domingo, 2 de janeiro de 2011

Ao assumir cargo, ministra garante liberdade de imprensa

Em seu discurso, Helena Chagas assumiu o compromisso de defesa da liberdade de imprensa. Foto: Ricardo Matsukawa/Redação TerraHelena Chagas assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência
Foto: Ricardo Matsukawa/Redação Terra



Claudia Andrade
Direto de Brasília

A nova ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Helena Chagas, assumiu o cargo na manhã deste domingo destacando a garantia de liberdade de imprensa no País. Para ela, o princípio foi assegurado durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva e continuará sendo na gestão da presidente Dilma Rousseff. "Tivemos liberdade de imprensa e vamos continuar a ter. Esse não é nem pode ser um assunto em questão", afirmou.
Helena Chagas disse que sua geração, que cresceu durante o período da ditadura militar, não poderia abrir mão da liberdade de imprensa. "Abrir mão da mais absoluta liberdade de imprensa seria impensável para minha geração, que cresceu sob o regime militar. Eu me lembro de ler muito Os Lusíadas nas capas do Estadão, onde meu pai (o jornalista Carlos Chagas, que já chefiou a Secom) trabalhava. Custei a entender que a poesia estava no lugar das matérias que tinham sido censuradas", disse.
Segundo a ministra, um dos compromissos do novo governo é garantir o direito do acesso à informação. "É no contexto das grandes mudanças sociais (do governo Lula) que se inserem os maiores desafios da comunicação de governo. Um deles é determinar que cada vez mais brasileiros tenham acesso à informação", disse Helena Chagas.
A nova ministra destacou que a comunicação está ligada à democracia. "Nós jornalistas somos instrumentos da democracia". E lembrou que o Brasil é uma das maiores democracias do planeta. "Nós temos, sim, muitas mazelas, muitas imperfeições em nosso sistema político-partidário-eleitoral. Mas nós somos uma das maiores democracias do planeta. (...) Há oito anos levamos à Presidência um metalúrgico. Agora, uma mulher, que combateu a ditadura", afirmou.
TV pública
A liberdade de imprensa também fez parte do discurso de despedida do ex-ministro Franklin Martins, que também elogiou a criação da TV Brasil. Franklin destacou que o período em que esteve no cargo foi "excepcionalmente tenso" na relação com a imprensa. Contudo, ele afirmou que foi possível estabelecer um relacionamento profissional.
"Jamais liguei para uma redação de jornal pra reclamar de uma matéria, de um repórter. Escreveu-se sobre o que se quis. Isso é liberdade de imprensa e só garante que a imprensa é livre, não garante que é boa", afirmou.
Sobre a TV Brasil, criada em 2007, o ex-ministro disse que o veículo mostrou ser possível produzir conteúdo de qualidade na TV pública. "Isso será muito mais valorizado no futuro, quando certos olhos mesquinhos permitirem ver que a TV pública não está ao sabor da vontade política", previu.
Redação Terra

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