segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Notícias » Notícias Achei que iria enlouquecer, diz brasileira libertada em Israel


Gabriel Toueg
Direto de Tel Aviv
Um dia depois de ter sido liberada pela polícia israelense e bem mais calma, a estudante de Educação Física Lilian Lichewitz, relatou, em conversa com o Terra, os dias em que esteve sozinha na prisão. "Achei que iria enlouquecer. Só sobrevivi porque sabia que precisava sair. Agora, só quero pegar meus pais e ir para casa". Embora os pais de Lilian tenham sido liberados para prisão domiciliar na última quinta-feira, ela saiu apenas no domingo. "O pesadelo ainda não acabou", afirmou a jovem.
Lilian afirmou que se sentiu como um "personagem em um filme de terror", ela contou que esteve presa com outras mulheres na cela em Abu Kabir, perto de Tel Aviv, e que não sofreu violência. "Apesar de não falarmos o mesmo idioma, elas me ajudaram a passar o tempo. Sem elas eu teria enlouquecido", disse.
Ao serem perguntadas sobre a possibilidade de voltar a Israel para um eventual processo contra o hotel, Lilian e a mãe disseram apenas que querem ir embora e não pensam em voltar ao país. A garota contou que dormiu entre os pais na mesma cama na primeira noite em prisão domiciliar. "Dormi abraçada aos meus pais".
Os advogados tentam revogar a proibição do casal de deixar o país até o começo de dezembro. Os passaportes dos três estão ainda em poder da polícia israelense. De acordo com o escritório do advogado brasileiro Marcos Wasserman, a família considera a possibilidade de processar o hotel Metropolitan, de Tel Aviv, por danos morais. Se a ideia for adiante, o processo ocorrerá apenas após o fechamento da investigação na qual os três foram acusados por tráfico de drogas, depois que uma mochila com haxixe foi entregue a eles no hotel.
Embora a polícia de Tel Aviv não forneça detalhes sobre a investigação, existe a possibilidade de que um processo seja apresentado na Corte Suprema, em Jerusalém, para manter a família em Israel. Os advogados, contudo, consideram essa possibilidade "bastante remota".
Outro artifício da polícia poderia ser a abertura de um processo penal contra os Lichewitz. Nesse caso, eles não poderiam deixar o país até o encerramento das investigações. Um processo, entretanto, só poderá ser aberto se houver provas concretas do envolvimento direto deles no caso. O período de prisão domiciliar do casal termina na quarta-feira e o de Lilian, na quinta.

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