cristãs. Há mais de 20 anos atrás, nos Estados Unidos, 69 milhões de americanos professavam sua fé pessoal em Jesus Cristo e 67% de toda a população era composta por membros de igrejas evangélicas. Então, vem a pergunta: "Por que esse grande exército de soldados cristãos não tem tido mais sucesso no combate às forças do mal?"
            Nós, cristãos, temos o hábito de lamentar a deterioração dos padrões do mundo com um farisaico ar de grande desalento. Criticamos sua violência, desonestidade, imoralidade, desrespeito para com a vida humana e sua ganância materialista. Mas, de quem é a culpa? Onde está a luz? Onde está o sal? Onde está a igreja?
            É pura hipocrisia da nossa parte colocar a culpa na sociedade. O Senhor Jesus disse que nós tínhamos que ser o sal e a luz. Portanto, se a escuridão e a decomposição existem, a falha é nossa e temos que assumir a culpa.
 
4ª. Os cristãos devem manter a sua característica distintiva
            Se o sal deixa de ser sal, não presta pra nada. Se a luz deixa de brilhar, perde o efeito. Portanto, se nós que nos dizemos seguidores de Cristo queremos fazer algo de positivo por Ele, temos que atentar para dois requisitos;
 
temos que imergir  na vida do mundo
temos que evitar nos misturar com o mundo
Chamamos isso de dupla identidade da Igreja (santidade e mundanidade). O restante do Sermão do Monte vai completará o que significa ser sal e luz: uma lealdade ainda maior (a do coração) , um amor ainda mais amplo (até pelos nossos inimigos), uma ambição muito mais nobre (buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça)
 
Conclusão
             Este propósito e esta expectativa de Cristo deveriam ser suficientes para superar o nosso senso de alienação. É até possível que sejamos rejeitados ou desprezados por alguns no nosso trabalho ou em nossa comunidade local.
            No entanto, deveríamos nos determinar, pela sua graça, a nos infiltrar em algum segmento secular da sociedade e ali erguer a bandeira de Cristo, mantendo, sem comprometimentos seus estandartes de amor, bondade e verdade.

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