domingo, 12 de dezembro de 2010

Assange é mantido isolado dos outros presos

AFP
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi isolado para sua própria segurança dos outros presos na prisão londrina onde espera pela conclusão de seu processo de extradição para a Suécia, onde é acusado de estupro e abuso sexual, anunciaram seus advogados nesta sexta-feira.
"As autoridades penitenciárias o fizeram para sua própria segurança", declarou a advogada Jennifer Robinson à AFP.
Robinson indicou que o australiano, de 39 anos, foi transferido na quinta-feira para uma unidade de isolamento da prisão de Wandsworth (sudoeste de Londres), onde o juiz ordenou que ficasse até 14 de dezembro após negar-lhe a libertação sob pagamento de fiança.
Assange apresentou-se voluntariamente à polícia.
Segundo o jornal britânico The Guardian, alguns prisioneiros "demonstraram alto grau de interesse por" Assange, o que motivou sua mudança.
Robinson informou que seu cliente "não tem nenhuma distração, tem dificuldades para fazer chamadas telefônicas e está sozinho".
Assange, cujo site especializado na publicação de documentos confidenciais vazados, pediu um para preparar o que dirá na próxima terça-feira - porque, de acordo com a advogada, "ele tem dificuldade para escrever à mão".
Robinson disse ainda que Assange está "muito animado", embora sinta-se "frustrado" por não poder responder às acusações de que o WikiLeaks está por trás dos ataques virtuais contra empresas que tentam silenciá-lo ou cortar seus meios de financiamento.
"Ele me disse que não está envolvido de nenhuma maneira, e que é uma tentativa deliberada de misturar o WikiLeaks, uma organização que publica conteúdos na internet, com organizações de pirataria ", contou.
Um grupo de 'ciberativistas' chamado "Anonymous" lançou nos últimos dias ataques contra portais hostis ao WikiLeaks e Assange, como os dos gigantes de Visa e Mastercard.
Já a mãe de Assange, Christine, declarou nesta sexta-feira que está preocupada com o filho, que, segundo ela, enfrenta "grandes forças".
Christine Assange, que vive em Queensland, rebateu as acusações de agressão sexual feitas contra o filho, que motivaram sua detenção na Grã-Bretanha e que podem resultar em uma extradição para a Suécia.
"Julian, estuprador, me revolta, sem chance. Julian nunca estupraria ninguém", declarou Christine Assange.
"É uma preocupação, . Eu não sou diferente de qualquer outra mãe. Toda vez que o noticiário começa eu fico atenta".
"Estas grandes forças decidiram que vão pará-lo e elas não vão respeitar as regras", denunciou.
Apesar das manifestações de apoio a Assange em toda Austrália, o governo australiano informou que apoiaria totalmente qualquer ação dos Estados Unidos para aplicar a lei contra o fundador do WikiLeaks após a revelação dos telegramas diplomáticos.
"Esperem um minuto, este é um dos seus cidadãos. Vocês não deveriam aceitar a acusação", disse Christine Assange.
"Ele é corajoso. Muitas pessoas não seriam capazes de suportar as pressões que ele está sofrendo", acrescentou.

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