domingo, 5 de dezembro de 2010

as Mulheres de Deus

As qualidades da mulher que Deus quer usar
Rubén Chacón
Na carta do apóstolo Paulo aos Colossenses é feita uma solene declaração em relação ao nosso Senhor Jesus Cristo: «Porque nele foram criadas todas as coisas, as que há nos céus e as que há na terra, visíveis e invisíveis; sejam tronos, sejam domínios, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por meio dele e para ele» (Col. 1:16).
Neste texto são afirmadas importantes verdades. Em primeiro lugar, com a expressão «todas as coisas» Paulo se refere à totalidade da criação; a que existe nos céus e a que existe na terra, visível e invisível. Portanto, refere-se não somente ao homem, os animais, as plantas e as flores, mas também aos anjos, arcanjos, querubins e serafins. Tudo foi criado em Cristo.
Em segundo lugar, a expressão «nele foram criadas todas as coisas» significa que todas as coisas foram criadas pensando no bendito Filho de Deus. Com efeito, ele é a causa de todas as coisas «e sem ele, nada do que foi feito se fez» (João 1:3b). Em terceiro e último lugar, o texto declara que tudo foi criado «para ele». Em outras palavras, tudo foi criado para expressar a Cristo. A multiforme graça e a multiforme sabedoria de Cristo requeriam ser expressas em inumeráveis criaturas, e criadas nas mais variadas e diversas formas, cores, desenhos, estilos, espécies e gêneros. Cada espécie de árvore e cada espécie de animal foram criadas para expressar um aspecto da beleza e a glória de Cristo.
Por conseguinte, isto que se prega de toda a criação visível e invisível, é também aplicável ao gênero humano, quer dizer, ao homem e à mulher. Ela foi criada muito distinta do homem e a principal razão deste fato é, como todas as demais coisas, poder expressar particularidades de Cristo através daquelas qualidades próprias da mulher. Estas características peculiares da mulher, através das quais Cristo deve ser expresso, fazem que a mulher tenha um lugar único e insubstituível no lar e na igreja.

A função específica da mulher na edificação da igreja
Qual é então a função específica da mulher na edificação da igreja? Aquela que tem relação com as características únicas da mulher. Ninguém mais poderá dar essa contribuição, porque só ela foi criada com essas qualidades.
A palavra grega para mulher é «guné» e aparece 214 vezes no Novo Testamento. Ao percorrermos por estes textos podemos descobrir diversos aspectos que se repetem e que parecem corresponder às qualidades próprias da mulher.

Caridade e generosidade
Por exemplo: Será casualidade o que dizem Mateus 27:55-56; Lucas 8:1-3 e Atos 9:36-39?
«Estavam ali muitas mulheres olhando de longe, as quais tinham seguido a Jesus desde a Galiléia, servindo-lhe, entre as quais estavam Maria Madalena, Maria a mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu».
«Aconteceu depois, que Jesus ia por todas as cidades e aldeias, pregando e anunciando o evangelho do reino de Deus, e os doze com ele, e algumas mulheres que tinham sido curadas de espíritos maus e de enfermidades: Maria, que se chamava Madalena, da que tinham saído sete demônios, Juana, mulher de Cuza procurador de Herodes, e Suzana, e outras muitas que lhe serviam com seus bens».
«Havia então em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido quer dizer, Dorcas. Esta abundava em boas obras e em esmolas que fazia. E aconteceu que naqueles dias adoeceu e morreu. Depois de lavada, a puseram em uma sala. E como Lida estava perto de Jope, os discípulos, ouvindo que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, a lhe rogar: Não demore para vir a nós. Levantando-se então Pedro, foi com eles; e quando chegou, o levaram para a sala, onde lhe rodearam todas as viúvas, chorando e mostrando as túnicas e os vestidos que Dorcas fazia quando estava com elas».
Por que esses atributos caridosos e de generosidade estão associados nestes versículos só com mulheres? Em 1ª Timóteo, Paulo, falando das qualidades que deve ter uma viúva para ser sustentada pela igreja, diz: «que tenha testemunho de boas obras... se tiver praticado a hospitalidade; se tiver lavado os pés dos santos; se tiver socorrido aos afligidos; se tiver praticado toda boa obra» (5:10).
Talvez possa chamar a atenção a mais alguém que a equipe de Jesus estava composta também por mulheres. Elas, não só o acompanharam pela Galiléia, mas também foram com ele até Jerusalém. Mateus diz que «tinham seguido a Jesus desde a Galiléia, servindo-lhe...». Lucas especifica que elas «o serviam com seus bens». Alguma vez você se perguntou como Jesus foi sustentado durante o seu ministério? Onde e como comia? Quem lavava a sua roupa? Quem se preocupava destes aspectos, sem os quais ele não teria podido levar a cabo a sua missão? Pois bem, Jesus era acompanhado de muitas «Dorcas».
A mulher foi criada com a capacidade de amar entranhavelmente. A maternidade confirma isto. Esta capacidade faculta a mulher a doar-se por outros de maneira mais espontânea que os homens. A sua capacidade de amar entranhavelmente a faz pensar nos outros mais que em si mesma, e lhe permite desprender-se mais facilmente das coisas materiais que os homens. A mulher sempre sabe como fazer para economizar e para compartilhar até do pouco que possa ter.
Portanto, a misericórdia e a ajuda aos necessitados será sempre uma característica destacada das mulheres. Quando elas falham em ser fiéis à sua vocação, a igreja perde a sensibilidade social e a solidariedade.

Oração persistente
Será casualidade que Jesus, na hora de falar de orar sempre e não esmorecer tome uma mulher viúva como exemplo? (Luc. 18:1). O que há na mulher que faz com que ela seja precisamente uma mulher que diz: «Se tão somente tocar o seu manto, serei salva»? (Mr. 5:25-28).
Neste ponto, no entanto, não há melhor exemplo que o da mulher cananéia ou sirofenícia (Mt. 15:21-28): «Saindo Jesus dali,  foi à região de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananéia que tinha saído daquela região clamava, lhe dizendo: Senhor, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim! Minha filha é gravemente atormentada por um demônio. Mas Jesus não lhe respondeu palavra. Então se aproximando os seus discípulos, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, pois vem gritando atrás de nós. Ele respondendo, disse: Não sou enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então ela veio e se prostrou diante dele, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos, e lançá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor; mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus amos. Então respondendo Jesus, disse: Oh mulher, grande é a tua fé; faça-se contigo como tu desejas. E a sua filha foi curada desde aquela hora».
À luz destes textos podemos dizer que a constância, a perseverança e a longanimidade (ânimo longo), são qualidades preponderantemente femininas. Até mais. Estas mulheres mostraram uma determinação a toda prova, capaz de ultrapassar toda barreira e vencer todo obstáculo.
A viúva da parábola brilha por sua insistência e tenacidade. O juiz da parábola, como era injusto, não tinha a mínima intenção de fazer justiça à viúva. No entanto, o incômodo que ela lhe produzia ao «vir continuamente» diante dele, moveu o juiz a lhe fazer justiça. A mulher que padecia de fluxo de sangue teve que abrir passagem entre uma grande multidão que apertava a Jesus (Mr. 5:24). A mulher cananéia, por sua vez, teve que sobrepor-se a aparente apatia e negativa de Jesus. Ele não pretendia desprezar a mulher nem ao menos rejeitá-la, mas, ao contrário, Jesus procurava fazer que a fé desta mulher brilhasse. Para isso, Jesus a tratou em uma primeira instância de maneira muito indiferente e, em seguida, foi duro com ela. Assim ela teve a gloriosa oportunidade de mostrar o tipo de fé que possuía: Uma fé ferrenha, que não se rende e que não retrocede até obter o que necessita. Irmãs, assim são as mulheres, assim são vocês.
A mulher sirofenícia alcançou algo que, dispensacionalmente, ainda não lhe correspondia. Com efeito, a época da salvação dos gentios ainda não tinha começado, não obstante, ela alcançou antecipadamente aquilo que até esse momento pertencia somente aos filhos de Israel. Irmãs, vocês podem entender isto? Só uma tenacidade, própria das mulheres, pode levar a igreja a novas dimensões, a novas alturas. Esta é a contribuição específica das mulheres para a edificação da igreja. Se vocês não o fizerem, ninguém o fará. Deus conta com isso, porque assim foram criadas por ele. Não somente a misericórdia seja algo a que vocês não podem renunciar, mas também à oração.

Adoração
Será casualidade que as três vezes que o Novo Testamento menciona que alguém ungiu a Jesus com um perfume, foram mulheres? (Mr. 14:3-9; Luc. 7:36-50; Jo. 12:1-8).
 «Mas estando ele em Betânia, na casa de Simão o leproso, e sentado à mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro de perfume de nardo puro de muito preço; e quebrando o vaso de alabastro, o derramou sobre a sua cabeça. E houve alguns que se indignaram dentro de si, e disseram: Para que se tem feito este desperdício de perfume? Porque podia haver-se vendido por mais de trezentos denários, e haver-se dado aos pobres. E murmuravam contra ela. Mas Jesus disse: Deixem, por que a molestais? Boa obra me tem feito. Os pobres sempre tereis convosco, e quando quiserdes poderão fazer-lhes bem; mas a mim nem sempre me tereis. Esta tem feito o que podia; porque tem se antecipado para ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que em qualquer lugar que se pregue este evangelho, em todo mundo, também se contará o que esta tem feito, para memória dela» (Mr. 14:3-9).
Quem ensinou a estas mulheres que deviam adorar desta maneira? Onde estava escrito que assim se adorava ao Senhor? Foi uma casualidade? Não, não é casualidade, porque as mulheres, por causa da sua forma de ser, são capazes de adoração espontânea, criativa e inovadora. Até mais, são capazes de adoração sem reservas. Os homens que presenciaram a cena, os discípulos, não teriam feito nenhuma crítica para a mulher se ela tivesse derramado um pouco do perfume sobre Jesus; mas, quebraro vaso de alabastro e derramar completamente o perfume sobre a cabeça de Jesus, foi muito para eles. O homem é mais «racional» que a mulher, por isso é que os discípulos consideraram um desperdício a ação dela. «Podia haver-se vendido por mais de trezentos denários, e haver-se dado aos pobres», disseram indignados. Isto indica que o custo do perfume equivalia quase ao salário de um ano de um trabalhador.
Sim, o homem é mais ‘racional’, mas também é mais frio, mais calculista, mais formal; dificilmente sairá de sua compostura para, por exemplo, dançar diante do Senhor. A mulher, ao contrário, é mais emocional, e que sejam assim sempre, porque são vocês, irmãs, as que, mais espontaneamente que eles, podem fazer mais cálida, mais diversa, mais criativa e mais inovadora a adoração. São vocês que geralmente regam com lágrimas o louvor e a adoração que é feita ao nosso Senhor Jesus Cristo.
Segundo palavras do próprio Senhor, esta mulher, ao sair da formalidade estabelecida para adorar espontaneamente ao seu Senhor, «antecipou-se para ungir o meu corpo para a sepultura». O que te parece? Em definitivo, ela foi a única que pôde ungir o corpo de Jesus. Outras mulheres tentaram posteriormente ungir o seu corpo, mas não puderam. Quando chegaram ao sepulcro, Jesus já tinha ressuscitado. Como é então que aquela mulher foi a única que pôde fazê-lo? Porque o fez antecipadamente. E da mesma maneira que foi no caso da mulher cananéia, são as mulheres que mais facilmente podem, por sua espontaneidade e criatividade, atuar  antecipadamente e alcançar coisas que de outra maneira não conseguiriam.
Será por estas razões que a igreja é do gênero feminino e está tipificada, nas Escrituras, por mulheres e não por homens? Elas ilustram o que é a igreja e, especialmente nos assuntos do serviço generoso, a oração e a adoração, elas tomam a dianteira. Benditas mulheres! Graças ao Senhor por vocês.

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