quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Reviravolta na 'Guerra nada Santa' entre Pastores pelo Controle da Assembleia que teve até Homens Armados

A 4ª Vara Cível de São José dos Campos revogou ontem uma liminar que afastava Samuel Camara, por 90 dias, do cargo de presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, em São José dos Campos. Conheça todo o histórico do caso


a liminar havia sido concedida no último dia 17 de dezembro a pedido de Antônio Luiz Sellari, ex-presidente da Assembleia. Além do atual presidente, a liminar afastava também a atual diretoria.

O pedido alegava irregularidades na administração financeira da instituição. Na tarde do último sábado, oito homens armados invadiram a Assembleia de Deus. O grupo seria liderado por Sellari, que reivindicava a presidência da Igreja.

O grupo quebrou a porta da Igreja e feriu quatro pessoas, que registraram Boletim de Ocorrência pela agressão. Quando a polícia foi acionada, a quadrilha fugiu. Câmeras de fieis registraram a invasão.

Até o fechamento desta edição, Sellare não havia retornado as ligações da reportagem.
Justiça

A confusão começou no último dia 17, após a publicação da liminar que derrubava Camara da presidência da Assembleia de Deus, cargo que ele ocupava desde 2009.

Camara aceitou deixar o cargo durante as investigações, mas o poder continuou nas mãos do grupo de pastores que defendia o atual presidente.

Sellare, que era líder de um grupo de oposição e teria presidido a Assembleia em 2009, tentou voltar ao poder através de uma assembleia realizada na semana passada.

“A assembleia não foi oficial. Enquanto nós realizávamos um culto, ele chamou 11 pastores e fez a votação. A igreja possui 500 pastores”, diz o pastor Rosalvo Batista. Foi então convocada uma nova assembleia, realizada no domingo. A invasão do grupo armado ocorreu um dia antes da votação.


Abaixo, o Histórico de todo o caso:

Templo é Dinheiro? Fiéis em pé de guerra


‘Guerra’ na Assembleia de Deus de São José envolve denúncias de corrupção, agressões, polícia e Justiça

Uma igreja em pé de ‘guerra’. Na tarde de ontem, pela segunda vez em três dias, fiéis da igreja Assembleia de Deus de São José dos Campos se negaram a cumprir uma ordem judicial que determina que a presidência da igreja matriz da denominação seja transferida para uma junta de pastores, representados por Antônio Luis Celani, o antigo pastor .

A história, que envolve a troca de acusações e agressões entre os grupos rivais, teve início há cerca de um ano, quando o pastor Celani deixou o cargo. Em seu lugar, assumiu o também pastor Samuel Câmara, de Belém (PA). Mas a insatisfação com a nova administração do templo levou uma parcela dos fiéis a procurar ajuda judicial.

Direta ou indiretamente, essa disputa afeta a atuação das 182 igrejas mantidas pela denominação em São José (subordinadas à matriz), que juntas possuem patrimônio avaliado em R$ 30 milhões (apenas contando imóveis). São 10 mil fiéis.

Justiça

Em outubro, o grupo descontente com a presidência atual acionou a Justiça, que no último dia 17 concedeu liminar determinando o afastamento da atual diretoria. No entanto, ela se nega a deixar a igreja.

No início da tarde de ontem, um grupo de fiéis cercou o pátio da matriz com automóveis. Um oficial de justiça esteve no local, mas, novamente os fiéis, que já ocupavam o prédio, se negaram a sair do templo. Alegando não serem representantes da igreja, disseram não poder assinar a ordem da Justiça.

Cerco

A Polícia Militar foi chamada, mas não entrou na igreja, porque foi surpreendida com o número de pessoas no local. Os fiéis que ocupavam a igreja comemoraram a saída das autoridades com uma oração do lado de fora da igreja.

No domingo, fiéis favoráveis ao retorno de Celani tentaram entrar no templo. Houve confronto com o grupo rival. O tumulto somente foi contido com ajuda da Polícia.

Assembléia de Deus invadida em São José

Ação aconteceu enquanto fiéis estavam em culto e teria sido liderada pelo antigo pastor, que tenta reassumir controle da igreja

A Igreja Assembleia de Deus, na rua Conselheiro Rodrigues Alves, no centro de São José dos Campos, foi invadida às 14h deste sábado por um grupo de oito pessoas armadas, que causaram bastante tumulto em frente ao templo.

Eles quebraram a porta da entrada (de vidro) e teriam agredido os fiéis que se opuseram à invasão. Quatro pessoas sofreram lesões leves e registraram boletim de ocorrência.

“Eu estava conversando com os irmãos quando os elementos armados entraram gritando: ‘Perdeu, perdeu! Vocês vão ter que sair da igreja’” - revelou o advogado Renato Alves de Souza, 42 anos.

O grupo liderado pelo antigo pastor, Antônio Sellare, estaria reivindicando o poder da igreja, ao qual teria renunciado em 2009, segundo o advogado Georges Salim Assad Júnior.

Assad representa o atual pastor da igreja, Samuel Câmara, que mora em Belém do Pará e vem a São José para presidir cultos semanais.

“Ele [o pastor Antônio Sellare] quer voltar para a igreja, apoiado por apenas 11 pastores, sendo que a igreja tem 500. Amanhã [hoje] faremos uma nova assembleia para que os fieis estabeleçam uma diretoria provisória, conforme manda o estatuto da igreja”, disse.

Outro lado

O pastor Sellare preside uma junta de pastores que julgou supostas irregularidades que teriam sido cometidas durante a gestão de Câmara, que deveria estar afastado da igreja.

De acordo com Sellare, o atual pastor está sendo processado por lavagem de dinheiro. “O estatuto da igreja diz que se o pastor estiver envolvido em operações que venham denegrir a instituição deve ser tirada uma junta de pastores e evangelistas do ministério para que os atos sejam julgados”, explicou.

Ainda segundo o pastor, “a justiça autorizou a junta a tomar posse, ainda que seja necessário o arrombamento”.

Ele admitiu ter contratado escolta armada para fazer a sua proteção porque ele estaria sendo ameaçado de morte por fiéis favoráveis à Câmara.

Sellare não admitiu as agressões. “Quando eu cheguei a porta já estava aberta”, disse.

Mais

Na semana passada os fiéis se recusaram a cumprir a determinação da justiça e um novo tumulto foi armado.

A questão envolve troca de acusações mútuas entre os dois grupos rivais. Segundo o pastor Raimundo Coelho Amaral, 42 anos, Sellare teria deixado um rombo de R$ 3 milhões nos cofres da igreja.

“Agora que o pastor Câmara pagou essa dívida eles querem retomar a igreja”, disse.

O advogado Georges Assad Júnior disse que a junta formada por Sellare não encontra respaldo no estatuto.

“É um artifício para ele voltar ao poder. A convocação dos membros não foi idônea porque não houve assembleia. Queremos que os fieis definam a nova junta, e é isso que vai acontecer amanhã”



Agência Bom Dia/.O Vale / Bom Dia Rio Preto

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