sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Após confronto sobre a questão do aborto, Vaticano pede ao Brasil que mantenha condição diplomática

Matthew Cullinan Hoffman
CIDADE DO VATICANO, 1 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O Vaticano está pedindo aos líderes do Brasil que respeitem um acordo diplomático que eles haviam ameaçado rechaçar depois que o papa e os bispos do país exortaram os brasileiros a votar em favor do direito à vida.
Os comentários foram, conforme saíram na imprensa, feitos numa recente reunião entre o secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, Dominique Mamberti, e Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A reunião foi realizada numa tentativa óbvia de consertar o relacionamento do governo com o Vaticano depois da amarga eleição presidencial, em que a sucessora escolhida pelo próprio Lula, Dilma Rousseff, viu suas esperanças ameaçadas por seu apoio no passado à descriminalização do aborto.
Rousseff venceu a eleição depois que suavizou sua imagem pública no assunto, assinando um compromisso cautelosamente redigido de não “tomar a iniciativa” de novas medidas pró-aborto.
A reunião recente foi precedida por uma carta enviada por Rousseff ao pontífice pedindo sua bênção para a presidência dela, o que foi caracterizado nos meios de comunicação do Brasil como um pedido de “trégua”.
Durante a reunião, Carvalho comentou que a campanha de Rousseff havia experimentado “momentos de grande tensão” por causa dos comentários do papa durante a campanha, o qual lembrou aos brasileiros que eles tinham a obrigação de preservar o valor da vida durante o processo político.
“Não sabíamos qual direção esses comentários tomariam”, disse Carvalho, que, de acordo com a imprensa, também acusou “forças no Brasil” de terem persuadido o papa a fazer os comentários a fim de derrotar Rousseff.
Durante a eleição, Carvalho, conforme as reportagens, ameaçou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil com o cancelamento do tratado do Vaticano, conhecido como “concordata”, pelo qual o governo concordaria em apoiar as escolas católicas entre outros tais benefícios. A liderança da CNBB então começou a se distanciar de alguns de seus membros que estavam denunciando Rousseff.
Apesar de ter sido assinada pelo governo e ratificada pelo Congresso do Brasil, a concordata está atualmente sob análise no Supremo Tribunal Federal e não entrou ainda em vigor, deixando seu destino final uma questão aberta.
Traduzido por Julio Severo

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