segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

“Namoro de corte”, “Tempo de Oração” ou relacionamentos comuns? Qual o melhor forma de namoro evangélico?

Namoro de Corte

“Conheci minha esposa, ficamos amigos e iniciamos um relacionamento de observação mais aproximada. Noivamos em junho de 1995 e nos casamos um ano depois. Eu já era líder na igreja quando ouvi falar deste tipo de relacionamento. No início fui contra, mas depois de estudar a Palavra de Deus e não encontrar base bíblica para a prática do namoro com o qual eu estava acostumado, aderi a esta idéia. Casei com minha melhor amiga e o primeiro beijo foi no dia do nosso casamento”, conta Farias.
Em entrevista, o pastor explicou o objetivo do namoro de corte: “Queremos, para os solteiros, um relacionamento sem carícias, beijos, sensualidade, dependência emocional, chantagens emocionais, ciúmes, isolamento social. A ideia é que os jovens sejam movidos por princípios bíblicos e não por impulsos da paixão, sexualidade ou pressão cultural. Buscamos um relacionamento focado na amizade e no conhecimento mútuo”.
Farias afirmou que manter um namoro sem contato físico não é fácil, mas que a “corte” livra os jovens de “atropelos e embaraços”, assim como aconteceu com ele.

Tempo de oração

Diferente do namoro de corte, algumas igrejas optam por aconselhar aos jovens que orem por um período antes de qualquer envolvimento. Os casais que desejam se conhecer melhor vão até o líder para que ele determine um tempo de oração.
Segundo Avelino Júnior, pastor da Igreja Bola de Neve em Registro (SP), o objetivo principal do período de oração é buscar em Deus se o sentimento no coração dos jovens é paixão ou amor, ou seja, se este despertar para o inicio do relacionamento possui a motivação correta.
“O tempo de oração serve para buscar em Deus se é ou não de Sua vontade dar início ao namoro, portanto, ainda não estão namorando. Porém, durante este período há o compromisso de respeitar, então se o rapaz está orando por uma moça, não pode orar por outra. Durante as etapas eles são acompanhados bem de perto pelos líderes e também passam por aconselhamento pastoral, onde são direcionados a cada passo: sentimentos, santidade e pecado, conhecimento pessoal, emocional, afinidades e desacordos, proximidade familiar, projetos estudantil, formação profissional, sexualidade, formação e acompanhamento familiar”, explica o pastor.
Apesar de não ser contra o namoro de corte, Avelino Jr. acredita que o tempo de oração não permite que os jovens sejam enganados pelos próprios sentimentos e cita a passagem de Jeremias 17:9 : ‘Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?’. Sendo assim, converso com as partes interessadas a namorar e estabeleço um período através da observância comportamental e do histórico da vida, que varia dentre três meses a três anos”.

Tempo escolhido por Deus

A jovem Beatriz Lima, membro da sede da igreja Bola de Neve, em São Paulo (SP), está vivendo o “tempo de oração” e acredita que esta é a melhor forma de entender que Deus está no controle da situação.
“Há um pouco mais de um ano teve a Conferencia Profética no Bola e nesse dia conheci o Tico. Como ele mora no interior de São Paulo, procurou o líder do ministério que participo para pedir a ‘permissão’ para estar me conhecendo melhor, trocando e-mail, msn etc. Depois de um ano nos conhecendo e sendo acompanhados pelo pastor da cidade dele e pelos meus líderes de São Paulo, nos reencontramos na conferencia de 2009 e no último dia do evento o pastor conversou com a gente, determinando assim um período de um ano para orarmos”, narrou a jovem.
“O tempo de oração é um período de buscar do Senhor um direcionamento e uma confirmação desse sentimento que está nascendo em nossos corações. Por tal motivo, creio que é de extrema importância esse tempo estabelecido por um líder, até porque a Palavra diz em Romanos 13.1 que não existe autoridade que não proceda de Deus e as autoridades que existem foram por ele instituídas, sendo assim, acredito que este é um tempo, antes de tudo, escolhido por Deus. Independente do que aconteça, sabemos que a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável, e seus planos são muito maiores que os nossos”, afirmou Beatriz.

Regras ou pressão?

O pastor presbiteriano André Lima, missionário do Jovens da Verdade do Ceará, não concorda com nenhuma das abordagens citadas. “Acredito que é importante que os líderes coloquem algumas regras e deem algumas orientações, mas quando a gente impõe regra demais, acaba virando algo legalista. Como o namoro é para se conhecer, não podemos colocar muito peso sobre o adolescente e o jovem, devemos orientar para que ele aproveite esse tempo para conviver, fortalecer um relacionamento de amizade”.
Para Lima, que faz parte da diretoria nacional da Associação Evangélica de Acampamento (AEA-CCI-Brasil) e tem se dedicado ao trabalho com jovens e adolescentes, algumas práticas são invasivas e podem estimular outras áreas, inclusive a sexual. O pastor também acredita que o “namoro de corte” não livra o casal de desejos carnais. “Os jovens lutam intensamente para não cair na tentação carnal, mesmo com toda a sensualidade que é exposta diariamente. É muito mais importante você caminhar com eles do que lhes impor um peso. Vale mais mostrar que Deus é amor, é liberdade; e expor a possibilidade de esperar a hora certa, o tempo certo, e focalizar na sexualidade positiva. ao invés de seu aspecto negativo”, afirmou.
“Existem três áreas da vida que o jovem tem que tomar uma decisão importante. A primeira é a decisão por Jesus, a segunda é na área profissional e a terceira é ‘com quem vou namorar e me casar’. Essa última é a área que traz mais desgaste porque envolve a necessidade física de se apaixonar por alguém. Eu aconselho que eles busquem no Senhor, em oração, conhecer, fazer amizade com as pessoas, através de acampamentos e eventos cristãos, e comecem a namorar sem muita pressão”, disse André.

Um comentário:

ola.br.com disse...

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