segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Aborto, homossexualismo, ambientalismo e Caio Fábio: Quantos mais caírem, melhor para o Caiu


Recentemente, Caiu Fábio atacou a mobilização evangélica contra o gayzismo, como se os verdadeiros discípulos de Jesus não pudessem se envolver em tal mobilização dentro da sociedade. Gayzismo é o movimento organizado de militantes pró-homossexualismo que lutam para impor sua ideologia em todos os cidadãos.
Agora, o mesmo Caiu entrou em contradição. Ele presenciou alguns problemas ambientais na Amazônia e, sem pestanejar, pede mobilização imediata de todos. Em carta dirigida a uma ministra do governo Lula, ele diz:
Que ações nós, discípulos de Jesus e cidadãos brasileiros, podemos assumir em parceria com o Ministério do Meio Ambiente?
No final da carta, ele recomenda a leitura de seu artigo “AL GORE: falando como profeta para a América e o mundo!” como fonte “confiável” para nossa mobilização.
Al Gore é político bem conhecido por sua voz “profética” a favor do aborto e do homossexualismo. Ele é um dos liberais e esquerdistas mais radicais dos EUA.
A teologia de Caiu é simples: Não participe de nenhuma mobilização contra o aborto ou contra o homossexualismo, pois Jesus nunca aprovaria isso. Além disso, Caiu não aprova tais ações. E quando ele não aprova, ele também interpreta que Jesus não aprova.
Jesus também não aprova o envolvimento dos cristãos no extremismo ambientalista liderado pelo “profeta” pró-aborto e pró-homossexualismo Al Gore? Não é o que Caiu pensa.
Em 12 de agosto de 2004, o Movimento Evangélico Progressista (MEP), junto com a bancada evangélica do PT, organizou o seminário A Igreja e os Desafios Atuais, na Câmara dos Deputados. O principal preletor do seminário foi Caio Fábio, que falou sobre ética. Conforme as notas taquigráficas da Câmara dos Deputados, Caio declarou nesse seminário:
Para mim, esse universo é sagrado. Eu poderia simplesmente dizer que ele é descriado, que ele existe por si só, que ele é o que é, que a única coisa que existe é ele, que ele é Deus por existir em si mesmo, por ser a causa de si próprio. É um Deus inconsciente de si mesmo.
O sagrado habita o mundo inteiro.
Se não tenho uma visão que sacraliza o cosmos e toda a criação, eu preciso no mínimo fazer uma segunda reflexão.
Pode-se dizer que a Índia é um país tecnologicamente atrasado, em que há elevadíssimo índice de pobreza, miséria, superpopulação e outras coisas mais. Mas ela continua sendo exemplo de sociedade que olha para o cosmos como algo sagrado, numa visão completamente diferente da nossa.
Por isso, estranhamente, tenho que lhes dizer que o animismo presta serviços à bioética, de natureza muito mais prática, na hora em que, ignorantemente ou não, vê significado espiritual na existência de todos os entes criados. Nós não.
Chegamos a um ponto em que se estabeleceram para nós ironias extraordinárias. A primeira: o Ocidente cristão, especialmente a sua versão protestante, tornou-se a parte da humanidade que mais ofende a criação. O homem existe num universo sem nenhuma sacralidade. A segunda: as sociedades animistas são extremamente menos ofensivas à criação do que nós.
Senão, vejamos: os 3 primeiros capítulos do Livro de Gênesis: ou o indivíduo parte para aquela leitura completamente literal e fundamentalista, que quer transformar a Bíblia num manual científico de como o mundo foi formado, algo absolutamente tolo.
Chama toda a consciência do Evangelho para uma integração dela com a sacralidade da criação e com a reverência pela criação.
Interessante que num dos seus artigos contra George Bush, o socialista evangélico Paul Freston destaca a questão ambientalista como tão importante quanto a questão do aborto e homossexualismo. Ele diz: “Será que temos o direito de dizer que uma única questão pesa mais do que todas as outras possíveis questões políticas juntas? E, se sim, por quanto tempo temos o direito de ignorar todas as outras questões em função daquela única questão que não se resolve? Ainda, por que o aborto seria aquela questão e não, por exemplo, o meio ambiente?”.[1] Assim, para os evangélicos progressistas, a defesa do meio ambiente é tão importante quanto a defesa da vida dos bebês em gestação.
Indivíduos como Freston são incapazes de perceber o fato de que, por um lado, os esquerdistas são os criadores da vasta maioria dos projetos de lei de aborto e homossexualismo no Brasil, nos EUA e na Europa e, por outro, eles lutam pelo direito à vida de animais e plantas, estabelecendo medidas para punir até quem pisa no ovo de um pássaro.
O maior esforço mundial para “sacralizar” a natureza é a Carta da Terra, um tipo de documento constitucional internacional promovido na ONU cujo propósito é preservar o meio ambiente e respeitar todas as formas de vida. A Carta da Terra faz referência não só ao valor da vida humana, mas também ao “valor intrínseco de todas as outras formas de vida”.[2] Isto é, todos têm o mesmo valor: homens, animais, plantas, etc. Colocar os seres humanos, criados conforme a imagem de Deus, no mesmo nível das outras criaturas sem espírito é abrir as portas para a desvalorização da vida humana.
Portanto, não é de estranhar que o movimento ecológico seja favorável ao aborto a fim de reduzir o que os ambientalistas vêem como a maior ameaça à natureza: a presença humana na Terra.[3] A Carta da Terra também recomenda políticas de “igualdade de gênero”, que é um termo astuto que abrange não só o sexo masculino e feminino, mas também o homossexualismo.[4] Por pura coincidência, um dos maiores líderes ecologistas do Brasil é o jornalista gay Fernando Gabeira, ex-militante do PT e hoje integrante do Partido Verde. Em 1969, Gabeira esteve, juntamente com outros comunistas, envolvido no seqüestro do embaixador dos EUA[5]. Os ecologistas se gabam de que com o nascimento do Partido Verde (PV) no Brasil, questões de direitos gays, raciais e feministas e liberalização das drogas tiveram ampla publicidade pela primeira vez na política brasileira.[6]
Os ambientalistas que estão promovendo a Carta da Terra são a entidade budista Soka Gakkai, o Instituto Paulo Freire, Mikhail Gorbachev, o ex-frei Leonardo Boff e uma variedade de outros socialistas.[7] A missão da Carta da Terra também é promover o respeito às religiões dos índios[8] (que é uma maneira sutil e encoberta de protegê-los do evangelismo cristão e impedi-los de serem libertos de sua idolatria demoníaca). Os índios adoram o planeta Terra como um ser espiritual vivo, sem saberem realmente que sua adoração é dirigida a espíritos de escuridão. Em vez de permitir que os índios sejam libertos de sua idolatria, os ambientalistas querem que a idolatria deles seja protegida e que a escuridão espiritual deles influencie a sociedade. Um relatório sobre a Carta da Terra contém um hino de louvor à Terra[9] e menciona um encontro de educação ecológica onde crianças de escolas públicas ofereceram hinos hindus, cristãos e muçulmanos de adoração à Terra.[10]
O que pensam realmente os ecologistas? O maior defensor dos direitos dos animais hoje, e um dos mais conhecidos ambientalistas, é o Professor Peter Singer, que é tão radical que nem come carne. Ele disse: “Matar um recém-nascido deficiente não é a mesma coisa que matar uma pessoa. Muitas vezes não é, de forma alguma, errado”.[11] Essa declaração é preocupante, pois Singer é considerado um dos maiores especialistas em ética no mundo inteiro.
Assim, para “salvar” a Terra, ecologistas como o Sr. Singer estão dispostos a promover até o aborto legal e o assassinato de crianças recém-nascidas! Para eles, o mais importante é defender o meio ambiente e a vida dos animais. Eles realmente chegam a ver o crescimento da população humana como um câncer destruindo tudo. Outros socialistas têm opiniões que igualmente desprezam o ser humano e sacralizam a natureza, exatamente como fez Caio Fabio. Aliás, em sua palestra sobre ética, Caio também afirmou:
Enxergo a ética de preservação da vida num mundo no qual a própria presença humana na Terra significa a maior ameaça de devastação.
O extraordinário e ao mesmo tempo irônico e contraditório é que essa presença humana na Terra, inteligente e autoconsciente, é a maior, e talvez seja a única, ameaça à própria Terra e que as demais manifestações de vida na Terra conheçam.
Nunca antes nada foi tão ameaçador por mais catastrófico que tenha sido do que a presença humana na Terra.
É a nossa presença aqui que carrega em si a possibilidade da autodestruição.
Assim, na ética de Caio, a natureza é sagrada, porém o ser humano é ameaça. Em outra ocasião, assim Caio se expressou sobre o homossexualismo, que é uma importante questão ética em nossos dias:
Os únicos homossexuais que eu já vi serem “curados” são os que nunca foram.
Eu não tenho dúvida de que em muito breve ficará definitivamente provado — já se caminha com muita rapidez para isso — que a homossexualidade tem como fator preponderante a genética.
Há pessoas homossexuais que nunca praticaram um único ato homossexual, mas nem por causa disso deixaram de ser. São os eunucos por amor ao Reino de Deus.
É uma pena que não haja liberdade para as pessoas dizerem quem são.[12]
Caio Fábio tem então estranhos motivos para pregar contra a mobilização cristã contra o movimento de militantes gayzistas e para, no mesmo fôlego, pregar a favor de mobilizações ambientalistas promovidas por abortistas e gayzistas.
Ele não consegue enxergar os discípulos de Jesus se mobilizando contra as horríveis imposições gayzistas sobre as famílias e crianças, mas consegue ver Jesus e os discípulos se mobilizando a favor de árvores, capins e lagartixas!
De novo, a teologia de Caiu é simples: Não caia na conversa dos cristãos que pedem mobilização contra o aborto e contra o movimento homossexual, pois Jesus nunca aprovaria isso.
Caia somente na conversa de Caiu.
Quantos mais caírem, melhor para o Caiu.

por Julio Severo

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