sábado, 11 de dezembro de 2010

Polícia pede quebra de sigilo de suspeitos de matar prefeito


Polícia quer dados telefônicas de presos pela morte do prefeito de Jandira.
Homens foram transferidos de delegacia na manhã deste sábado.

Do G1 SP

O delegado Marcos Carneiro, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), pediu na manhã deste sábado (11) à Justiça a quebra do sigilo telefônico dos quatro suspeitos de participarem da morte de Braz Paschoalin, prefeito de Jandira, na Grande São Paulo. O objetivo é saber com quem eles falaram antes e depois do assassinato do prefeito, ocorrido na manhã desta sexta-feira (10).
A Justiça de São Paulo decretou nesta madrugada a prisão temporária por 30 dias dos quatro homens. Ainda pela manhã, eles foram transferidos da delegacia de Santana do Parnaíba, também na região metropolitana, e foram para outra cidade da região, que não foi divulgada por razões de segurança.
Outra pista investigada pela polícia é o carro abandonado e possivelmente usado pelos criminosos. A polícia já sabe que se trata de um veículo roubado e que teve documentos falsificados na capital paulista.
Os delegados também procuram por câmeras de segurança que possam ter registrado a movimentação do carro que perseguiu o prefeito e também depois do crime, durante a fuga. A polícia suspeita que outro veículo também tenha sido utilizado no crime.
Paschoalin morreu quando chegava à Rádio Astral FM, onde todas as sextas-feiras participava de um programa de entrevistas, no qual ele respondia perguntas de ouvintes. O barulho produzido por cerca de 15 disparos que mataram o prefeito puderam ser ouvidos ao vivo por quem acompanhava a programação da Rádio Astral FM. Uma adolescente de 17 anos presenciou o crime e foi ouvida pela polícia. (Ouça ao lado o som dos disparos que mataram o prefeito de Jandira)
O velório de Paschoalin é realizado desde a tarde desta sexta ginásio de esportes do município. O enterro está marcado para as 16h45 no Cemitério Municipal de Jandira.
Moradores de Jandira comparecem ao velório do prefeito da cidade (Foto: Mário Ângelo/AE)
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velório jandira
O polícia trabalha com a possibilidade de os dois detidos que apresentaram resquícios de pólvora nas mãos terem sido os executores do crime, enquanto que os outros dois seriam os responsáveis por sumir com o carro prata, que havia sido roubado dias antes. Os quatro estão desempregados e têm passagem por roubo e tráfico de drogas.
Investigações do Ministério Público
Políticos de Jandira são alvo de investigação do Ministério Público de São Paulo, que apura um esquema de corrupção envolvendo o prefeito assassinado e cinco vereadores. Segundo a promotoria, Paschoalin pagaria propina a vereadores para que projetos fossem aprovados na Câmara.
Um ex-secretário e braço direito dele é suspeito de entregar mais de R$ 200 mil para cinco vereadores. Dois deles foram flagrados em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça. O Gaeco obteve também a quebra do sigilo bancário de um ex-secretário e dos cinco vereadores. Os promotores vão acompanhar as investigações da polícia porque há suspeita que o esquema de corrupção tenha relação com a morte do prefeito.
“A hipótese de crime político também é investigada assim como varias outras uma vez que há comprovadamente um esquema de corrupção envolvendo alguns vereadores na cidade de Jandira”, explicou o promotor Roberto Porto.

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