quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Metodistas recuperam memória de centro evangélico

O Centro de Memória Metodista, localizado na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), está recuperando memória, história, trajetória e peças do acervo do Centro Audiovisual Evangélico (CAVE), que por 20 anos, a contar da sua fundação, em 1951, produziu material que colocou à disposição de igrejas, para que o usassem na evangelização.
Máquinas de escrever, mimeógrafo, câmaras fotográficas, projetores de eslides, filmadoras, são peças que já podem ser apreciadas no Centro de Memória da Umesp, conta a repórter Suzel Tunes. A professora Karina Kosicki Bellotti, do curso de História da Universidade Federal do Paraná, que vem pesquisando essa história, lembrou que o CAVE foi uma das primeiras organizações no país a contar com laboratório de revelação de fotos coloridas.
O Centro nasceu da iniciativa do missionário presbiteriano estadunidense, Robert Leonard McIntire, e do pastor brasileiro Celso Wolf. Ele surgiu com o propósito de produzir e usar meios audiovisuais para a evangelização e educação religiosa das igrejas evangélicas, como já vinha acontecendo nos Estados Unidos.
CAVE recebeu apoio da Radio Áudio-Visual Education and Mass Communication Committee (Revemcco), do Conselho Nacional de Igrejas em Cristo, dos Estados Unidos. As igrejas Episcopal Anglicana, Metodista Livre, Presbiteriana Independente, Presbiteriana do Brasil, Menonita, Cristã Reformada e Metodista eram membros cooperantes do Centro.
“Usar os meios de comunicação não significava somente distribuir folhetos proclamando as maravilhas do céu, mas trazer soluções para a sociedade”, arrolou a professora de História na sua tese de doutorado. O CAVE era, pois, um projeto cultural, social, que buscava parceiros das igrejas locais.
A produção do CAVE começou modesta, num porão da casa da Missão Presbiteriana do Brasil Central, em São Paulo, em 1951. Sete anos depois, inaugurou sede própria, com estúdios e laboratórios de fotografia, e de audiovisuais, na estrada Campinas-Mogi-Mirim, em São Paulo. O Centro produziu programas evangelísticos para adultos e para crianças.
A falência do CAVE, em 1971, deveu-se a vários fatores, desde má gestão e a retirada do financiamento promovido pela Revemcco. Numa tentativa de reabilitar o CAVE, ele foi incorporado à recém inaugurada Faculdade de Comunicação Social, da Metodita, em 1976.
O Centro continuou produzindo materiais pedagógicos para as igrejas, contando com laboratório fotográfico e gráfica. “Era tanto uma empresa quanto uma sala de aula. Os alunos de comunicação faziam estágio no laboratório fotográfico e na gráfica”, contou o professor Otoniel Ribeiro, da Faculdade de Teologia Metodista, à Suzel Tunes.
No início dos anos 80 do século passado, os serviços da CAVE foram terceirizados, que, segundo a repórter, significou a segunda morte da instituição, mas desta vez, definitiva.

Notícias Cristãs com informações da ALC

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