sábado, 20 de novembro de 2010

Alunos de colégio judaico e escola municipal se conhecem pelo esporte

Da esquerda para a direita: Francisco, Gustavo e Gabriel, do José de Alencar, e Fábio e Martin, do Eliezer Max. Fotos: Fábio Guimarães/Extra

Do toque de bola entre meninos como Fábio Diamante Schechtr, de 15 anos, e Francisco Ferreira, de 14, derrubou-se uma barreira imaginária, que alimentava o preconceito — social, racial e religioso. Estudantes do 9 ano do ensino fundamental do Colégio Eliezer Max e da Escola Municipal José de Alencar, eles começaram a descobrir, recentemente, que há gostos comuns dos dois lados do muro que os separa em Laranjeiras. No segundo jogo do torneio de futebol criado para promover o diálogo entre as diferenças, no último dia 28, sequer houve “lados”: ambos defenderam a mesma equipe.

— O objetivo era integrar as escolas pelo esporte. Não adiantava pôr uma contra a outra. Misturamos os alunos. No fim do jogo, eles se abraçam. A diferença, ali, não aparece. É uma vitória social — diz Felipe Wrencher, coordenador de educação física do Eliezer.

Alunas dos dois colégios, numa mesma equipe, combinam as jogadas antes de uma partida de handball.



Coordenador do ensino fundamental 2 do colégio judaico, (o não judeu) Alexandre Valuzuela acredita que a iniciativa forma cidadãos melhores, com visão abrangente:

— A gente se deu conta de que eram duas escolas, com um muro no meio. Era preciso integrar. Eles têm muito que aprender uns com os outros. Quanto mais conviverem com o diferente, melhor.




Estranhamento


Na primeira partida do torneio, na quadra do José de Alencar, a ideia que cada grupo fazia do outro chegou a retardar, por alguns instantes, o contato inicial.

— Achava que era totalmente diferente deles. A gente ficou uma meia hora se estranhando, se conhecendo com os olhos. Depois, vimos que gostamos das mesmas coisas, como (a banda) Restart — explica Fábio.

Francisco, católico, gostou de conhecer amigos de outra religião:

— Eles são humanos como nós.

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